sexta-feira, 20 de novembro de 2020

A HISTÓRIA DO ANTIGO TESTAMENTO

 


Antigo Testamento 

1. SÍNTESE PANORÂMICA
  1. Deus efetua a criação do universo e de tudo que nele há.
  2. O homem cai em tentação e se corrompe com o pecado.
  3. Os descendentes de Adão e Eva dão origem às primeiras civilizações.
  4. O pecado se multiplica.
  5. Deus manda o dilúvio para julgar a Terra.
  6. Recomeço da humanidade com os descendentes de Noé.
  7. Origem das línguas – Torre de Babel.
  8. Origem das nações (descendentes de Sem, Cão e Jafé).
  9. Chamado de Abraão em Ur dos Caldeus.
  10. Peregrinação dos patriarcas Abraão, Isaque e Jacó em Canaã.
  11. José, filho de Jacó, é vendido para o Egito.
  12. Toda a família de Jacó se muda para o Egito.
  13. Os descendentes de Jacó tornam-se escravos do Egito.
  14. Após 400 anos, Deus manda Moisés liderar a libertação do seu povo.
  15. Dez pragas do Egito.
  16. Travessia dos israelitas pelo Mar Vermelho.
  17. Peregrinação de 40 anos do povo pelo deserto.
  18. Morre Moisés.
  19. Conquista da terra prometida sob a liderança de Josué.
  20. Divisão da terra entre as 12 tribos.
  21. Morre Josué e Israel é governada por juízes (Sansão, Gideão, Débora…).
  22. O povo pede um rei e Israel passa a ser uma Monarquia.
  23. Reinado de Saul, Davi e Salomão.
  24. Israel se divide em dois reinos: Norte (Israel) e Sul (Judá).
  25. Destruição do Reino do Norte – Israel – pelos assírios.
  26. Judá (o Reino do Sul) perdura sozinho por mais 136 anos.
  27. Judá é levado cativo para a Babilônia.
  28. 70 anos depois, os judeus voltam para Jerusalém.
  29. Reconstrução do Templo.
  30. Reconstrução dos Muros de Jerusalém.
  31. Período interbíblico – 400 anos de silêncio de Deus.
  32. Nascimento do Salvador.

2. A HISTÓRIA DO ANTIGO TESTAMENTO NUM BREVE RESUMO

1. OS PRIMÓRDIOS

Base bíblica: Gênesis 1 a 11



No princípio, num determinado momento de sua eternidade, Deus criou todo o Universo e tudo o que nele há. Criou também o planeta terra, com tudo o que nele há: as plantas, os animais, e também o homem e a mulher, o primeiro casal.

O ser humano foi criado à imagem e semelhança do Criador, e vivia em perfeita comunhão com Deus. Aos humanos foi dada a responsabilidade de governar e cuidar do planeta. Mas o homem, sendo tentado pelo diabo, caiu em tentação, se rebelou contra Deus e desobedeceu às suas instruções, fazendo com que toda a raça fosse, assim, contaminada pelo pecado, e condenada à morte e à perdição de uma eternidade sem Deus.

Adão e Eva (o primeiro casal) tiveram muitos filhos e filhas. Surgiram as primeiras famílias, primeiras cidades e primeiras civilizações. O número de habitantes foi se multiplicando, e se multiplicando também foi a maldade do homem. Passaram-se muitos séculos e a maldade na Terra chegou a um nível insuportável. Apenas um homem chamado Noé, habitante da Mesopotâmia, foi achado justo. Foi quando Deus decidiu destruir toda aquela geração através de um grande dilúvio. Apenas Noé e sua família foram salvos, graças à uma enorme arca de madeira que ele mesmo construiu, sob a orientação do próprio Deus.



Depois do dilúvio, passaram-se vários meses até que, finalmente as águas baixaram, e a Terra ficou, novamente habitável. Noé, sua esposa, seus três filhos com suas respectivas esposas, e também todos os animais que estavam com eles, puderam sair da arca e recomeçar suas vidas.

Tempos depois, os descendentes de Noé se fixaram na região da Babilônia, e ali, contrariando o que Deus havia lhes dito, decidiram construir uma grande torre e ali permanecerem, ao invés de se espalharem e povoarem a Terra.

Deus então, interviu, e lhes confundiu a língua, dando origem aos primeiros idiomas. Como eles não mais conseguiam se entender, desistiram de construir a cidade e a torre (que ficou conhecida como Torre de Babel), e se espalharam pelos continentes, dando origem às nações.

