domingo, 30 de agosto de 2020

Os Efeitos da Eucaristia


 Os Efeitos da Eucaristia

Por Santo Tomás de Aquino

Sermão sobre o Corpo do Senhor


No Sacramento da Eucaristia, em virtude das palavras da instituição, as espécies simbólicas se mudam em corpo e sangue; seus acidentes subsistem no sujeito; e nele, pela consagração, sem violação das leis da natureza, o Cristo único e inteiro existe Ele próprio em diversos lugares, assim como uma voz é ouvida e existe em vários lugares, continuando inalterado e permanecendo inviolável quando dividido, sem sofrer diminuição alguma. Cristo, de fato, está inteira e perfeitamente em cada e em todo fragmento de hóstia, assim como as aparências visíveis que se multiplicam em centenas de espelhos.


O efeito deste Sacramento deve ser considerado, portanto, primeira e principalmente em função daquilo que nele está contido, que é o Cristo.
Ele, vindo ao mundo em forma visível, trouxe ao mundo a vida da graça, segundo nos diz o Evangelho de João:


“A graça e a verdade, porém,
vieram por meio de Jesus Cristo”


Assim, da mesma forma, vindo Cristo ao mundo em forma sacramental, opera a vida da graça, segundo ainda outra passagem do mesmo

Evangelho:


“Quem me come,
viverá por mim”,


O efeito deste Sacramento deve, ademais, ser considerado também pelo que ele representa, que é a Paixão de Cristo. Por isto, o efeito que a Paixão de Cristo realizou no mundo, este Sacramento também realiza no homem.


O efeito deste Sacramento também deve ser considerado pelo modo através do qual ele é trazido aos homens, que é por modo de comida e bebida. E por isto todo efeito que a bebida e a comida material realizam quanto à vida corporal, isto é, sustentar, crescer, reparar e deleitar, tudo isto realiza este Sacramento quanto à vida espiritual. E é por isto que se diz:


“Este é o pão da vida eterna,
pelo qual se sustenta
a substância de nossa alma”


De onde que o próprio Senhor diz, no Evangelho de São João:


“Minha carne é verdadeiramente comida,
e meu sangue é verdadeiramente bebida”


Finalmente, o efeito do Sacramento da Eucaristia deve ser considerado pelas espécies em que este Sacramento nos é oferecido. Foi por causa disto que escreveu Santo Agostinho:


“O Senhor confiou-nos
o Seu Corpo e o Seu Sangue
em coisas tais que são reduzidas à unidade
a partir de muitas outras,
porque o pão é um,
embora conste de muitos grãos,
e o vinho é feito

a partir de muitas uvas”



Santa Teresa repetia: “Eu não encontrei ajuda mais poderosa para obter a perfeição que a Comunhão frequente. É admirável como ela faz que a alma que comunga com frequência cresça em Deus”;

São Tomás ensina que a Comunhão neutraliza muitos ataques do demônio, e são João Crisóstomo lembra que a sagrada Comunhão da alma é uma forte inclinação para a virtude;

São Francisco de Sales dizia: “Estas são as pessoas que necessitam receber Jesus na Eucaristia: os que são fracos (para se tornarem fortes) e os que são fortes (para não se tornarem fracos)”;

Se perguntarem por que você comunga, diga: “comungo porque sou fraco e, na Comunhão, está o Forte, que torna forte quem o recebe. Comungo porque tenho a alma enferma e, na Eucaristia, recebo o Médico que veio buscar os enfermos”.


A Bíblia nos ensina em I João 2,6 que “aquele que afirma permanecer n’Ele deve viver como Ele viveu”.

Viver como Jesus, pensar como Jesus, falar como Jesus é buscar ser semelhante a Ele. Assim, seguir os passos de Cristo só é possível por Sua graça, já que “tudo o que Cristo viveu foi para que pudéssemos viver n’Ele e para que Ele vivesse em nós.

Nós somos chamados a ser uma só coisa com Ele. Ele nos faz partilhar (comungar) como membros de Seu corpo, de tudo o que Ele, por nós e como nosso modelo, viveu em Sua carne” (CIC 521). 

Portanto, façamos nossa parte e estejamos unidos a Cristo na Eucaristia, em comunhão com Seu Corpo e Sangue que nos santifica.




sexta-feira, 28 de agosto de 2020

Oração de libertação e cura espiritual



Em nome do Pai , e do Filho, e do Espírito Santo, amém

Ave maria

Pai Nosso


Vinde Espírito Santo

Vinde Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o fogo do Vosso Amor. Enviai o Vosso Espírito e tudo será criado e renovareis a face da terra.

Oremos: Ó Deus que instruíste os corações dos vossos fiéis, com a luz do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas segundo o mesmo Espírito e gozemos da sua consolação.Por Cristo Senhor Nosso, amém

Deus, Pai de amor e bondade, que em Sua infinita misericórdia acolhe todos os que se aproximam de Vós com o coração arrependido, acolhei meu pedido de perdão por tantas faltas cometidas contra Ti e meus irmãos.

Senhor Jesus Cristo, Mestre da ternura e do amor, que devolveu a vida em plenitude a tantos homens e mulheres imersos no pecado e caminhantes das trevas, conduzi-me nos caminhos do perdão e fortalecei minha alma para que eu tenha a humildade de pedir perdão e a misericórdia de saber perdoar.

Espírito Santo, Consolador da alma, Advogado dos justos e Defensor do amor, inspirai em meu coração gestos de bondade e ternura, que devolvam aos corações angustiados a beleza do perdão e as graças da reconciliação.

Amém.

Oração de libertação e cura espiritual

“Deus Pai de infinita bondade e amor, venho a ti clamar por mim e por minha família. Em nome de Jesus Cristo e pelo teu poder, peço humildemente que visite cada um dos membros de minha família, seja pelos laços sanguíneos, carnal, espiritual, e liberte-nos de toda obra do mal.

Destrua com seu poder Pai querido as macumbas, feitiçarias, magia negra, pragas, inveja, olho gordo, maldição hereditária ou proferida por mim, pelos meus ancestrais ou descendentes.

Que seu fogo consumidor agora consuma todo mal em nossos corações, em nossa casa, trabalho, estudo, vida social, financeira, sentimental, consciente e inconsciente, derrotando toda a obra do diabo e seus demônios. Com seu poder Deus, e em nome de nosso Senhor Jesus Cristo, liberte nossas almas das garras do mal, desuniões, miséria, tristeza, mentira, falsidade, doenças hereditárias, assaltos, assassinatos, tragédias de todo o tipo, seja física, espiritual ou mental. Que as armadilhas do nosso inimigo carnal ou espiritual sejam agora desfeitas pelo seu poder, poderoso e glorioso Deus.

Envia seus anjos pai querido para proteger a minha família e eu e tudo que nos pertence, Senhor Jesus Cristo, amado irmão, esteja conosco pelo poder de Deus hoje e sempre, livrando-nos de todo o mal, seja real ou pensamentos que nossos inimigos possam ter para nos atacar. Querido Deus, liberte-nos também das dívidas, da miséria e provem fartura e riquezas em nossas vidas, vindas do teu trono meu pai e amado Senhor.

Eu te agradeço meu pai de amor e infinita bondade em nome de nosso Senhor Jesus Cristo.

Amém.”


Em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo, amém




Dons Carismáticos (Dons Efusos) - DOM DE MILAGRES


Dom de Milagres

É o Poder de Deus de intervir em determinada situação em relação à natureza, à saúde e à vida. São fenômenos sobrenaturais realizados por Deus, com a finalidade de que os homens conheçam a sua glória, o seu poder e se convertam. Através dos milagres, o homem tem uma experiência concreta com amor de Deus por ele e com a presença do Senhor na sua vida, na vida dos seus irmãos e no mundo.

