sexta-feira, 29 de abril de 2022

7. Não roubar


Êxodo 20:15
15Não furtarás.

OS 10 MANDAMENTOS

Deus nos deu, através de Moisés, um conjunto de leis para serem seguidas, chamadas de Os Dez Mandamentos.

Como Papa Francisco já disse, a intenção dos Dez Mandamentos não é proibir as pessoas e impor regras, mas trazê-las para mais perto de Deus.

1. Amar a Deus sobre todas as coisas: este mandamento nos diz para amar a Deus, pois ele é nosso pai e criador. Como podemos amar a Deus? Renovando a nossa fé, rezando, participando da missa, lendo a bíblia.... Estando sempre próximos a Ele, que é nosso amigo.

2. Não tomar seu santo nome em vão: o nome de Deus é sagrado, e não deve ser usado de forma irresponsável. Usamos o nome de Deus em momentos de espiritualidade e oração.

3. Guardar domingos e festas de guarda: nós arrumamos tempo para estudar, brincar e se divertir certo? Então também temos que arrumar um tempo para Deus. A missa é a melhor maneira de santificar o domingo, que é o Dia do Senhor.

4. Honrar pai e mãe: este mandamento nos pede respeito e obediência àqueles a quem devemos nossa vida. Aprendemos o valor e sentido da família.

5. Não matar: a vida humana é um dom sagrado de Deus, portanto não temos o direito de tirá- la de ninguém!

6. Não pecar contra a castidade: como disse São Paulo ‘Nosso corpo é o templo do Espírito Santo’. Não devemos utilizar de olhares, conversas e pensamentos que nos levam ao pecado.

7. Não roubar: este mandamento nos ensina que não devemos tirar do outro aquilo que não nos pertence. Além de cometer uma injustiça, estaríamos pecando.

8. Não levantar falso testemunho: mentir, fazer insinuações e fofocas sempre prejudica o próximo.

9. Não desejar a mulher do próximo: este mandamento lembra a importância de ser fiel e não cair em tentações que prejudicam a vida em família e os propósitos de Deus.

10. Não cobiçar as coisas alheias: “cobiçar as coisas alheias” é ter uma grande ambição e um grande desejo sob aquilo que não é seu. Isso é inveja, e a inveja leva a pecados que prejudica a nossa vida e a vida do próximo.

Jesus fez mais. Em Mateus 22:37-40, resumiu-os em dois grandes mandamentos:

“Respondeu-lhe Jesus: Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento. “Este é o grande e primeiro mandamento. “E o segundo, semelhante a este, é: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas.”

O resumo não substitui os dez mandamentos, mas abrange a todos eles.

Bíblia católica

Êxodo 20:15

15Não furtarás.

Mateus 19:16-24
"16. Um jovem aproximou-se de Jesus e lhe perguntou: “Mestre, que devo fazer de bom para ter a vida eterna?”. Disse-lhe Jesus:
17. “Por que me perguntas a respeito do que se deve fazer de bom? Só Deus é bom. Se queres entrar na vida, observa os mandamentos”.
18. “Quais?” – per­guntou ele. Jesus respondeu: “Não matarás, não cometerás adultério, não furtarás, não dirás falso testemunho,
19. honra teu pai e tua mãe, amarás teu próximo como a ti mesmo”.
20. Disse-lhe o jovem: “Tenho obser­vado tudo isso desde a minha infância. Que me falta ainda?”.
21. Respondeu Jesus: “Se queres ser perfeito, vai, vende teus bens, dá-os aos pobres e terás um tesouro no céu. Depois, vem e segue-me!”.
22. Ouvindo essas palavras, o jovem foi embora muito triste, porque possuía muitos bens.
23. Jesus disse então aos seus discípulos: “Em verdade vos declaro: é difícil para um rico entrar no Reino dos Céus!
24. Eu vos repito: é mais fácil um camelo passar pelo fundo de uma agulha do que um rico entrar no Reino de Deus”."


CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA


ARTIGO 7: O SÉTIMO MANDAMENTO

2401. O sétimo mandamento proíbe tomar ou reter injustamente o bem do próximo e prejudicá-lo nos seus bens, seja como for. Prescreve a justiça e a caridade na gestão dos bens terrenos e do fruto do trabalho dos homens. Exige, em vista do bem comum, o respeito pelo destino universal dos bens e pelo direito à propriedade privada. A vida cristã esforça-se por ordenar para Deus e para a caridade fraterna os bens deste mundo.