Os Sumérios (ao sul da Mesopotâmia) foram a primeira grande civilização de que se tem notícia. Inventaram o alfabeto, a roda, o código de Hamurabi (que foi o primeiro código de leis civis), os carros puxados por animais, armas, vários instrumentos musicais, objetos de arte, pintura, adereços, enfim, uma civilização avançadíssima que foi o berço de todo o conhecimento da humanidade.

A partir de 2.700 a.C. o Egito se alavanca como grande império, constrói suas pirâmides, desenvolve sua própria escrita e técnicas avançadas de mumificação e construção civil.


2. ERA PATRIARCAL

Base bíblica: Gênesis 12 a 50


Por volta do ano 2.000 a.C., havia em Ur dos Caldeus (cidade próxima a Babel, hoje localizada no sul do Iraque), um homem chamado Abrão. Deus disse a ele que deixasse sua terra, e fosse para o lugar que Ele mesmo lhe haveria de mostrar, e prometeu que faria dele uma grande nação. Uma nação separada para ser chamada como povo de Deus.

Abrão (que depois teve seu nome mudado para Abraão) então obedeceu, deixou sua cidade, e partiu rumo à terra dos cananeus (que hoje é o território de Israel). Abraão e Sara, sua mulher, peregrinaram pelas terras dos cananeus durante toda a sua vida. Foi neste tempo que as cidades de Sodoma e Gomorra, que ficavam na região sul de Canaã, foram destruídas por uma chuva de fogo e enxofre como resultado da ira de Deus pela  iniquidade daquele lugar.



Abraão teve vários filhos: teve Ismael, com Hagar, a serva de Sara, e também vários outros filhos e filhas com Quetura, sua concubina. Mas o filho prometido por Deus nasceu mesmo de Sara, já em sua velhice, e foi chamado de Isaque.

A promessa de Deus a Abraão, de que dele descenderia um grande povo, e a este povo seria dada a terra onde estavam peregrinando (Canaã), foi feita também a seu filho Isaque. Isaque se casou com uma moça da Caldeia, chamada Rebeca, e tiveram dois filhos, gêmeos, Esaú e Jacó.

Jacó e Esaú se desentenderam gravemente, a ponto de Jacó precisar fugir do país. Ele foi para a Caldeia, onde se casou e viveu durante vinte anos, mas depois deste tempo, pegou toda a sua família, seus servos e seus bens, e voltou para a Terra de Canaã, onde se reconciliou com o irmão, e passou a viver em paz com sua família. Jacó, cujo nome fora mudado para Israel, foi o filho de Isaque escolhido por Deus para perpetuar a sua promessa feita a Abraão. Ele teve 12 filhos.

Os filhos de Jacó tinham ciúmes de José, um dos seus irmãos, por acharem que era o predileto do seu pai, e também devido a alguns sonhos que ele tivera, onde se via governando sobre os irmãos. Então, por vingança, eles o venderam como escravo para alguns mercadores, e estes, por sua vez, o levaram para o Egito, onde o revenderam a Potifar, o capitão da guarda do Faraó do Egito.

Ali José trabalhou algum tempo como “mordomo” da casa de Potifar, mas foi acusado injustamente e acabou sendo preso. Na prisão, destacou-se por seu espírito de liderança e seu dom de interpretação de sonhos.

Anos depois, chamado pelo próprio Faraó, é solto da prisão para interpretar os sonhos que o estavam afligindo, e foi tão bem sucedido que acabou nomeado governador de todo Egito. Naquele tempo, o Egito havia sido invadido pelos Hicsos, e estava sob seu domínio.

Sete anos se passaram, e veio um tempo de grande seca em toda a terra, e graças à administração de José, o Egito era o único lugar do Mundo Antigo onde havia comida. José então manda chamar seu pai, seus irmãos, e todos os seus parentes, para virem morar com ele. Todos se alegraram e se surpreenderam muitíssimo, pois não imaginavam que ele pudesse ainda estar vivo e num cargo de tão alta posição. O Faraó fez questão de dar à família de José, que somava setenta pessoas, a melhor terra do Egito. E ali eles se estabeleceram, em 1.680 a.C.




Gênesis 41:15-43

José Interpreta os Sonhos do Faraó

15 O faraó disse a José: “Tive um sonho que ninguém consegue interpretar. Mas ouvi falar que você, ao ouvir um sonho, é capaz de interpretá-lo”.