O Dom de Milagres é a ação do Espírito Santo que, para o bem de alguém, modifica o curso normal da natureza. O milagre é uma intervenção clara, sensível e visível de Deus no discurso “ordinário” ou “normal” dos acontecimentos: 

Curas instantâneas de doenças incuráveis, ressurreição dos mortos, fenômenos extraordinários da natureza.


Diferença entre milagre e cura


A cura é quando Deus acelera o processo de cura que se poderia conseguir através de meios naturais como uma cirurgia, remédios, repousos, etc. O milagre é quando se trata de uma cura que nenhuma ciência médica poderia realizar e que Deus realiza.

Os milagres são intervenções de Deus, diretamente dEle, na natureza do homem, ou na ordem da criação. Os milagres provam o Poder de Deus agindo na vida dos homens, levando-os a uma fé sempre mais crescente.


Milagres no Antigo Testamento

– Êx 14 – Passagem do Mar Vermelho;

– Nm 17,16-26 – Episódio da vara de Aarão que floresce;

– Js 3, 14-17 – Josué e seu povo atravessaram o Rio Jordão a pé enxuto;

– I Rs 17,16 – Multiplicação da farinha e do azeite que havia prometido a Elias.


Milagres no Novo Testamento

– Lc 13,10 – Mulher que vivia encurvada 18 anos;

– Lc 18,35 – Cego em Jericó;

– Mt 9,1 – Paralítico em Cafarnaum;

– Mt 15, 29-31 – Aleijados, coxos, cegos eram curados;

– Jo 2,11 – Bodas de Caná.

Precisamos acreditar neste Dom de Milagres no coração da Igreja. Por meio dele, poderemos de forma mais convincente, publicar as “maravilhas de Deus” hoje e sempre.




Dons Carismáticos (Dons Efusos) - DOM DE LINGUAS


Dom de Línguas

O Dom de Línguas é um dom de oração (pessoal e comunitário), que se segue imediatamente ao derramamento do Espírito Santo em Pentecostes (At 2, 1-4). Foi a primeira manifestação do Espírito Santo: “Ficaram todos cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito Santo concedia-lhes que falassem”.

“Estando Pedro ainda a falar, o Espírito Santo desceu sobre todos os que ouviam a (santa) palavra. Os fiéis da circuncisão profundamente se admiravam, vendo que o dom do Espírito Santo era derramado também sobre os pagãos, pois eles os ouviram falar em outras línguas e a glorificar a Deus” (At 10, 6s).

“E quando Paulo lhes impôs as mãos, o Espírito Santo desceu sobre eles e falavam em línguas estranhas e profetizavam” (At 19, 6s). Nas passagens acima, observamos que o dom de línguas foi a primeira manifestação da efusão do Espírito Santo, não só sobre os apóstolos e Maria, mas também para todos aqueles que desejam viver uma vida em comunhão com Deus.

O dom de línguas é entendido e experimentado por aqueles que se deixam conduzir pelo Espírito. Através do dom de línguas, “palavras incompreensíveis que não são minhas, palavras escolhidas e formuladas pelo Espírito Santo, dão a Jesus o louvor que Ele merece, e do qual eu mesmo sou incapaz” (I Cor 14, 9). Temos dificuldades em aceitar tudo o que não provém da razão. Mas na medida em que cedemos ao dom, e abrimos o coração e a mente, as dificuldades vão desaparecendo.

No entanto, ao orarmos com esses sons ininteligíveis não deixamos de estar conscientes. Sabemos perfeitamente o que estamos fazendo, pois oramos com a nossa língua e com a nossa vontade, por isso somos livres para começar e terminar quando queremos. Oramos naturalmente, da mesma forma que fazemos nossas orações mentais e vocais. A única diferença é que quem realiza todo o trabalho é o Espírito Santo, o autor responsável por tomar nossa oração agradável a Deus, atingindo e penetrando o seu coração.


O Espírito Santo socorre a nossa debilidade de orar

Ao começarmos a orar, não sabemos como devemos pedir ou o que dizer a Deus. Nossa cabeça está tão cheia de preocupações, ideias, afazeres, e nosso coração está tão agitado que ficamos “sem assunto diante de Deus”, ou nosso espírito está indisposto diante de Deus, não consegue se entregar inteiramente e então a oração é ineficaz. O Espírito Santo vem em nosso auxílio à nossa fraqueza e intercede por nós com gemidos inefáveis. O próprio Espírito Santo que habita em nós, ora em nós e nos auxilia para orarmos e pedirmos o que necessitamos segundo a vontade de Deus.

Através do dom de línguas, o próprio Deus ora em nós e por nós. É um dom que edifica o homem interiormente. O Espírito refaz o ser de quem ora, Ele não se limita a nos ensinar a orar, mas Ele próprio ora em nós, Ele não se limita a nos dizer o que devemos fazer, mas fá-lo conosco. O Espírito não promulga uma lei de oração, mas confere um graça de oração. O dom de línguas nos leva a descansar nas mãos da divina providência. Torna o homem interior livre, suas palavras coincidem com o que se passa no mais íntimo do seu coração, ele está inteiramente em Deus e ambos se compreendem e se unem.

São Paulo nos revela que “aquele que ora em línguas não fala aos homens, e sim a Deus: ninguém o entende, pois fala coisas misteriosas, sob ação do Espírito Santo” (I Cor 14, 2). Sendo um dom de oração, é um canal aberto para um relacionamento pessoal afetivo com Deus, acontece uma união mais estreita com o Espírito Santo. Abre-se o diálogo do homem com seu criador. Através desta união tão íntima entre os filhos e o Pai celeste, é manifestada na alma dos filhos um progresso espiritual, um avanço no caminho da santidade.


Dom de falar em línguas

“Falar em línguas” significa proclamar uma mensagem de Deus, numa linguagem desconhecida, em nome de Deus para uma assembleia através de línguas estranhas. É semelhante e equivalente à profecia. Todavia é uma fala em voz alta, isoladamente, e sob a unção do Espírito Santo. Quando se “fala em línguas”, um membro do grupo recebe o dom de interpretação de línguas, e comunica a mensagem à assembleia. “Falar em línguas” é um dom transitório, não permanente.


Dom de interpretação das línguas

Manifesta-se na assembleia reunida em oração e louvor a Deus. É um dom do Espírito à sua Igreja. Não é um dom de tradução, como se alguém traduzisse uma língua convencional. Trata-se de um impulso, de uma unção espiritual para tornar compreensível aos membros da comunidade a mensagem do Senhor que lhe chega em línguas.

O dom de interpretação das línguas é uma ação de Deus pela qual a pessoa proclama a mensagem de Deus. É semelhante e equivalente à profecia. Vem sempre depois do dom de falar em línguas, que é uma mensagem em línguas. Devemos pedir este dom de forma frequente na oração pessoal e comunitária, por ser um dom do Espírito, devemos tê-lo também em abundância, para a edificação da Igreja (I Cor 14,2).

O intérprete, após a mensagem proclamada em línguas, sente-se movido a exprimir em palavras normais, convencionais, inteligíveis por todos uma mensagem que lhe vem do Senhor, mas endereçada a todos, para a edificação da comunidade reunida. A interpretação em línguas deve ser concisa, interpretando com clareza a mensagem do Senhor.