I. O destino universal e a propriedade privada dos bens

2402. No princípio, Deus confiou a terra e os seus recursos à gestão comum da humanidade, para que dela cuidasse, a dominasse pelo seu trabalho e gozasse dos seus frutos(147).Os bens da criação são destinados a todo o género humano. No entanto, a terra foi repartida entre os homens para garantir a segurança da sua vida, exposta à penúria e ameaçada pela violência. A apropriação dos bens é legítima, para garantir a liberdade e a dignidade das pessoas, e para ajudar cada qual a ocorrer às suas necessidades fundamentais e às necessidades daqueles que tem a seu cargo. Tal apropriação deve permitir que se manifeste a solidariedade natural entre os homens.

2403. O direito à propriedade privada, adquirida ou recebida de maneira justa, não anula a doação original da terra à humanidade no seu conjunto. O destino universal dos bens continua a ser primordial, embora a promoção do bem comum exija o respeito pela propriedade privada, do direito a ela e do respectivo exercício.

2404. «Quem usa desses bens, não deve considerar as coisas exteriores, que legitimamente possui, só como próprias, mas também como comuns, no sentido de que possam beneficiar, não só a si, mas também aos outros»(148). A propriedade dum bem faz do seu detentor um administrador da providência de Deus, com a obrigação de o fazer frutificar e de comunicar os seus benefícios aos outros, a começar pelos seus próximos.

2405. Os bens de produção – materiais ou imateriais – como terras ou fábricas, competências ou artes, requerem os cuidados dos seus possuidores, para que a sua fecundidade aproveite ao maior número. Os detentores dos bens de uso e de consumo devem utilizá-los com moderação, reservando a melhor parte para o hóspede, o doente, o pobre.

2406. A autoridade política tem o direito e o dever de regular, em função do bem comum, o exercício legítimo do direito de propriedade (149)

II. O respeito pelas pessoas e seus bens

2407. Em matéria económica, o respeito pela dignidade humana exige a prática da virtude da temperança, para moderar o apego aos bens deste mundo; da virtude da justiça, para acautelar os direitos do próximo e dar-lhe o que lhe é devido; e da solidariedade, segundo a regra de ouro e conforme a liberalidade do Senhor, que «sendo rico Se fez pobre, para nos enriquecer com a sua pobreza» (150)

O RESPEITO PELOS BENS ALHEIOS

2408. O sétimo mandamento proíbe o roubo, isto é, a usurpação do bem alheio, contra a vontade razoável do seu proprietário . Não há roubo quando o consentimento se pode presumir ou a recusa é contrária à razão e ao destino universal dos bens. É o caso da necessidade urgente e evidente, em que o único meio de remediar necessidades imediatas e essenciais (alimento, abrigo, vestuário...) é dispor e usar dos bens alheios (151).

2409. Todo o processo de se apoderar e de reter injustamente o bem alheio, mesmo que não esteja em desacordo com as disposições da lei civil, é contrário ao sétimo mandamento. Assim, reter deliberadamente bens emprestados ou objetos perdidos; cometer fraude no comércio (152); pagar salários injustos (153); subir os preços especulando com a ignorância ou a necessidade dos outros (154).

São também processos moralmente ilícitos: a especulação pela qual se manobra no sentido de fazer variar artificialmente a avaliação dos bens, com vista a daí tirar vantagem em detrimento de outrem; a corrupção, pela qual se desvia o juízo daqueles que devem tomar decisões segundo o direito; a apropriação e o uso privado de bens sociais duma empresa; os trabalhos mal executados, a fraude fiscal, a falsificação de cheques e facturas, as despesas excessivas, o desperdício. Causar voluntariamente um prejuízo em propriedades privadas ou públicas é contra a lei moral e exige reparação.

2410. As promessas devem ser cumpridas e os contratos rigorosamente observados, desde que o compromisso assumido seja moralmente justo. Grande parte da vida económica e social depende da validade dos contratos entre pessoas físicas ou morais. Por exemplo, os contratos comerciais de compra e venda, os co
ntratos de arrendamento ou de trabalho.Todo o contrato deve ser convencionado e executado de boa fé.

2411. Os contratos estão sujeitos à justiça comutativa, que regula as permutas entre as pessoas e entre as instituições no exato respeito pelos seus direitos. A justiça comutativa obriga estritamente; exige a salvaguarda dos direitos de propriedade, o pagamento das dívidas e a prestação das obrigações livremente contraídas. Sem a justiça comutativa, nenhuma outra forma de justiça é possível.