16 Respondeu-lhe José: “Isso não depende de mim, mas Deus dará ao faraó uma resposta favorável”.

17 Então o faraó contou o sonho a José: “Sonhei que estava em pé, à beira do Nilo, 18 quando saíram do rio sete vacas, belas e gordas, que começaram a pastar entre os juncos. 19 Depois saíram outras sete, raquíticas, muito feias e magras. Nunca vi vacas tão feias em toda a terra do Egito. 20 As vacas magras e feias comeram as sete vacas gordas que tinham aparecido primeiro. 21 Mesmo depois de havê-las comido, não parecia que o tivessem feito, pois continuavam tão magras como antes. Então acordei.

22 “Depois tive outro sonho. Vi sete espigas de cereal, cheias e boas, que cresciam num mesmo pé. 23 Depois delas, brotaram outras sete, murchas e mirradas, ressequidas pelo vento leste. 24 As espigas magras engoliram as sete espigas boas. Contei isso aos magos, mas ninguém foi capaz de explicá-lo”.

25 “O faraó teve um único sonho”, disse-lhe José. “Deus revelou ao faraó o que ele está para fazer. 26 As sete vacas boas são sete anos, e as sete espigas boas são também sete anos; trata-se de um único sonho. 27 As sete vacas magras e feias que surgiram depois das outras, e as sete espigas mirradas, queimadas pelo vento leste, são sete anos. Serão sete anos de fome.

28 “É exatamente como eu disse ao faraó: Deus mostrou ao faraó aquilo que ele vai fazer. 29 Sete anos de muita fartura estão para vir sobre toda a terra do Egito, 30 mas depois virão sete anos de fome. Então todo o tempo de fartura será esquecido, pois a fome arruinará a terra. 31 A fome que virá depois será tão rigorosa que o tempo de fartura não será mais lembrado na terra. 32 O sonho veio ao faraó duas vezes porque a questão já foi decidida por Deus, que se apressa em realizá-la.

33 “Procure agora o faraó um homem criterioso e sábio e coloque-o no comando da terra do Egito. 34 O faraó também deve estabelecer supervisores para recolher um quinto da colheita do Egito durante os sete anos de fartura. 35 Eles deverão recolher o que puderem nos anos bons que virão e fazer estoques de trigo que, sob o controle do faraó, serão armazenados nas cidades. 36 Esse estoque servirá de reserva para os sete anos de fome que virão sobre o Egito, para que a terra não seja arrasada pela fome.”
José no Governo do Egito

37 O plano pareceu bom ao faraó e a todos os seus conselheiros. 38 Por isso o faraó lhes perguntou: “Será que vamos achar alguém como este homem, em quem está o espírito divino?”

39 Disse, pois, o faraó a José: “Uma vez que Deus lhe revelou todas essas coisas, não há ninguém tão criterioso e sábio como você. 40 Você terá o comando de meu palácio, e todo o meu povo se sujeitará às suas ordens. Somente em relação ao trono serei maior que você”. 41 E o faraó prosseguiu: “Entrego a você agora o comando de toda a terra do Egito”. 42 Em seguida o faraó tirou do dedo o seu anel-selo e o colocou no dedo de José. Mandou-o vestir linho fino e colocou uma corrente de ouro em seu pescoço. 43 Também o fez subir em sua segunda carruagem real, e à frente os arautos iam gritando: “Abram caminho!”. Assim José foi colocado no comando de toda a terra do Egito.



3. NO EGITO

Base bíblica: Êxodo 1 a 12

Dois séculos se passaram desde que José fora nomeado governador. Os hicsos foram expulsos do país e o trono, reconquistado pelos egípcios.

A família de Israel (Jacó) havia crescido muito, se multiplicado e se enriquecido. E temendo que aquele povo estrangeiro continuasse crescendo e dominasse o país, o Faraó do Egito decidiu fazê-los escravos. E assim, os israelitas foram subjugados na terra onde viviam.

No ano de 1.260 a.C., os descendentes de Israel já ultrapassavam os seiscentos mil homens, sem contar as crianças, mulheres e idosos. Tutancâmon e Ramsés II haviam recentemente restaurado a glória do antigo Egito. E então chegou o tempo do cumprimento da promessa de Deus feita a Abraão. Deus levanta um homem chamado Moisés, e o designa como líder para conduzir os israelitas de volta para a terra dos cananeus, onde peregrinaram antes de se mudarem para o Egito.