Quem tem o dom da interpretação percebe com clareza que as palavras lhe vêm a mente de forma abundante, e deve dizer o que o Senhor lhe inspira. Quanto mais se habitua, mais facilmente identifica o modo de como o Senhor lhe “dita” as palavras. Ele deve falar sempre na primeira pessoa, como se falasse o próprio Senhor. Jesus não quer que simplesmente se narre a sua mensagem, mas que pronuncie a mensagem em seu próprio nome empregando-se a primeira pessoa.


Dons Carismáticos (Dons Efusos) - DOM DE PROFECIA

Dom de Profecia

Por meio do Dom de Profecia, Deus fala claramente e de forma simples e direta com o homem para edificá-lo, exortá-lo e consolá-lo (I Cor 14,3). 

Diante da palavra de Deus, da voz divina, devemos nos colocar em atitude de respeito e de obediência. A profecia acontece depois de um louvor a Deus, em línguas, em cânticos ou em palavras, quando a comunidade se reúne em oração, ou quando um cristão se recolhe na sua oração pessoal.

Após o louvor, segue-se um silêncio de escuta a Deus e recebimento da unção, que pode vir através de um senso da presença de Deus, um impulso, um movimento no íntimo do nosso espírito, um formigamento nos dedos, um calor pelo corpo todo, um batimento cardíaco mais forte, ou da forma que o Senhor achar melhor ungir, é então proclamada a mensagem de Deus.

Geralmente, as profecias são ditas na 1ª ou na 2ª pessoa, pois o Senhor é um Deus pessoal e nos falará diretamente: “Não temas”, “Tu és o meu povo…”, “Meus filhos…”, “Eu sou o Teu Deus…”. Essa mensagem divina é ouvida e guardada em nossos corações.

A veracidade da profecia

Depois que a mensagem é proclamada, todos devem estar em atitude de escuta para que o Senhor confirme a profecia (I Cor 14,29), através de moções dadas a outros membros da comunidade. Deus pode se utilizar da própria Palavra, de visões, sentimentos ou palavras para confirmar a veracidade da profecia. Esta tem de estar de acordo com a palavra de Deus, com a doutrina da Igreja e dirigidos à glória de Deus e à salvação dos homens.

Aqueles que recebem a confirmação da profecia proclamada devem se manifestar no meio da assembleia. Quanto mais uma profecia é confirmada, maior é a fé que depositamos nela e maior é a abertura que será dada para a ação do Espírito Santo naquela comunidade.

Consentimento da vontade

O Dom da Profecia edifica a assembleia (I Cor. 14,4). Ninguém profetiza sem o consentimento da vontade, que acolhe as palavras de Deus em sua mente; se as pronunciamos por medo, insegurança ou respeito humano, podemos deixar de profetizar.

Deus não violenta, não força a mente humana contra nossa vontade, contra nosso consentimento; serve-se, sim, da mente humana e suas faculdades, pedindo apenas que nos deixemos usar por ele: “o espírito dos profetas deve estar-lhes submisso”(I Cor 14,32), contudo deve dar-se com “ dignidade” e ordem (v. 40) e com um critério de julgamento sobre a mesma, pelos demais (v. 29), pois “Deus não é Deus de confusão, mas de paz (v. 3
3).




Dons Carismáticos (Dons Efusos) - DOM DE SABEDORIA OU PALAVRA DE SABEDORIA


Dom de Sabedoria ou Palavra de Sabedoria

O Dom de Sabedoria ou Palavra de Sabedoria nos revela o diagnóstico, a causa, a raiz do problema (uma situação, um fato). Este dom segue o Dom de Ciência. Ele nos revela o tratamento, como agir a partir do que nos foi revelado pelo dom de ciência.

Pela Palavra de Ciência, Deus revela a raiz de algo que se passa ou que se passou. Pela Palavra de Sabedoria, Deus nos revela como agir, como por em prática a Palavra de Ciência, como proceder. Pode se manifestar por meio de uma palavra oral, por uma palavra escrita, por uma visão, por uma sensação, emoção ou sonho.

O Dom de Sabedoria é um dom carismático do Espírito Santo, dom gratuito de Deus, que dá a graça ao homem, inspira o homem a saber como deve ser o seu comportamento em cada situação, em cada vez que tem que resolver um fato ou um problema. Inspira o homem como agir e falar inteligentemente situações concretas da sua vida ou da sua comunidade, levando-o a decidir acertadamente e de acordo com a vontade de Deus no dia a dia, no matrimônio, no trabalho, na educação dos filhos, nos relacionamentos com os irmãos e na sua vida cristã.

É uma orientação de Deus sobre como se viver  ( Lc 18,18-30). Também nos leva a ensinar ou explicar verdades religiosas. Portando, a Palavra de Sabedoria é uma palavra, atitude ou ação que faz que os acontecimentos passem a decorrer segundo a vontade de Deus, ou ainda, que as pessoas percebam a verdade que antes não conheciam.

Exemplos de Palavra de Sabedoria nas Escrituras Sagradas


– I Rs 3,16-28 – A Palavra de Sabedoria do rei Salomão, “cortai pelo meio o menino vivo e dai a metade a uma e a metade a outra”, fez que a verdadeira mãe renunciasse ao seu filho, pois não queria vê-lo morto e assim foi descoberto a verdade e a justiça.

– Mt 22,15-22 – “Daí a César o que é de César e a Deus o que é de Deus”. Jesus encontrava-se numa situação embaraçosa, pois se dissesse que pagassem o imposto a César seria tido como traidor dos judeus, se dissesse que não pagassem, seria tido como insuflador do povo contra os romanos. Seria preso em ambos os casos. O poder do Espírito Santo, pela Palavra de Sabedoria, livrou Jesus da prisão e calou a boca do povo.

– Jo 8,1-11 – A mulher adúltera. A lei protegia os que apedrejavam e condenavam a mulher à morte, Jesus pela Palavra de Sabedoria: “Quem de vós estiver sem pecado, seja o primeiro a lhe atirar uma pedra”. Sentindo-se acusados pela própria consciência, os acusadores foram-se retirando um por um.

A Palavra de Sabedoria conduz o procedimento do homem em cada situação. É um dom de orientação. Através dela, descobrimos o plano de Deus para a nossa própria vida, para a vida de uma outra pessoa ou comunidade.





Dons Carismáticos (Dons Efusos) - DOM DO DISCERNIMENTO


Dom do Discernimento

O dom do discernimento pode nos ajudar a :

(1) “detectar o erro e o mal ocultos nas pessoas”,

(2) “detectar erros e males ocultos em nós mesmos”,

(3) “descobrir e revelar o bem que pode estar oculto nas pessoas” e

(4) “descobrir e revelar o bem que pode estar oculto em nós mesmos”


O dom do discernimento dos espíritos é uma graça que provém da presença do Espírito Santo em nós. Nossa unidade com Ele, nossa intimidade com Ele em oração. Da mesma forma que nos dá palavras de sabedoria, ciência, cura (dentre outras), dá-nos igualmente o dom do discernimento dos espíritos. Dom espiritual que nos permite discernir, examinar, nas outras pessoas e na comunidade o que é Deus, o que é da natureza ou o que é do maligno.

Esse dom de Deus nos ajuda a perceber a origem de uma intuição, de um pensamento, a causa de um comportamento, especialmente quando este é apresentado a nós de forma estranha, permite-nos identificar qual espírito está impulsionando ou está influenciando uma ação, uma situação, um desejo, uma decisão a tomar, algo que nos digam ou ofereçam. Como todo dom espiritual, ele está em interação com os outros carismas e é necessário para a nossa vida diária, nossa vida de oração e para o nosso apostolado.