A justiça comutativa distingue-se da justiça legal, a qual diz respeito ao que o cidadão equitativamente deve à comunidade, e da justiça distributiva, que regula o que a comunidade deve aos cidadãos, proporcionalmente às suas contribuições e às suas necessidades.

2412. Em virtude da justiça comutativa, a reparação da injustiça cometida exige a restituição do bem roubado ao seu proprietário:

A justiça comutativa, que quer dizer trocar, permutar, assim chamada porque regula o intercâmbio entre pessoas iguais, que se encontram no mesmo plano. Sua finalidade consiste em estabelecer uma igualdade fundamental nas relações entre os seres humanos e exigir que essa igualdade seja restabelecida quando violada. Justo é o igual e injusto é o desigual, dizia Tomás de Aquino, filósofo e teólogo do século XII.

Jesus louvou Zaqueu pelo seu compromisso:

«Se causei qualquer prejuízo a alguém, restitui-lhe-ei quatro vezes mais» (Lc 19, 8).

Aqueles que, de maneira direta ou indireta, se apoderaram de um bem alheio, estão obrigados a restituí- lo, ou a dar o equivalente em natureza ou espécie, se a coisa desapareceu, assim como os frutos e vantagens que o seu dono teria legitimamente auferido. Estão igualmente obrigados a restituir, na proporção da sua responsabilidade e do seu proveito, todos aqueles que de qualquer modo participaram no roubo ou dele se aproveitaram com conhecimento de causa; por exemplo, aqueles que o ordenaram, o ajudaram ou o ocultaram.

2413. Os jogos de azar (jogo de cartas, etc.) e as apostas não são, em si mesmos, contrários à justiça. Mas tornam-se moralmente inaceitáveis, quando privam a pessoa do que lhe é necessário para as suas necessidades e as de outrem. A paixão do jogo pode tornar-se uma grave servidão. Apostar injustamente ou fazer batota nos jogos constitui matéria grave, a menos que o prejuízo causado seja tão leve que quem o sofre não possa razoavelmente considerá-lo significativo.

2414. O sétimo mandamento proíbe os atos ou empreendimentos que, seja por que motivo for – egoísta ou ideológico, mercantil ou totalitário – conduzam a escravizar seres humanos, a desconhecer a sua dignidade pessoal, a comprá-los, vendê-los e trocá-los como mercadoria. É um pecado contra a dignidade das pessoas e seus direitos fundamentais reduzi-las, pela violência, a um valor utilitário ou a uma fonte de lucro.

São Paulo ordenava a um amo cristão que tratasse o seu escravo, também cristão, «não já como escravo mas como irmão [...], tanto humanamente como no Senhor» (Flm 16).

O RESPEITO PELA INTEGRIDADE DA CRIAÇÃO

2415. O sétimo mandamento exige o respeito pela integridade da criação. Os animais, tal como as plantas e os seres inanimados, são naturalmente destinados ao bem comum da humanidade, passada, presente e futura(155) O uso dos recursos minerais, vegetais e animais do universo não pode ser desvinculado do respeito
pelas exigências morais. O domínio concedido pelo Criador ao homem sobre os seres inanimados e os outros seres vivos, não é absoluto, mas regulado pela preocupação da qualidade de vida do próximo, inclusive das gerações futuras; exige um respeito religioso pela integridade da criação (156).

2416. Os animais são criaturas de Deus. Deus envolve-os na sua solicitude providencial (157). Pelo simples fato de existirem, eles O bendizem e Lhe dão glória (158). Por isso, os homens devem estimá-los. É de lembrar com que delicadeza os santos, como São Francisco de Assis ou São Filipe de Néri, tratavam os animais.

2417. Deus confiou os animais ao governo daquele que foi criado à Sua imagem (159). É, portanto, legítimo servimo-nos dos animais para a alimentação e para a confecção do vestuário. Podemos domesticá-los para que sirvam o homem nos seus trabalhos e lazeres. As experiências médicas e científicas em animais são práticas moralmente admissíveis desde que não ultrapassem os limites do razoável e contribuam para curar ou poupar vidas humanas.

2418. É contrário à dignidade humana fazer sofrer inutilmente os animais e dispor indiscriminadamente das suas vidas. É igualmente indigno gastar com eles somas que deveriam, prioritariamente, aliviar a miséria dos homens. Pode-se amar os animais, mas não deveria desviar-se para eles o afeto só devido às pessoas.