Auxiliado por seu irmão Arão, Moisés transmite ao Faraó a ordem que recebera de Deus: que ele deveria libertar todos os israelitas, permitindo que saíssem do país. Mas o Faraó se negou a concordar, e em cada uma das dez vezes que ele fez isso, uma terrível praga veio sobre toda a nação. Por fim, depois da décima praga, ele cedeu, e o povo pode partir para Canaã.

Antes que chegassem ao Sinai, Faraó se arrependeu e enviou o exército para recapturar os israelitas e trazê-los de volta. Mas Deus fez com que o seu povo atravessasse a seco o Mar Vermelho, e depois fez com que o mar se fechasse sobre os egípcios, fazendo que todos se afogassem. E assim, eles partiram rumo à Terra Prometida, a fim de conquista-la e ali se estabelecerem como uma nação.


As dez pragas do Egito

O Senhor escolheu Moisés para liderar a saída do povo hebreu do Egito, onde era escravizado. Moisés era hebreu, mas havia sido criado pela filha de faraó, que o encontrou ainda bebê, boiando num cesto, dentro do rio. Durante o processo de insistência de Moisés junto ao faraó para que deixasse o povo partir, o Senhor enviou dez sinais — dez pragas —, com o objetivo de mostrar ao faraó a Sua soberania e que o Deus a quem Moisés e seu povo servia, era um Deus que ama a liberdade.

Primeira praga: a água foi convertida em sangue

Toda e qualquer água do Egito foi transformada em sangue e até mesmo os rios foram contaminados, vindo a morrer todos os peixes.

Segunda praga: rãs

Esta praga surgiu após Arão (irmão de Moisés, que o acompanhou durante todo o processo) estender a mão sobre o Egito e surgiram rãs de todos os lugares.

Terceira praga: Mosquitos

Da mesma forma que antes, o Egito foi infestado por rãs, desta vez vieram mosquitos a encobrir a população e todos os animais. Desencadeada também após Arão estender as mãos sobre o Egito.

Quarta praga: Moscas

Bem semelhante as anteriores, a quarta praga deixou o Egito infestado de moscas. Faraó concordou em libertar o povo, o Senhor retirou a praga, mas assim que percebeu que a praga havia cessado, o faraó voltou atrás na sua decisão, aprisionando o povo hebreu.

Quinta praga: Peste nos animais

Desta vez Moisés estendeu a mão sobre o Egito e por ordem do Senhor surgiu uma praga nos animais em que muitos morreram e grande foi a perda para os egípcios.

Sexta praga: Úlceras

Diante da resistência de faraó, que a cada praga aceitava libertar o povo, mas assim que elas cessavam voltava a reter os hebreus como escravos, o Senhor ordenou a Moisés e a Arão que enchessem suas mãos de cinzas e jogassem para os céus. Assim o fizeram e as cinzas se transformaram em úlceras em todo o Egito, tanto nos animais como nas pessoas.

Sétima praga: Chuva de pedras

A resistência por parte do faraó se repetiu e assim, o Senhor pediu a Moisés para estender tua varinha por todo o Egito (exceto a região onde vivia o povo escolhido, o povo a ser liberto), e foi assim que uma chuva de pedras destruiu toda a plantação.

Oitava praga: Gafanhotos

Nesta praga, pela oitava vez o Senhor tocou no povo egípcio a fim de fazer justiça e libertar seu povo; enviou um vento que passou seguido de inúmeros gafanhotos devorando muito do que possuía o faraó. Mais uma vez ele cedeu, mas somente até a praga cessar.

Nona praga: Trevas

Desta vez, todo o céu do Egito se tornou trevas e passaram dias na escuridão (menos onde estavam os filhos de Israel). O que também não foi suficiente para convencer faraó a libertar o povo de vez.

Décima: Morte dos primogênitos

Esta foi a última praga, em que todos os primogênitos foram mortos, desde os animais até os servos, inclusive o filho do próprio faraó. Houve grande comoção no Egito quando por fim, após muita insistência, faraó concordou em deixar o povo sair.