Em Gn 3,1-7, Eva não percebeu que quem lhe falava era o maligno, pois não parou para discernir quem lhe falava e se era de Deus; iludida pelo inimigo, acabou por cometer o pecado de origem de toda humanidade. Deus respeita a nossa liberdade e respeitou a liberdade de Eva em desobedecer-lhe e pecar. Deve ter sido uma imensa dor para Deus assistir a Eva sendo enganada.

Três grandes inimigos da alma


São João da Cruz nos ensina que nossa alma tem três grandes inimigos: o mundo, o demônio e a nossa carne; inimigos a fazerem guerra e dificultarem o caminho que a nossa alma deseja trilhar até Deus. É necessário, portanto, o exercício do dom do discernimento dos espíritos, um dos canais de que Deus se utiliza para nos ajudar a vencer esses grandes inimigos, que tentam nos confundir na busca de conhecer e viver a vontade de Deus.

É preciso orar e ter uma vida de constante louvor e de unidade com a Palavra de Deus e os sacramentos da Igreja. Desta forma, nos tornamos pessoas profundamente unidas e dóceis às moções do Espírito para que não nos deixemos ser ludibriados. Jesus nos ensinou: “vigiai e orai, para não cairdes em tentação”.

Este estado de alerta, confiante na misericórdia de Deus, nos vem do louvor constante, da oração diária, do estudo da Palavra de Deus, da obediência à Igreja, da freqüência aos sacramentos e da amizade com Nossa Senhora. Estando sempre alertas, saberemos se algo vem da vontade de Deus, do inimigo, ou da nossa carne.


Dom do Discernimento dos espíritos no Novo Testamento



– Mt 16,16 – “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo!”. Jesus glorificou o Pai, porque Ele discerniu que quem havia revelado a Pedro que Ele era, foi o Pai. Jesus concluiu que a resposta não tinha vindo da humanidade de Pedro, pois “sem a graça”, ninguém podia dizer que Ele era o Messias.

– Mt 16,22 – “Que Deus não permita isto, Senhor! Isto não te acontecerá”. A falta de fé, o desejo de agradar, o medo, deram entrada a satanás no pensamento e sentimento de Pedro. Jesus discerniu que o que Pedro dissera, vinha do maligno.

– Lc 4,1-13 – Jesus discerniu que as sugestões que lhe vinham na tentação do deserto, não lhe vinham de Deus, mas do maligno para estragar o plano do Pai.

O Espírito Santo unge os batizados com a mesma unção espiritual de Jesus

Através do batismo todos os homens são regenerados para a vida dos filhos de Deus, unidos a Jesus Cristo e ao seu corpo que é a Igreja e são ungidos pelo Espírito Santo, tornando-se templos espirituais (C. L. 10). “Foi num só Espírito que todos nós fomos batizados a fim de formarmos um só um corpo” (I Cor 12, 13). Portanto, todos os batizados vivenciam a “unidade misteriosa com Jesus entre si” (cf. Jo 17, 21), todos somos ramos de uma única videira, Jesus Cristo.

Além de desfrutarmos pelo batismo da unidade com O Cristo e com os irmãos, nos tornamos “pedras vivas” edificados sobre Cristo, “Pedra angular”, destinada a construção de um edifício espiritual (I Pd 2, 4ss). O Espírito Santo então unge o batizado e com esta unção espiritual é possível repetir e assumir para si as palavras de Jesus:

“O Espírito do Senhor está sobre mim, pelo que me ungiu; enviou-me para anunciar aos cativos a redenção, aos cegos a restauração da vista, para por em liberdade os cativos, para publicar o ano da graça do Senhor” (Lc 4, 18-19).

A efusão batismal e crismal torna o batizado participante do tríplice múnus sacerdotal, profético e real de Jesus Cristo.

(Os três múnus de Cristo são: de ensinar, de santificar , de reger),
 
enquanto membros da Igreja (C. L. 13s). Isto vem nos certificar que os batizados são configurados em Jesus Cristo (Fil 3, 21) de uma forma total, inclusive em todas as suas atividades (cf. Rm 12, 1s). Jesus mesmo disse: “Em verdade, em verdade vos digo: aquele que crer em mim fará as obras que eu faço, e fará ainda maiores do que estas: porque vou para junto do Pai” (Jo 14, 12).


quinta-feira, 27 de agosto de 2020

Dons Carismáticos (Dons Efusos) - DOM DE CIÊNCIA


Dom de Ciência

O dom de ciência ou palavra de ciência é um dom através do qual o Senhor faz que o homem entenda as coisas da maneira como Ele as entende. Faz que o homem penetre na raiz de cada acontecimento, fato, sentimento ou situação, ou melhor, através do dom de ciências, Deus dá o diagnóstico, a causa de um problema, doença, fato, situação… Quando estamos com febre, nos dirigimos a um médico para descobrir a causa da febre, porque a febre não é a doença, mas um sintoma da doença.

Quando alguém está deprimido, queremos resolver o problema da depressão, aliviando os seus sintomas, porém não conseguimos detectar a causa da depressão. Através do dom de ciência, o Senhor nos revela a causa da depressão, sua raiz, com o objetivo de curar. O Espírito Santo, através desse dom, presta um serviço ao povo de Deus através de nós.

Pelo dom de ciência, Deus ensina ao homem sobre as suas verdades, permite que a sua luz penetre no entendimento do homem. Deus comunica ao homem informações que são impossíveis de se adquirir humanamente ou por conhecimento natural, pela razão.

É um dom de revelação. Revela uma ação que Deus já está fazendo (a cura), ou uma situação ou mentalidade que precisa ser transformada por Deus, sempre com a finalidade de transformação e conversão através do poder e da misericórdia de Deus que cura o corpo e o coração.


Dom de ciência no Novo Testamento

– Lc 1,39-45: Maria comunica o Espírito Santo a Isabel, como sinal do que iria acontecer em Pentecostes sobre toda a Igreja.

– Lc 1,43: Isabel recebe o conhecimento de um mistério que, humanamente, ela jamais seria capaz de compreender, a encarnação de Jesus. Aqui a palavra de ciência veio acompanhada de um sinal físico: o menino… (Lc 1,44).

– Mt 1,18-25: Vem também através de um sonho, como no caso de José. O Espírito Santo revela a José, em sonho, o mistério da encarnação. José recebe o dom de ciência (a revelação) e através dele vê acontecer, em si próprio, mudança radical de mentalidade e do conhecimento de Deus.

– Jo 4,16-19: Jesus fala à samaritana sobre os 5 maridos que tivera. Esta palavra de ciência fez a mulher perceber que Jesus era um profeta, abrindo a porta do seu coração para a revelação que ele era o Messias. A samaritana experimentou a misericórdia de Deus aplicada ao pecado de adultério, pois Jesus não a acusou, mas revelou o que sabia. A palavra de ciência teve o poder de levá-la a arrepender-se, ser perdoada e reconhecer que Jesus era o Messias, tendo acesso à “água viva” por ele prometida.

– At 5,1-11: O Espírito Santo, através da palavra de ciência, revela a intenção secreta do coração de Ananias e Safira.

– Mc 5, 25-34: A cura da hemorroíssa. Jesus usa a palavra de ciência como confirmação da cura pelo poder do Espírito Santo e pela fé.

– Lc 5, 17-26: A cura do paralítico. Quando Jesus diz: “os teus pecados estão perdoados”, ele sabe por revelação que a necessidade maior do paralítico é ser perdoado de seus pecados que são a causa de muitos males físicos e espirituais. Para o paralítico eram empecilho para a ação de Deus em sua vida.