III. A doutrina social da Igreja

2419. «A Revelação cristã conduz [...] a uma inteligência mais penetrante das leis da vida social» (160). A Igreja recebe do Evangelho a revelação plena da verdade acerca do homem. Quando cumpre a sua missão de anunciar o Evangelho, a Igreja atesta ao homem, em nome de Cristo, a sua dignidade própria e a sua vocação para a comunhão das pessoas, e ensina-lhe as exigências da justiça e da paz, conforme à sabedoria divina.

2420. A Igreja emite um juízo moral em matéria económica e social, «quando os direitos fundamentais da pessoa ou a salvação das almas o exigem» (161). Na ordem da moralidade, ela exerce uma missão diferente da que concerne às autoridades políticas: a Igreja preocupa-se com os aspectos temporais do bem comum em razão da sua ordenação ao Bem soberano, nosso fim último. E esforça- se por inspirar as atitudes justas, no que respeita aos bens terrenos e às relações sócio-económicas.

2421. A doutrina social da Igreja desenvolveu-se no século XIX, quando do confronto do Evangelho com a sociedade industrial moderna, as suas novas estruturas para a produção de bens de consumo, o seu novo conceito de sociedade, de Estado e de autoridade, as suas novas formas de trabalho e de propriedade. O desenvolvimento da doutrina da Igreja em matéria económica e social comprova o valor permanente da doutrina da mesma Igreja, ao mesmo tempo que o verdadeiro sentido da sua Tradição, sempre viva e ativa (162).

2422. O ensino social da Igreja inclui um corpo de doutrina que se vai articulando à medida que a mesma Igreja interpreta os acontecimentos no decurso da história à luz do conjunto da Palavra revelada por Cristo Jesus, com a assistência do Espírito Santo (163). Este ensino torna-se tanto mais aceitável para os homens de boa vontade, quanto mais inspira o procedimento dos fiéis.

2423. A doutrina social da Igreja propõe princípios de reflexão, salienta critérios de julgamento e fornece orientações para a acção:

Todo o sistema, segundo o qual as relações sociais forem inteiramente determinadas pelos factores económicos, é contrário à natureza da pessoa humana e dos seus atos (164).

2424. Uma teoria que faça do lucro a regra exclusiva e o fim último da atividade económica, é moralmente inaceitável. O apetite desordenado do dinheiro não deixa de produzir os seus efeitos perversos e é uma das causas dos numerosos conflitos que perturbam a ordem social (165).

Um sistema que «sacrifique os direitos fundamentais das pessoas e dos grupos à organização coletiva da produção», é contrário à dignidade humana (166). Toda a prática que reduza as pessoas a não serem mais que simples meios com vista ao lucro, escraviza o homem, conduz à idolatria do dinheiro e contribui para propagar o ateísmo.

«Não podeis servir a Deus e ao dinheiro»(Mt 6, 24; Lc 16, 13).

2425. A Igreja rejeitou as ideologias totalitárias e ateias, associadas, nos tempos modernos, ao «comunismo» ou ao «socialismo». Por outro lado, recusou, na prática do «capitalismo», o individualismo e o primado absoluto da lei do mercado sobre o trabalho humano (167). Regular a economia só pela planificação centralizada perverte a base dos laços sociais: regulá-la só pela lei do mercado é faltar à justiça social, «porque há numerosas necessidades humanas que não podem ser satisfeitas pelo mercado» (168). É necessário preconizar uma regulação racional do mercado e das iniciativas económicas, segundo uma justa hierarquia dos valores e tendo em vista o bem comum.

IV. A atividade económica e a justiça social

2426. O desenvolvimento das atividades económicas e o crescimento da produção destinam-se a ocorrer às necessidades dos seres humanos. A vida económica não visa somente multiplicar os bens produzidos e aumentar o lucro ou o poder; ordena-se, antes de mais, para o serviço das pessoas, do homem integral e de toda a comunidade humana. Conduzida segundo métodos próprios, a atividade económica deve exercer-se dentro dos limites da ordem moral e segundo as normas da justiça social, a fim de corresponder ao desígnio de Deus sobre o homem (169).

2427. O trabalho humano procede imediatamente das pessoas criadas à imagem de Deus e chamadas a prolongar, umas com as outras, a obra da criação, dominando a terra (170). Portanto, o trabalho é um dever: 

«Se algum de vós não quer trabalhar, também não coma» (2 Ts 3, 10) (171). 