De acordo com as escrituras, o faraó chegou a arrepender-se, indo atrás do povo, tentando capturá-lo de novo, sem sucesso. Passagem que ficou popularmente conhecida como “Deus abriu o mar vermelho”


4. PEREGRINAÇÃO PELO DESERTO

Base bíblica: Êxodo 12 a 40, Levítico, Números e Deuteronômio


Depois da travessia do Mar Vermelho, direcionados por Deus, eles tomaram o caminho do sul, pelo deserto do Sinai, e caminharam por dias, semanas e meses, sempre guardados pelo Senhor. Chegando ao Monte Sinai, eles acamparam por quase um ano, onde confirmaram sua aliança com Deus e construíram o tabernáculo. Ali eles se organizaram em tribos, conforme a descendência de cada um. E ali também foi estabelecido todo cerimonial de culto e sacrifícios, a nomeação dos levitas como sacerdotes e cuidadores do tabernáculo, e toda a Lei pela qual deveriam se guiar.

Os Dez Mandamentos e o Monte Sinai

O Monte Sinai é considerado sacro pelos hebreus, cristãos e muçulmanos por ser o lugar onde Moisés recebeu as Tábuas da Lei com os Dez Mandamentos. Segundo a tradição, no vale aos pés do Monte Sinai, Deus falou à Moisés pela primeira vez em uma sarça ardente.

Monte Sinai é o lugar da grande manifestação de Deus em seu mistério. “Ao raiar da manhã, houve trovões e relâmpagos. Uma nuvem espessa cobriu a montanha, e um fortíssimo som de trombetas se fez ouvir. No acampamento todo o povo se pôs a tremer” (Ex 19, 16).


Os 10 Mandamentos

A lei de Deus contém 10 (dez) mandamentos, presentes na Bíblia no Livro do Êxodo 20
  1. Não terás outros deuses além de mim.
  2. Não farás para ti nenhum ídolo, nenhuma imagem de qualquer coisa no céu, na terra, ou nas águas debaixo da terra. Não te prostrarás diante deles nem lhes prestarás culto, porque eu, o Senhor,o teu Deus, sou Deus zelo­so, que castigo os filhos pelos pecados de seus pais até a terceira e quarta geração daqueles que me desprezam, mas trato com bondade até mil gerações aos que me amam e obedecem aos meus man­damentos.
  3. Não tomarás em vão o nome do Senhor, o teu Deus, pois o Senhor não deixará impune quem tomar o seu nome em vão.
  4. Lembra-te do dia de sábado, para santificá-lo. Trabalharás seis dias e neles farás todos os teus trabalhos, mas o sétimo dia é o sábado dedicado ao Senhor,o teu Deus. Nesse dia não farás trabalho algum, nem tu, nem teus filhos ou filhas, nem teus servos ou servas, nem teus animais, nem os estrangeiros que morarem em tuas cidades. Pois em seis dias o Senhor fez os céus e a terra, o mar e tudo o que neles existe, mas no sétimo dia descansou. Portanto, o Senhor abençoou o sétimo dia e o santificou.
  5. Honra teu pai e tua mãe, a fim de que tenhas vida longa na terra que o Senhor,o teu Deus, te dá.
  6. Não matarás.
  7. Não adulterarás.
  8. Não furtarás.
  9. Não darás falso testemunho contra o teu próximo.
  10. Não cobiçarás a casa do teu próximo. Não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem seus servos ou servas, nem seu boi ou jumento, nem coisa alguma que lhe pertença

Após onze meses acampados, seguiram viagem e chegaram às proximidades de Canaã. Então enviaram alguns homens para espiarem a terra dos cananeus, e trazerem um relatório que os ajudasse a pensar em estratégias para invadir e conquistar aquele lugar.


Mas os espias voltaram com um relatório desanimador. Apesar de toda a exuberância e fartura do lugar, eles concluíram que seria impossível guerrear contra seus habitantes e vencê-los. E assim convenceram todo o povo, que se desesperou e desejou voltar para o Egito. Apenas dois dos espias, Josué e Calebe, pensaram diferente, e tentaram animar a todos, dizendo que a conquista seria sim possível.

Mas o povo continuou a murmurar e quiseram apedrejar a Josué e Calebe. Até que o Senhor apareceu naquele lugar e, devido à postura de rebeldia dos israelitas, determinou que, realmente, nenhum deles, com exceção de Josué e Calebe, entraria na terra prometida. Eles estariam fadados a permanecerem naquele deserto até que todos eles morressem, e seus filhos crescessem e se tornassem aptos a conquistarem a terra no lugar deles.