Dons Carismáticos (Dons Efusos) - DOM DA FÉ


Dom da Fé

Pelo Espírito, a um é dada a palavra de sabedoria; a outro, a palavra de conhecimento, pelo mesmo Espírito; a outro, fé, pelo mesmo Espírito; a outro, dons de cura, pelo único Espírito; 1Coríntios 12:8-9

Creio que muitos de nós já ouvimos a expressão: eu tenho muita fé!

Todo cristão tem fé, pois o autor do livro de Hebreus nos fala no capítulo 11 e o versículo 6 que “quem dele se aproxima precisa crer que ele existe”, e sendo dessa forma, todo aquele que aceitou Jesus tem-na em seu coração, pois crê em Jesus. Somente uma pessoa com fé pode ser salva: Pois vocês são salvos pela graça, por meio da fé, e isto não vem de vocês, é dom de Deus; Efésios 2:8.

O dom espiritual da fé, porém, não pode ser confundido com a fé salvadora. Todos os cristãos tem em seu coração a fé salvadora, mas nem todos recebem o dom de fé, visto que não temos como escolher nossos dons, pois são dados pelo Espirito a cada um.

A palavra fé, nos traz a ideia de confiança, certeza, de uma convicção ou crença que diz respeito ao relacionamento do homem com Deus e com as coisas divinas, geralmente com a ideia inclusa de confiança e fervor santo nascido da fé e unido com ela.

Aqueles que tem o dom da fé possuem a mesma fé salvadora que qualquer outro crente, porém o dom da fé que nela está, faz com que ela tenha uma convicção muito forte das coisas de Deus, o que não é encontrado em qualquer pessoa.

Normalmente, a pessoa com o dom da fé serve de inspiração para outros cristãos que convivem com ela, pois a fé que essa pessoa tem é algo nitidamente sobrenatural.

Ao longo da Bíblia podemos notar diversos personagens que tinham uma fé sobrenatural. Um exemplo é o de Pedro, que, junto com João, estava entrando no templo, e um aleijado de nascença, vendo eles, pediu algumas moedas, porém Pedro, utilizando da sua fé sobrenatural, disse ao aleijado: Disse Pedro: “Não tenho prata nem ouro, mas o que tenho, isto lhe dou. Em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, ande”. Atos 3:6. E dessa forma o aleijado ficou curado mediante a fé de Pedro.

Pedro cria de forma intensa que aquele aleijado poderia ser curado, e isso o impulsionou a falar com ele. Essa é uma fé especifica, que não é comum de se encontrar nas pessoas.

Em resumo, o dom espiritual da fé permite àquele que o possui, uma visão que vai além das possibilidades humanas. Essa fé não é encontrada em outras pessoas da mesma forma.


O dom carismático da fé é o poder de Deus que nos move a uma confiança íntima de que Deus agirá. Essa confiança leva a uma oração convicta, a uma decisão, a uma firmeza ou a algum outro ato que libera a benção de Deus.


Através do dom carismático da fé, o Espírito Santo nos dá a certeza de que Deus agirá, de que o poder de Deus irá intervir em alguma situação da vida do homem. Pelo dom carismático da fé, cremos que Deus opera hoje maravilhas em favor do seu povo. A fé move a manifestação do poder de Deus através do seu Espírito Santo.

“Se creres, verás a glória de Deus” (Jo 11,40). É a fé que faz o homem de todos os tempos ver a glória de Deus. A virgem Maria realiza da maneira mais perfeita à obediência a fé. Na fé, Maria acolheu o anúncio e a promessa trazida pelo anjo. Maria não cessou de crer no “cumprimento” da Palavra de Deus. Por isso, a Igreja venera em Maria a realização mais pura da fé (Cat. 149).

É a esta fé de Maria, de Abraão, de Moisés e das outras testemunhas da fé que devemos aderir de todo o nosso coração, para que esta mesma fé nos ilumine e nos conduza nos momentos da provação.

Dons Carismáticos (Dons Efusos) - DOM DE CURA


Dons do Espírito Santo

Dons Carismáticos (Dons Efusos):

São os “Carismas” – dons de serviço – dons para o serviço da comunidade cristã. São concedidos para a edificação do Corpo de Cristo. São dados para que o homem possa fazer alguma coisa para a comunidade.

Dom de Cura

O Dom de Cura foi um dos dons plenamente vivenciados por Jesus durante o seu ministério terreno. Esse dom, que foi tão abundantemente em Jesus, na sua vida, na sua missão e na revelação de sua identidade divina, é um dos Carismas do Espírito Santo que recebemos no Batismo. Ele deve ser manifesto em nossa vida e missão, confirmando com sinais, nosso testemunho e pregação.

Para que o Dom de Cura se manifeste, basta que haja um enfermo e um irmão cheio de compaixão que ore para que ele seja curado. Todos possuem o Dom de Cura, o problema é que nem todos o fortalecem, pelo pedido constante ao Espírito Santo e pelo exercício de orar pelos enfermos.

O fato é que:

"Quanto mais nós pomos ao serviço, mais os carismas se manifestam."

O Dom de Cura se manifesta de três formas


Tomando-se por base as três dimensões do homem – corpo, alma e espírito (I Ts 5,23) -, compreendemos que este mesmo homem pode ser atingido por enfermidades em cada uma delas. Existem os males físicos, os males da alma (interiores) e os males espirituais.

Se somos atingidos em nosso corpo por qualquer enfermidade, necessitamos de uma cura física. Se somos atingidos em qualquer área da nossa alma, necessitamos de uma prece para cura interior. Se somos atingidos em nosso espírito, contaminando-nos com falsas doutrinas e afastando-se da sã doutrina da salvação, precisamos de uma oração para cura espiritual ou oração de libertação.

Oração para cura física

Orar por cura física, supõe clamar o poder do amor misericordioso de Deus sobre todos os tipos de enfermidades, desde uma simples dor de cabeça até a cura do câncer e da AIDS. Devemos orar em nome de Jesus, tomando por base a passagem de Is 53, 1-6. Deus cura pelos méritos de Jesus Cristo e não porque sabemos orar, ou porque temos experiências ou ainda porque somos santos.

Existem algumas medidas bem simples que fazem parte da oração para cura física: 

-Conhecer a causa da enfermidade; o diagnóstico médico; a imposição das mãos; abrir-se aos Carismas; Oração de autoridade – orar em nome de Jesus.

Estender as mãos sobre a cabeça de uma pessoa ou sobre um objeto, na medida do possível com contato físico, é o gesto litúrgico mais comum na administração dos sacramentos, um dos mais ricos em significado.
Este gesto foi valorizado por Jesus e seu desejo era de que se mantivesse no tempo: "Estes sinais acompanharão os que creem: (…) imporão as mãos sobre os doentes e serão curados" (cf. Mc 16, 17-18). Portanto, esta possibilidade está ao alcance de todo aquele que crer.
O texto não diz que estes sinais acompanhariam somente os apóstolos. De fato, nos Atos dos Apóstolos (9, 17), vemos Ananias, um simples fiel, impondo suas mãos sobre Saulo para que se recuperasse da cegueira e ficasse cheio do Espírito Santo.
Uma das funções deste gesto hoje é servir de ponte para que Jesus transfira seu amor e sua compaixão.
Os apóstolos o utilizaram sobretudo para comunicar o dom do Espírito Santo, e a Igreja também o usa na administração de todos os sacramentos.
Do ponto de vista sacramental, quem tem o poder de impor as mãos é somente o ministro ordenado (sacerdote, bispo), que tem a potestade de Cristo.
Mas fora dos sacramentos, todos os fiéis podem impor suas mãos, para abençoar, pedir a intercessão de Deus, pedir a cura de um doente ou a presença do Espírito Santo em alguma pessoa.
Impor as mãos é permitir que o Senhor que use nossas mãos como um meio especial de contato para a bênção. É o poder de Deus que se reflete fisicamente (cf. Romanos 1, 20).
Este gesto não se limita apenas à ação de um superior sobre um inferior, como de pai para filho, por exemplo. Os "iguais" também podem usar este dom, por exemplo, os esposos entre si. E também de inferior a superior, como quando o Papa Francisco, em sua visita à Croácia, quis que um padre que foi torturado lhe impusesse as mãos.
Infelizmente, esta ação é pouco usada por sacerdotes e fiéis. Digo "infelizmente" porque onde a Igreja deixa um vazio, tal vazio é logo preenchido por outras ofertas "pseudoespirituais".