O trabalho honra os dons do Criador e os talentos recebidos. Também pode ser redentor: suportando o que o trabalho tem de penoso (172) em união com Jesus, o artesão de Nazaré e crucificado do Calvário, o homem colabora, de certo modo, com o Filho de Deus na sua obra redentora. Mostra-se discípulo de Cristo, levando a cruz de cada dia na atividade que foi chamado a exercer (173). O trabalho pode ser um meio de santificação e uma animação das realidades terrenas no Espírito de Cristo.

2428. No trabalho, a pessoa exerce e cumpre uma parte das capacidades inscritas na sua natureza. O valor primordial do trabalho pertence ao próprio homem, seu autor e destinatário. O trabalho é para o homem e não o homem para o trabalho (174).

Cada um deve poder tirar do trabalho os meios de subsistência, para si e para os seus, e a possibilidade de servir a comunidade humana.

2429. Cada um tem o direito de iniciativa económica e usará legitimamente os seus talentos, a fim de contribuir para uma abundância proveitosa a todos e recolher os justos frutos dos seus esforços. Mas terá o cuidado de se conformar com as regulamentações impostas pelas legítimas autoridades em vista do bem comum (175).

2430. A vida económica põe em causa interesses diversos, muitas vezes opostos entre si. Assim se explica a emergência dos conflitos que a caracterizam (176). Todos devem esforçar-se por reduzir estes últimos através de uma negociação que respeite os direitos e deveres de todos os parceiros sociais: os responsáveis das empresas, os representantes dos assalariados (por exemplo, organizações sindicais) e, eventualmente, os poderes públicos.

2431. A responsabilidade do Estado. «A actividade económica, particularmente a da economia de mercado, não pode desenrolar-se num vazio institucional, jurídico e político. Pressupõe asseguradas as garantias das liberdades individuais e da propriedade, sem falar duma moeda estável e de serviços públicos eficientes. Mas o dever essencial do Estado é assegurar estas garantias, de modo que, quem trabalha, possa usufruir do fruto do seu trabalho e, portanto, se sinta estimulado a realizá-lo com eficiência e honestidade [...]. O Estado tem o dever de zelar e orientar a aplicação dos direitos humanos no setor económico. Todavia, neste domínio, a primeira responsabilidade não cabe ao Estado, mas sim às instituições e diferentes grupos e associações que compõem a sociedade» (177).

2432. Os responsáveis de empresas têm, perante a sociedade, a responsabilidade económica e ecológica das suas operações (178). Estão obrigados a ter em consideração o bem das pessoas, e não somente o aumento dos lucros. Estes são necessários, pois permitem realizar investimentos que assegurem o futuro das empresas e garantam o emprego.

2433. O acesso ao trabalho e ao exercício da profissão deve ser aberto a todos sem descriminação injusta: homens e mulheres, sãos e deficientes, naturais e imigrados (179). Por sua vez, a sociedade deve, nas diversas circunstâncias, ajudar os cidadãos a conseguir um trabalho e um emprego (180).

2434. O salário justo é o fruto legítimo do trabalho. Recusá-lo ou retê-lo, pode constituir grave injustiça (181). Para calcular a remuneração equitativa, há que ter em conta, ao mesmo tempo, as necessidades de cada um e o contributo que presta. «Tendo em conta as funções e a produtividade de cada um, bem como a situação da empresa e o bem comum, o trabalho deve ser remunerado de maneira a assegurar ao homem e aos seus os recursos necessários para uma vida digna no plano material, social, cultural e espiritual» (182). O acordo das partes não basta para justificar moralmente o montante do salário.

2435. A greve é moralmente legítima , quando se apresenta como recurso inevitável, senão mesmo necessário, em vista dum benefício proporcionado. Mas torna-se moralmente inaceitável quando acompanhada de violências, ou ainda quando for feita com objetivos não diretamente ligados às condições de trabalho ou contrários ao bem comum.

2436. É injusto não pagar aos organismos de segurança social as quotas estabelecidas pelas autoridades legítimas.

O desemprego devido à falta de trabalho é, quase sempre, para quem dele é vítima, um atentado à sua dignidade e uma ameaça ao equilíbrio da vida. Para além do prejuízo pessoalmente sofrido, derivam dele numerosos riscos para a respectiva família (183).