Assim sendo, foram obrigados a voltar, e ficaram peregrinando pelo deserto por mais de trinta e oito anos, até que toda aquela geração perecesse.


5. CONQUISTA DE CANAÃ

Base bíblica: Josué

Passados quarenta anos desde a saída do Egito, Arão, Moisés e toda a geração de homens e mulheres que atravessaram o Mar Vermelho, pereceram no deserto. Apenas aqueles que ainda eram muito jovens (ou nasceram no deserto), e Josué e Calebe, estavam vivos.

Chegara a hora do povo finalmente conquistar a terra de Canaã e Josué foi o escolhido por Deus para liderá-los nesta tarefa.

Os povos que habitavam naquele lugar eram extremamente maus, iníquos, idólatras e cruéis, e aprouve ao Senhor destituí-los daquele lugar. Por isso aquela terra seria dada aos descendentes de Abraão em cumprimento à sua promessa.

Então Deus fez parar as águas do rio Jordão para que o povo atravessasse e, depois que atravessaram o Jordão, deu-se início às inúmeras incursões pelas cidades cananeias, começando por Jericó em 1.220 a.C., Ai e tantas outras.

Grande parte da terra foi conquistada e parte dos seus habitantes foi exterminado. O território foi repartido entre o povo, de acordo com cada tribo, ou seja, os descendentes de cada um dos 12 filhos de Israel (Jacó). O povo montou o tabernáculo, construiu casas, edificou cidades. Cada um segundo a sua tribo. Mas ainda muita terra e muitos povos restaram para ser conquistados.


6. ERA DOS JUÍZES

Base bíblica: Juízes, Rute, 1 Samuel 1 a 7

Depois da morte de Josué, os israelitas se desviaram da Lei do Senhor e se contaminaram com as práticas idólatras do povo cananeu. Cada vez que eles se “esqueciam” de Deus, eram oprimidos e conquistados por um dos povos estrangeiros que ainda habitavam naquela região. Eles então se arrependiam, e clamavam pelo socorro do Senhor. Deus levantava um juiz para governa-los e lidera-los em vitória contra o inimigo. Mas depois que aquele juiz morria, o povo novamente se “esquecia” de Deus, era oprimido, se arrependia, e então Deus precisava levantar um outro juiz para governar sobre eles.

Este ciclo se repetiu durante aproximadamente dois séculos. E grandes homens e mulheres de Deus fizeram toda a diferença como juízes na vida da nação: Gideão, Eúde, Débora, Jefté, Sansão e Samuel são alguns exemplos.

Neste tempo, uma pessoa também ganha destaque, não como líder político ou religioso, mas como exemplo de caráter, humildade e fidelidade: Rute. A estrangeira de Moabe, que se casou com um israelita, da tribo de Judá, e teve sua história imortalizada depois de ter se convertido ao Deus de Israel, e tratar sua sogra com profundo amor e respeito, se tornando a bisavó daquele que seria o maior rei de Israel: Davi.


7. REINO UNIDO

Base bíblica: 1 Samuel 8 a 31, 2 Samuel, 1 Reis 1 a 12, 1 Crônicas, 2 Crônicas 1 a 10, Salmos, Provérbios, Eclesiastes, Cantares


Depois de décadas vivendo num regime teocrático, sob o governo de Deus e a orientação de juízes, o povo desejou adotar o regime monárquico, seguindo o exemplo de todos os demais povos pagãos daquela época. Isto entristeceu o coração de Deus, que mesmo assim permitiu que fossem governados por um rei humano.

Assim, Saul foi coroado como o primeiro rei de Israel por volta do ano 1.000 a.C.. Durante o seu reinado, os filisteus iniciaram uma guerra contra Israel, que foi vencida graças ao seu escudeiro Davi, um pastor de ovelhas e músico, que corajosamente lutou contra o gigante Golias e o venceu com apenas uma funda. Tendo sua fama aumentada depois disto, despertou o ciúmes de Saul, que passou a persegui-lo e ameaça-lo de morte.

Mas Davi fugiu e, após a morte de Saul, ele foi aclamado como o novo rei sobre a nação. Davi foi um grande líder e conseguiu conquistar para Israel todos os territórios que ainda havia para serem conquistados, incluindo a cidade de Jerusalém, que se tornou a capital do reino.