A imposição das mãos pode ser considerada como um sacramental e pode ser administrada por leigos (cân 1168, SC 79). É lícito que um fiel reze por outro com este gesto de intercessão. Não há razão alguma para proibi-lo, nem perigo algum em fazê-lo. Mas a fé de quem impõe as mãos é importante para sua eficácia.


Recomendações ao fazer a imposição das mãos

1. Pureza de intenção: pedir que Jesus aja através de você.

2. Fazer o gesto sem solenidade, sem buscar protagonismo, e sim com simplicidade.

3. Dar exemplo de vida cristã e entrega sincera a Deus.

4. A imposição das mãos deve conduzir aos sacramentos e a uma melhor e mais autêntica vida eclesial. Não é um substituto dos sacramentos.

5. Não usar o gesto em ninguém se que negue a recebê-lo.

6. Conhecer a pessoa a quem se vai impor as mãos (cf. 1 Timóteo 3, 1-13; Tito 1, 5-16).

7. Não tirar o caráter cristão e sagrado deste gesto, misturando-o com coisas esotéricas ou nada semelhante. Nem imitar estilos de fora da Igreja Católica.

8. Quanto às missas de cura, é preciso recordar que todas as missas, de cura ou não, são santas e também curam. Não se pode aceitar que os fiéis vão somente a missas de cura, e não frequentem a missa dominical em sua paróquia.

9. Recordar que impor as mãos não confere mais poder à oração, porque se pode orar por uma pessoa igualmente, com igual ou até maior eficácia, estando longe dela.

10. Este gesto, quando feito por um fiel, deve ser feito em silêncio; não convém fazer orações em voz alta neste momento, para não dar a entender que a pessoa que impõe as mãos tem algum poder extraordinário.


OREMOS

Tu és o médico divino, Tu dás a vida e a vida em plenitude àqueles que Te buscam.

Por isso, hoje, Senhor, de um modo especial, quero pedir a cura de todo tipo de doença, principalmente daquela que me aflige neste momento.

Eu sei que não queres o mal, não queres a doença que é a ausência da saúde, porque és o Sumo Bem.

Opera, em mim, uma profunda cura espiritual e, se for da Tua vontade, também uma cura física.

Que seja operada diretamente pela ação poderosa de Teu Espírito Santo ou através do médico e dos remédios!

Aumenta a minha fé no Teu Poder, Senhor, e no infinito Amor que tens por mim.

Aumenta minha fé, Senhor, que às vezes se encontra tão enfraquecida.

Eu acredito no Teu poder curador, meu Deus, e já agradeço humildemente por toda obra que estás realizando em meu coração e em meu corpo, neste momento.

Além de mim, Senhor, quero também apresentar, todos os doentes que me pediram orações.

Tu conheces a cada um deles, sabes as provações pelas quais estão passando!

Tem misericórdia, Senhor, vem em socorro também destas pessoas que padecem enfermidades.

Senhor, eu Te bendigo, porque clamei a Ti e Tu me ouviste.

Minha alma, por Tuas mãos benditas, foi tirada da escuridão.

Ó fiéis do Senhor, cantai a sua glória, dai graças ao seu Santo Nome, porque só Ele é poderoso e digno de eterno louvor.

Amem, Aleluia!

Oração para cura da alma (interior)

Na cura interior, atinge-se o coração dolorido do ser humano, tão marcado pelo pecado, pela dor, pelo medo, pelas feridas da vida. A medicina comprova que um grande número de doenças físicas têm componentes emocionais. Orar pela cura interior, é tirar do caminho esses componentes emocionais, que são prejudiciais, a fim de que o homem seja livre pela ação do Espírito Santo para melhor servir a Deus.

Os psicólogos comparam a mente humana com um “iceberg”. A parte externa do iceberg que aparece sobre a água é 10% e 90% está imersa na água. Comparando com a nossa mente, a parte externa é a nossa mente consciente e a parte submersa é a nossa mente inconsciente.

É em nossa mente inconsciente que estão guardadas as lembranças humanas mais profundas. Aí são armazenados nossos traumas, medos, lembranças, sentimentos reprimidos, etc. Jesus veio para curar os corações doloridos e as lembranças de maneira particular.

OREMOS

Senhor Jesus, Tu passaste por esse período crítico da vida, que vai da adolescencia à idade adulta, passando pela juventude. Por isso, gostaríamos de ter amado mais nossos pais como deveríamos, ter enfrentado doenças graves, não ter aprendido tantas coisas erradas por não dar ouvidos aos nossos pais, mas a outros adolescentes como nós ou maiores e mais experientes. Esses, Senhor, aproveitaram-se de nós usando argumentos falsos, induzindo-nos ao erro, a uma sexualidade errada, à masturbação, pornografia, bebidas ou drogas, mentiras, desonestidades, traições, adultérios e abandono da fé e da Igreja. Essas pessoas nos levaram ao abandono das verdades e da pureza, entregando-nos a uma vida impura.

Com essas atitudes, Senhor, vieram muitas consequências. Mas estamos arrependidos, queremos nos libertar desse entulho da nossa consciência, da nossa alma e tudo que ficou como pecado, miséria e sofrimentos interiores. No entanto, hoje, temos consciência de que, com o Teu poder e com o Espírito Santo, podemos renovar todas as coisas, santificar o nosso passado com uma vida nova, pura e digna.

Senhor, queremos entregar nossa história. Muitas foram as histórias e decepções na formação escolar com professores que não tinham fé, por essa razão, abalaram nossa relação com a Igreja e com Deus. Entregamos-Te outros amigos nessa mesma dimensão, os erros formativos na vida profissional, no trabalho e, assim, também os erros nos namoros, noivados e casamentos, a geração de filhos, na formacao de um lar religioso.

Desejaríamos não ter vivido dessa forma, seria bem melhor do jeito de Deus! Mas erramos e, agora, temos de arcar com as consequências. Por isso, Senhor, pedimos Tua ajuda e libertação daquilo que nos prende e escraviza.

Sabemos que, às vezes, abandonamos a fé, envolvemo-nos com ocultismo, acreditamos na reencarnação, buscamos outros deuses. Quanto à nossa família, aos nossos amigos, trabalho e fé, pedimos que nos liberte e nos lave com Teu Sangue. Hoje, queremos consagrar a Ti a nossa vida, família e trabalho, nossos bens, nossa casa e tudo que possuímos, para vivermos essa vida nova em Teu amor.

Amem, Aleluia!

Oração para a cura espiritual

Chamada também de “oração de libertação”. É um processo de orações em nome de Jesus Cristo, que liberta as pessoas cativas em seu espírito, quando são oprimidas por espíritos malignos. Para orarmos por libertação, basta que conheçamos o problema da pessoa atribulada e saibamos como e por que ela se encontra naquele estado. Ordenar que toda força maligna retire-se da vida desta pessoa em obediência ao nome de Jesus Cristo, para que ela fique livre para o seu serviço e o seu louvor.