V. Justiça e solidariedade entre as nações

2437. No plano internacional, a desigualdade dos recursos e meios económicos é tal que cava entre as nações um verdadeiro «fosso» (184) Dum lado, estão os que detêm e desenvolvem os meios do crescimento; do outro, os que acumulam dívidas.

2438. Diversas causas, de natureza religiosa, política, económica e financeira, conferem hoje «à questão social uma dimensão mundial» (185). A solidariedade é necessária entre nações cujas políticas já são interdependentes. E é ainda mais indispensável quando se trata de travar «mecanismos perversos» que contrariam o desenvolvimento dos países menos avançados(186). Os sistemas financeiros abusivos, quando não usurários (187), as relações comerciais iníquas entre as nações, a corrida aos armamentos, têm de ser substituídos por um esforço comum para mobilizar os recursos em ordem a objectivos de desenvolvimento moral, cultural e económico, predefinindo as prioridades e as escalas de valores» (188).

1439. As nações ricas têm uma grave responsabilidade moral em relação aquelas que não podem, por si mesmas, assegurar os meios do seu desenvolvimento ou disso foram impedidas por trágicos acontecimentos históricos. É um dever de solidariedade e caridade; é também uma obrigação de justiça, se o bem-estar das nações ricas provier de recursos que não foram equitativamente pagos.

2440. A ajuda direta constitui uma resposta apropriada as necessidades imediatas, extraordinárias, causadas, por exemplo, por catástrofes naturais, epidemias, etc.. Mas não basta para reparar os graves prejuízos resultantes de situações de indigência nem para prover, de modo durável, às necessidades. É necessário também reformar as instituições económicas e financeiras internacionais, para que melhor promovam relações equitativas com os países menos avançados (189). É necessário apoiar o esforço dos países pobres, trabalhando pelo seu crescimento e pela sua libertação (1 9 0 ). Esta doutrina deve ser aplicada de modo muito particular no domínio do trabalho agrícola. Os camponeses, sobretudo no terceiro mundo, formam a massa preponderante dos pobres.

2441. Aumentar o sentido de Deus e o conhecimento de si mesmo está na base de todo o desenvolvimento completo da sociedade humana. Este multiplica os bens materiais e põe-nos ao serviço da pessoa e da sua liberdade. Diminui a miséria e a exploração 
econômica. Faz crescer o respeito pelas identidades culturais e a abertura à transcendência (191).

2442. Não compete aos pastores da Igreja intervir diretamente na construção política e na organização da vida social. Este papel faz parte da vocação dos fiéis leigos, agindo por sua própria iniciativa juntamente com os seus concidadãos. A ação social pode implicar uma pluralidade de caminhos concretos; mas deverá ter sempre em vista o bem comum e conformar-se a mensagem evangélica e o ensinamento da Igreja. Compete aos fiéis leigos «animar as realidades temporais com o seu compromisso cristão, comportando-se nelas como artífices da paz e da justiça» (192).

VI. O amor dos pobres

2443. Deus abençoa os que ajudam os pobres e reprova os que deles se afastam: 

« Dá a quem te pede ; não voltes as costas a quem pretende pedir-te emprestado» (Mt 5, 42). 

«Recebestes gratuitamente; pois dai também gratuitamente» (Mt 10,8).

É pelo que tiverem feito pelos pobres, que Jesus reconhecerá os seus eleitos (193). 

Quando « a boa-nova é anunciada aos pobres» (Mt11,5) (194), 

é sinal de que Cristo está presente.

2444. «O amor da Igreja pelos pobres [...] faz parte da sua constante tradição» (195). Esse amor inspira-se no Evangelho das bem-aventuranças (196), na pobreza de Jesus (197) e na sua atenção aos pobres (198). O amor dos pobres é mesmo um dos motivos do dever de trabalhar: para «poder fazer o bem, socorrendo os necessitados» (199). E não se estende somente à pobreza material, mas também às numerosas formas de pobreza cultural e religiosa (200).

2445. O amor dos pobres é incompatível com o amor imoderado das riquezas ou com o uso egoísta das mesmas:

«E agora, ó ricos, chorai em altos brados por causa das desgraças que virão sobre vós. As vossas riquezas estão podres e as vossas vestes roídas pela traça. O vosso ouro e a vossa prata enferrujaram-se e a sua ferrugem servirá de testemunho contra vós e devorará a vossa carne como o fogo. Entesourastes, afinal, para os vossos últimos dias! Olhai que o salário que não pagastes aos trabalhadores que ceifaram os vossos campos está a clamar: e os clamores dos ceifeiros chegaram aos ouvidos do Senhor do universo! Tendes vivido na terra entregues ao luxo e aos prazeres, cevando assim os vossos apetites para o dia da matança! Condenastes e destes a morte ao inocente, e Deus não vai opor-se?» (Tg 5, 1-6).