O trono foi sucedido por seu filho Salomão, conhecido por sua sabedoria. Ele concretizou os planos do seu pai, o rei Davi, e construiu um templo em substituição ao tabernáculo como local de adoração a Deus e também o palácio real. Mas Salomão não usou sua sabedoria para servir ao Senhor de todo o seu coração, e se corrompeu adorando a outros deuses.


8. REINO DIVIDIDO

Base bíblica: 1 Reis 13 a 22, 2 Reis, 2 Crônicas 11 a 36, Isaías, Jeremias, Lamentações, Oseias, Joel, Amós, Obadias, Jonas, Miqueias, Naum, Habacuque, Sofonias

Em 950 a.C., depois da morte de Salomão, a coroa foi passada para o seu filho Roboão, que, agindo de maneira tola, não soube manter a fidelidade de seus súditos, aumentando-lhes ainda mais os impostos já tão pesados. A grande maioria do povo então se levantou em rebelião, numa espécie de golpe civil. Apenas as tribos de Judá (onde ficava a cidade de Jerusalém), a tribo de Simeão e metade da tribo de Benjamim permaneceram fiéis ao reinado de Roboão. Todas as outras demais dez tribos romperam com a linhagem de Davi e escolheram a Jeroboão como seu novo rei.

Assim, o reino foi dividido em dois. As dez tribos do norte se apropriaram do nome de Israel, tendo Jeroboão como seu rei e Samaria como sua capital. O pequeno reino das tribos do sul, denominado Judá, continuaram sob o reinado de Roboão, tendo Jerusalém como sua capital.

Grandes profetas profetizaram neste tempo em Israel e Judá: Elias, Eliseu, Amós, Isaías, Joel, etc…

Enquanto isso, na Grécia, em 846 a.C. Homero recitava seus poemas, e em 753 a.C. nascia a cidade Roma. Mas a nação que se expandia, ganhava território e se despontava como poderoso império neste tempo era a Assíria (região norte da Mesopotâmia – atual Iraque).

O Reino do Norte, governado por reis idólatras e sem temor de Deus, viu seu povo caminhar para cada vez mais longe do Senhor, e no ano 722 a.C. foi invadido e conquistado pelo Império Assírio. Como estratégia de guerra, a Assíria espalhou os israelitas por várias províncias em todo o seu império, e trouxe estrangeiros cativos de outras nações para habitarem na Samaria e demais tribos do Reino do Norte, varrendo do mapa o Reino de Israel como nação e gerando na região um grande sincretismo religioso e miscigenação cultural.

Após a destruição de Israel, Judá permaneceu como reino ainda por várias décadas, resistindo aos ataques das nações inimigas. Reis como Josafá, Ezequias, Josias e vários outros, eram tementes a Deus, e levaram o povo a um relacionamento de quebrantamento e santidade diante do Senhor.

Algumas décadas mais tarde, conforme profetizara Isaías, o império Assírio foi destruído pelos babilônicos. Nínive, a grande capital assíria caiu, e a Babilônia se tornou a grande capital do império do Mundo Antigo.

Em 587 a.C., enquanto construía seus famosos Jardins Suspensos, o imperador babilônico Nabucodonosor conseguiu sitiar, invadir e destruir Jerusalém (incluindo o templo construído por Salomão), isso porque os judeus, assim como seus irmãos do Reino do Norte, haviam abandonado sua aliança com o Senhor.


9. CATIVEIRO BABILÔNICO

Base Bíblica: Ezequiel, Daniel

Nabucodonosor capturou a grande maioria dos judeus que sobreviveram à guerra e os levou cativos para a Babilônia. Dentre eles Ezequiel, Daniel, Hananias, Misael, Azarias, a família de Ester e Mardoqueu, e outras tantas centenas e centenas de famílias.

Ali, nas províncias da Babilônia, o povo de Deus permaneceu durante setenta anos como cativos. Durante este tempo, Daniel e seus amigos puderam testemunhar do poder de Deus na corte do rei.

Passados cerca de 50 anos desde que os primeiros exilados chegaram à Babilônia, Daniel foi acusado de insubmissão por não se curvar diante do imperador e foi lançado na cova dos leões, da qual o Senhor o livrou milagrosamente. Durante todo o domínio do império babilônico, Daniel foi usado por Deus para falar com cada governante que por ali passou: Nabopolassar, Nabucodonosor, Belsazar e outros.