OREMOS

Jesus, eu sou Teu! Hoje e sempre, minha alma Te pertence. Em tudo e para tudo, sou Teu! Meu passado, meu presente e meu futuro se rendem ao Teu senhorio e majestade, ao Teu poder curativo e libertador. Eu não compactuo com as obras das trevas! Se alguma parte tive com elas, arrependo-me de todo o coração e as rejeito, repreendo e renego vivamente. Não permito nenhuma manifestação maligna em minha vida, saúde, finanças, profissão, estudos, afetividade e relacionamentos.

Sobretudo, não permito nenhuma ação extraordinária do maligno em minha alma e na alma dos meus como infestação, obsessão, vexação ou possessão diabólica. Eu me selo, Jesus, com teu Preciosismo Sangue; fui comprado por ele; eu me revisto dele. Eu lacro a minha família, Jesus, com o mesmo Preciosíssimo Sangue. Jesus é o Senhor da minha alma! Jesus é o Senhor do meu lar e da minha família, bem como dos lugares a mim ligados. Eu não permito nenhuma manifestação em minha vida, nas pessoas e lugares a mim ligados, senão aquela que a Ti, Senhor, agrada e está debaixo da Tua santa e soberana vontade.

Eu coloco todo o meu ser, de noite e de dia, onde quer que eu esteja, sob os cuidados d’Aquele que tudo é, tudo vê e tudo sabe. Eu tomo posse da minha cura espiritual e da libertação de qualquer prejuízo em que eu possa, hoje, estar vivendo por desconhecimento ou desobediência à Santa Palavra de Deus e aos demais ensinamentos da Santa Madre Igreja. Jesus é o meu Senhor. Nada me falta! Maria é a minha Rainha.

Amem, Aleluia!

Liberta-me dos laços do mal

Senhor Jesus, eu quero me prostrar diante da maior prova do teu amor por mim: a Tua cruz redentora. Reconheço todo meu pecado que pesou sobre Teu Corpo, fazendo com que Teu Sangue jorrasse para o perdão desses mesmos pecados. Eu, agora, os apresento a ti, arrependo-me deles.

Ó Jesus, eu te peço: perdoa-me por todo mal instalado no meu coração, toda raiz de ódio, inveja, gula, julgamento, maledicência, mentira, egoísmo, orgulho, vaidade, vícios e desregramentos, preguiça, avareza, sensualidade, soberba e impaciência.

Eu me arrependo também de toda infidelidade a ti, das vezes em que busquei a solução para os meus problemas, em lugares onde não te professavam como único Deus, Senhor e Salvador.

Senhor, eu reconheço toda a minha fraqueza e te peço agora: dá-me a força do teu Espirito, para que eu não volte mais a pecar. Liberta-me espiritualmente de todos os laços que me prendem do mal, para que eu caminhe em santidade e possa contemplar, um dia, a Tua face.

Jesus, tem piedade de mim! Obrigado, Senhor, pelo Teu perdão. Obrigado pelo Teu infinito amor. Obrigado pelo Teu Espírito Santo. 

Amem, Aleluia!

Nossa colaboração é essencial

Os Carismas do Espírito Santo, concedidos a todos por ocasião do Batismo e intensificados no Crisma, também são chamados de dons do Espírito Santo. Ele nos capacita com estes dons para servirmos à Igreja de Cristo, através dos irmãos. Os carismas são, portanto, dons de poder para o serviço da comunidade cristã.

Algumas condições para recebermos e perseverarmos na vida carismática:

Simplicidade e pureza de coração; Assiduidade da meditação da Palavra de Deus; Vida de Oração; Desejo de servir aos irmãos como Jesus (Lc 22, 27); Perseverança à recepção dos dons espirituais (sempre abertos para sermos canais à ação e poder do Espírito em nós).

Nossa colaboração é essencial. Deus não nos quer robôs agindo independentemente de colaboração ou de forma mecânica. Ele respeita a nossa liberdade e consentimento. Se cremos, dizemos sim ao que o Senhor quer realizar em nós. Maria Santíssima é o modelo da total abertura: “Faça-se em mim, segundo a Tua palavra” (Lc 1, 38).

Fazer a Oração de Cura não significa abandonar a medicina dos homens, mas tenha certeza que a medicina de Deus sempre foi e sempre será mais forte que qualquer remédio que se tome ou tratamento que se faça.

Para Deus te curar, tem que orar com todas as suas forças e ter muita fé acreditando que conseguirá sair desta condição. O otimismo na cura é a maior arma contra qualquer moléstia.

Os milagres que sempre se tem noticia são em sua maioria de enfermos que tiveram muita fé na cura quando todos os médicos já davam o caso por terminal.

Com a oração de cura você pode ter o seu milagre e se livrar da enfermidade que tanto o faz sofrer.

As orações de cura são extremamente poderosas.

sexta-feira, 14 de agosto de 2020

ANDAR NA PRESENÇA DE DEUS


Atitudes do CRISTÃO
Vigiar, ter fé, coragem, ser forte, viver o amor.

1 Coríntios 16:13,14 “Estejam vigilantes, mantenham-se firmes na fé, sejam homens de coragem, sejam fortes. Façam tudo com amor.”

Mas o que é andar na presença de Deus?


ANDAMOS NA PRESENÇA UNS DOS OUTROS. 


Nas nossas casas andamos na presença de nossos familiares. Andar na presença de alguém implica em um tipo de comportamento. Não fazemos o que bem entendemos na presença uns dos outros, pois temos que respeitar o espaço de cada um.


Vejamos: 


SL 139:1-12 “SENHOR, tu me sondas e me conheces. Sabes quando me assento e quando me levanto; de longe penetras os meus pensamentos. Esquadrinhas (examinas atentamente) o meu andar e o meu deitar e conheces todos os meus caminhos. Ainda a palavra me não chegou à língua, e tu, SENHOR, já a conheces toda.

Tu me cercas por trás e por diante e sobre mim, pões a mão. Tal conhecimento é maravilhoso demais para mim: é sobremodo elevado, não o posso atingir. Para onde me ausentarei do teu Espírito? Para onde fugirei da tua face? Se subo aos céus, lá estás; se faço a minha cama no mais profundo abismo, lá estás também; se tomo as asas da alvorada e me detenho nos confins dos mares, ainda lá me haverá de guiar a tua mão, e a tua destra me susterá. Se eu digo: as trevas, com efeito, me encobrirão, e a luz ao redor de mim se fará noite, até as próprias trevas não te serão escuras: as trevas e a luz são a mesma coisa.”


Ninguém se esconde de Deus, ninguém consegue fugir de sua presença, Ele está em toda a parte!


Filipenses 4:6 "Não estejais inquietos por coisa alguma; antes as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus pela oração e súplica, com ação de graças."


Estar “diante de” é estar na “presença de”.


Quem anda, anda por um caminho. Quem anda na presença de Deus, anda no caminho de Deus.

Os caminhos de Deus, não são os nossos caminhos.

Isaias 55:8,9 "Pois os meus pensamentos não são os pensamentos de vocês, nem os seus caminhos são os meus caminhos", declara o Senhor.
"Assim como os céus são mais altos do que a terra, também os meus caminhos são mais altos do que os seus caminhos e os meus pensamentos mais altos do que os seus pensamentos.

João 15:1,2 "Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o lavrador.
Toda a vara em mim, que não dá fruto, a tira; e limpa toda aquela que dá fruto, para que dê mais fruto."