2446. São João Crisóstomo lembra com vigor: «Não fazer os pobres participar dos seus próprios bens é roubá-los e tirar-lhes a vida. Não são nossos, mas deles, os bens que aferrolhamos» (201). «Satisfaçam-se, antes de mais, as exigências da justiça e não se ofereça como dom da caridade aquilo que é devido a título de justiça» (202):

«Quando damos aos indigentes o que lhes é necessário, não lhes ofertamos o que é nosso: limitamos a restituir-lhes o que lhes pertence. Mais do que praticar uma obra de misericórdia, cumprimos um dever de justiça» (203).

2447. As obras de misericórdia são as ações caridosas pelas quais vamos em ajuda do nosso próximo, nas suas necessidades corporais e espirituais (204). Instruir, aconselhar, consolar, confortar, são obras de misericórdia espirituais, como perdoar e suportar com paciência. As obras de misericórdia corporais consistem nomeadamente em dar de comer a quem tem fome, albergar quem não tem teto, vestir os nus, visitar os doentes e os presos, sepultar os mortos (205). Entre estes gestos, a esmola dada aos pobres (206) é um dos principais testemunhos da caridade fraterna e também uma prática de justiça que agrada a Deus (207):

«Quem tem duas túnicas reparta com quem não tem nenhuma, e quem tem mantimentos, faça o mesmo» (Lc 3, 11). 

«Dai antes de esmola do que possuis, e tudo para vós ficará limpo» (Lc 11, 41). 

«Se um irmão ou uma irmã estiverem nus e precisarem do alimento quotidiano, e um de vós lhe disser: "Ide em paz; tratai de vos aquecer e de matar a fome", mas não lhes der o que é necessário para o corpo, de que lhes aproveitará?» (Tg 2, 15-16) (208).

2448. «Sob as suas múltiplas formas: indigência material, opressão injusta, doenças físicas e psíquicas, e finalmente a morte, a miséria humana é o sinal manifesto da condição congénita de fraqueza em que o homem se encontra desde o primeiro pecado e da necessidade que tem de salvação. Foi por isso que ela atraiu a compaixão de Cristo Salvador, que quis tomá-la sobre Si e identificar-Se com os "mais pequenos de entre os seus irmãos" (Mt 25, 40-45). É por isso, os que se sentem acabrunhados por ela são objeto de um amor preferencial por parte da Igreja que, desde o princípio, apesar das falhas de muitos dos seus membros, nunca deixou de trabalhar por aliviá-los, defendê-los e libertá-los; fê-lo através de inúmeras obras de beneficência, que continuam indispensáveis, sempre e em toda a parte» (209).

2449. Desde o Antigo Testamento, toda a espécie de medidas jurídicas (ano de remissão, interdição de empréstimos a juros e da retenção dum penhor, obrigação do dízimo, pagamento quotidiano da jorna, direito de apanhar os restos da vindima e da ceifa) são uma resposta à exortação do Deuteronómio: 

«Nunca faltarão os pobres na terra; por isso, faço-te esta recomendação: abre, abre a mão para o teu irmão, para o pobre e necessitado que estiver na tua terra» (Dt 15, 1 l ). 

E Jesus faz sua esta palavra: «Pobres, sempre os haveis de ter convosco; a Mim, nem sempre Me tereis» (Jo 12, 8). 

Com isto não faz caducar a força dos oráculos antigos: «Compraremos os necessitados por dinheiro e os pobres por um par de sandálias» (Am 8, 6), mas convida-nos a reconhecer a sua presença na pessoa dos pobres que são seus irmãos (210):

No dia em que a sua mãe a repreendeu por manter em sua casa pobres e doentes. Santa Rosa de Lima respondeu-lhe: «Quando servimos os pobres e os doentes, é a Jesus que servimos. Não devemos cansar-nos de ajudar o nosso próximo, porque nele servimos a Jesus» (211).



Os pecados mortais são os atos pelos quais o homem, com liberdade rejeita Deus.

É pecado mortal todo pecado que tem como objeto uma matéria grave e que é cometido com plena consciência , afirma o Catecismo da Igreja Católica no parágrafo 1587.