Os babilônios permitiram que os exilados do reino de Judá formassem famílias, construíssem suas próprias casas, cultivassem pomares e vivessem em comunidade, com seus próprios chefes e sacerdotes. Como não tinham mais o seu templo, eles criaram as sinagogas, que eram locais específicos para oração, leitura e ensinamento da Lei e canto dos Salmos; e um grupo de sacerdotes entregou-se com empenho à tarefa de reunir e preservar os textos sagrados, dentre eles Ezequiel, que, como sacerdote e profeta, exerceu uma influência singular dentre os cativos.

Até que, em 539 a.C., a Babilônia também caiu, vencida e subjugada pelos persas.

Um ano depois, Ciro, o rei persa, publica o édito autorizando os judeus a deixarem o exílio na Babilônia e voltarem a Jerusalém.


10. VOLTA DOS JUDEUS À JERUSALÉM

Base Bíblica: Esdras, Ester, Neemias, Ageu, Zacarias, Malaquias, alguns Salmos


O imperador persa devolveu aos judeus exilados os utensílios do templo que Nabucodonosor lhes havia saqueado e levado à Babilônia, além de doar também uma quantia considerável do seu tesouro para apoiar a reconstrução do templo de Jerusalém. Liberados e incentivados pelo rei Ciro, muitos judeus decidiram voltar à sua terra, que ficara vazia e destruída desde sua invasão há 70 anos.

O retorno dos exilados realizou-se de forma paulatina, por grupos, o primeiro dos quais chegou a Jerusalém sob a liderança de Sesbazar. Tempos depois se iniciaram as obras de reconstrução do Templo, que se prolongaram até 515 a.C. Para dirigir o trabalho e animar os operários contribuíram o governador Zorobabel e o sumo sacerdote Josué, apoiados pelo sacerdote e escriba Esdras, e os profetas Ageu e Zacarias. As dificuldades econômicas, as divisões na comunidade e as atitudes hostis dos vizinhos samaritanos foram os principais problemas que afligiram os que voltaram.

Graças às condições de tolerância e bem estar em que viviam os judeus exilados, muitos preferiram permanecer na Babilônia, agora sob domínio persa. Dentre eles Mardoqueu e Ester, que moravam na província de Suzã, uma das capitais da Pérsia. Graças à permanência deles ali, em 475 a.C. Ester foi escolhida rainha da pérsia, pelo rei Xerxes (ou Assuero) – sucessor de Ciro depois de Cambises e Dário – e exerceu um papel fundamental para salvar todo o povo judeu de uma terrível conspiração.

No ano de 445 a.C. um judeu chamado Neemias, também residente na cidade de Suzã, copeiro do rei persa Artaxerxes (sucessor de Xerxes), solicitou que, com o título de governador de Judá, tivesse a permissão de ir até Jerusalém a fim de ajudar o seu povo. Neemias revelou-se um grande reformador. A sua presença em Israel foi decisiva, não somente para que se reconstruíssem os muros de Jerusalém, mas também para que a vida da comunidade judaica experimentasse uma mudança profunda e positiva.


PERÍODO INTERBÍBLICO

As muralhas de Jerusalém terminaram de ser reconstruídas em 443 a.C., sob o governo de Neemias e a liderança espiritual do profeta Malaquias, o último profeta que falou a Israel em sua própria terra. Depois dele, um silêncio profético de 400 anos estende-se até a voz de João Batista, que clamava no deserto: “Endireitai o caminho do Senhor”.


Veja os principais acontecimentos durante este período de 400 anos:

331 a.C. – Ascensão do Império Grego, com Alexandre, o Grande
320 a.C. – Israel é conquistado pelos Egípcios (Ptolomeu)
250 a.C. – A Bíblia hebraica é traduzida para o grego
202 a.C. – Construção da muralha da China
198 a.C. – Os Sírios vencem os Ptolomeus e conquistam Israel (Antíoco, o Grande)
167 a.C. – Revolta dos judeus Macabeus – independência do povo de Israel
149 a.C. – Início da ascensão de Roma nas Guerras Púnicas contra Cartago.
63 a.C. – Os romanos, que a esta altura já dominavam sobre a Grécia, Egito, Macedônia, Gália, Germânia, Trácia e Síria assumem o controle de Israel, sob o comando do General Pompeu.
40 a.C. – Herodes, o Grande, é nomeado por Roma como o rei da Judeia, e faz uma grande reforma no templo construído no tempo de Esdras, tornando-o grande e imponente.


Nasce o Messias, Jesus Cristo, na cidade de Belém da Judeia. 



















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