Deus cuida da videira que é Jesus, se estivermos na videira, Deus cuidará de nós também! O fruto vem para quem está na videira, é na videira que há vida; eu não posso sair da videira e tentar fazer as coisas movido pelo meu jeito, pelas minhas emoções, pelo que eu acho que é justo, como se eu fosse um galho que pode viver sozinho; porque o meu caminho não é o caminho de Deus; o meu caminho me leva ao stress, ao cansaço, a morte; se eu estou na videira eu tenho esperança, se eu pecar Deus me limpa e eu vou produzir mais fruto.


Mc 5:25-34 “Aconteceu que certa mulher, que, havia doze anos, vinha sofrendo de uma hemorragia e muito padecera à mão de vários médicos, tendo despendido tudo quanto possuía, sem, contudo, nada aproveitar, antes, pelo contrário, indo a pior, tendo ouvido a fama de Jesus, vindo por trás dele, por entre a multidão, tocou-lhe a veste. Porque, dizia: Se eu apenas lhe tocar as vestes, ficarei curada. E logo se lhe estancou a hemorragia, e sentiu no corpo estar curada do seu flagelo. Jesus, reconhecendo imediatamente que dele saíra poder, virando-se no meio da multidão, perguntou: Quem me tocou nas vestes ? Responderam-lhe sues discípulos: Vês que a multidão te aperta e dizes: Quem me tocou? Ele, porém, olhava ao redor para ver quem fizera isto. Então, a mulher, atemorizada e tremendo, cônscia do que nela se operara, veio, prostrou-se diante dele e declarou-lhe toda a verdade. E ele lhe disse: Filha, a tua fé te salvou; vai-te em paz e fica livre do teu mal.”


Onde Jesus passava multidões eram curadas, libertas de opressão demoníaca, milagres aconteciam. 


Permita que o amor de Deus mude o seu jeito de ser, traga paz aos seus dias e modifique sua vida. Deixe que os caminhos D’ele o levem longe, mas sempre para ser mais e mais feliz. Não questione, apenas sirva o Senhor de corpo e alma que nada lhe faltará.


Diga com muita Fé: Preciso aprender a ser como Jesus! Não posso começar o meu dia orando 5 min e depois sair sem o Senhor, deixando Ele fechado na minha casa; o meu tempo de oração é o momento em que dou a mão para Ele e não solto mais, pois Ele vai conduzir o meu dia.


Preciso crer nisso. Tenho que sentir a presença de Deus comigo. Ele está em mim, minha vida pertence a Ele. Então eu vou orar, dar a mão ao meu Senhor e  trabalhar, arrumar a minha casa, cuidar dos meus filhos, do meu marido, da minha esposa, cuidar dos meus pais e dos meus irmãos, vou ao supermercado,  ao cinema,  a escola e em todos os lugares onde eu passar a Glória de Deus vai se manifestar porque o Espírito de Deus está em mim.



domingo, 2 de agosto de 2020

Que fazer? Deixar de ir à igreja? Fugir da comunhão? Como suportar os insuportáveis?



Todos nós conhecemos e convivemos com pessoas insuportáveis (chata, mentirosa, enganadora, hipócrita, arrogante, sem noção, inconveniente, deselegante, ofensiva, sem limites, abusada, sem amor, irritante, incompatível)...


Nossa, são tantos os adjetivos que tornam uma pessoa insuportável. Mas elas estão aí, fazem parte da nossa vida, a convivência geralmente é compulsória e não tem jeito:


Somos obrigados a compartilhar ambientes, conversas, tarefas ou simplesmente a presença delas. 


A pergunta é: 


Como suportar as pessoas insuportáveis que convivem conosco na igreja?


Nessa hora, como em tudo na vida, temos que voltar nossos olhos para as Sagradas Escrituras em busca de respostas. Porque, se formos agir segundo a nossa carne, simplesmente vamos começar a brigar, ofender, cortar relações e a ter outras reações nada espirituais com relação a essas pessoas, ou até mesmo, nos afastarmos da Igreja. 


Quando, na verdade, Jesus deseja que nós consigamos conviver com o diferente. 


Porque, se você parar pra pensar, a pessoa nada mais é do que uma “pessoa diferente” de você.


Sem dúvida alguma, entre todas as razões pelo qual pessoas se afastam da Igreja, a mais comum é normalmente sentir-se ofendido. Algumas pessoas abandonam a Igreja, por não serem cumprimentadas, algumas por não receberem um grande sorriso da comunidade presente, enquanto outras por algum desentendimento com algum membro. 


Os motivos são variados, porém o real motivo é normalmente o mesmo, julgamento.


Somos que quase movidos por essa falha humana, achamos que tal pessoa não gasta de mim, tá me olhando dos pés até a cabeça, estão incomodados com o barulho do meu filho, e por aí vai... julgamos e somos julgados, não estamos em um tribunal, muito menos somos juízes. Isso não compete a nós.


Que fazer? Deixar de ir à igreja? Fugir da comunhão?


Como suportar os insuportáveis?


Mas, e aí, qual é o segredo para conseguir isso? 


Como suportar os insuportáveis como a Biblia manda? 


O segredo:


 “Suportando-vos uns aos outros em amor“. 


Amor: essa é a formula mágica.


Isso se confirma quando lemos:


1 Co 13.7


 “O amor tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta“. 


Sim, o amor tudo suporta, inclusive o que é insuportável. Senão não seria “tudo”.


Quão triste e desesperador será descobrir no fim de sua vida que sua decisão privou bençãos a você, seus filhos, amigos e irmãos na Igreja, tudo por causa de um desentendimento, por causa de fulano ( que nem é meu amigo) e sua decisão de sentir-se ofendido.


Volte para a Igreja ( a sua casa, da sua família, dos seus amigos, a nossa casa).


Caso você sinta que sua  Igreja está desanimada, com poucos membros, saiba que Jesus está presente mesmo assim: 


“ onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, ali estou no meio deles”

 (Mateus 18:20). 


Esteja firme no Senhor, pois Deus escolheu a igreja para encontrar-se com seu povo porque é ali que Ele quer nos instruir. O Senhor sabe também que a comunhão entre os irmãos fortalece a fé e o ânimo a fim de perseverar em seguir a Deus.


Através  de passagens bíblicas nas quais relatam-se orientações de Jesus como:


«Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem; para que sejais filhos do vosso Pai que está nos céus» 

(Mateus 5: 43-46). 


A mesma ideia torna a aparecer no Evangelho de Lucas, no qual se lê: 


«Digo, porém, a vós que me ouvis: Amai os vossos inimigos, fazei o bem aos que vos odeiam, bendizei aos que vos maldizem, orai pelos que vos insultam.» 

(Lucas 6: 27-28).


Essas orientações de ouro, são a chave e solução para o seu retorno à casa Do Pai ( nossa Igreja, nossa Casa).


Ore assim...


Meu Deus querido, meu Senhor, esta poderosa oração eu direciono a Ti, para pedir proteção contra todas as maldades, como a inveja, a cobiça e a fofoca, que rondam a mim e minha família. Diante de Ti sou tão pequeno, mas a Teu lado sou enorme, porque tenho Teu amor e zelo para me proteger. Os conhecidos que me querem mal, os desconhecidos que possam vir a trazer perigo a mim e aos meus... peço que os mantenhas longe, que faças com que eles não mirem suas lanças em nossa direção. Livra-nos de todo ódio, rancor e ressentimento. Rogo a Ti que permitas que nossos corações pratiquem o perdão e estejam livres das mágoas e ataques de outrem. Confio em Ti, ó Senhor, e em seu poderoso manto de proteção. Agradeço por me ouvir, meu querido Pai. Amém.


Nos vemos em breve, na Nossa Casa

Postagem em destaque

Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas.

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