Portanto todo ato pecaminoso contras os 10 mandamentos é um pecado grave. Os mandamentos são a base da moral católica. 

A resposta de Jesus ao jovem rico no Evangelho de São Marcos ilustra bem os pecados graves: 

Marcos 10:19
19Você conhece os mandamentos:
 não mates; não cometas adultério; não furtes; não digas falso testemunho; não cometas fraudes; honra pai e mãe”."

Leia mais emhttps://www.bibliacatolica.com.br/biblia-ave-maria/sao-marcos/10/
O que significa este 7º Mandamento? 

Devemos temer e amar a Deus, em primeiro lugar. e, por isso:

Não tirar o dinheiro ou os bens do próximo nem nos apoderar deles por meio de mercadorias falsificadas ou negócios desonestos, mas devemos ajudá-los a conservar e melhorar seu meio de vida.
Nas explicações de todos os Mandamentos, em primeiro lugar devemos temer e amar a Deus. Quem ama a Deus, ama igualmente o seu semelhante, pois todas as pessoas são feitas à imagem e semelhança de Deus. Por isso, enquanto pessoas cristãs não devemos tirar nada, nem ser falsos, ou desonestos. Se amamos a Deus ao ponto de reconhecer seu amor por nós, então somos pessoas chamadas a também estender este amor ao próximo e ajudá-lo em suas necessidades. 

No Mandamento, o verbo roubar ou cobiçar não significa apenas, desejar algo que pertence à outra pessoa, mas também usar um artifício para ter direito de posse e a consequente ação de tomar posse. Portanto, aqui se coloca também a questão do direito e da propriedade.
A questão da propriedade particular na Bíblia é vista, de maneira positiva, entendida como sinal de bênção divina. 

No Novo Testamento,  nos Evangelhos e nas epístolas é visto como algo normal, que as pessoas trabalhem e até multipliquem seus bens.

"São Lucas, 19:1-27

 1.Jesus entrou em Jeri­có e ia atra­vessando a cidade. 2.Havia aí um homem muito rico chamado Zaqueu, chefe dos recebedores de impostos. 3.Ele procurava ver quem era Jesus, mas não o conseguia por causa da multidão, porque era de baixa estatura. 4.Ele correu adiante, subiu a um sicômoro para o ver, quando ele passasse por ali. 5.Chegando Jesus àquele lugar e levantando os olhos, viu-o e disse-lhe: “Zaqueu, desce depressa, porque é preciso que eu fique hoje em tua casa.” 6.Ele desceu a toda a pressa e recebeu-o alegremente. 7.Vendo isso, todos murmuravam e diziam: “Ele vai hospedar-se em casa de um pecador...”. 8.Zaqueu, entretanto, de pé diante do Senhor, disse-lhe: “Senhor, vou dar a metade dos meus bens aos pobres e, se tiver defraudado alguém, restituirei o quádruplo”. 9.Disse-lhe Jesus: “Hoje entrou a salvação nesta casa, porquanto também este é filho de Abraão. 10.Pois o Filho do Homem veio procurar e salvar o que estava perdido”. (= Mt 25,14-30) 11.Ouviam-no falar. E, como estava perto de Jerusalém, alguns se persuadiam de que o Reino de Deus se havia de manifestar brevemente; ele acrescentou esta parábola: 12.“Um homem ilustre foi para um país distante, a fim de ser investido da realeza e depois regressar. 13.Chamou dez dos seus servos e deu-lhes dez minas, dizendo-lhes: Negociai até eu voltar.14.Mas os homens daquela região odiavam-no e enviaram atrás dele embaixadores, para protestarem: Não queremos que ele reine sobre nós. 15.Quando, investido da dignidade real, voltou, mandou chamar os servos a quem confiara o dinheiro, a fim de saber quanto cada um tinha lucrado. 16.Veio o primeiro: Senhor, teu dinheiro rendeu 10 vezes mais. 17.Ele lhe disse: Muito bem, servo bom; porque foste fiel nas coisas pequenas, receberás o governo de dez cidades. 18.Veio o segundo: Senhor, teu dinheiro rendeu 5 vezes mais. 19.Disse a este: Sê também tu governador de cinco cidades. 20.Veio também o outro: Senhor, aqui tens teu dinheiro, que guardei embrulhado num lenço; 21.pois tive medo de ti, por seres homem rigoroso, que tiras o que não puseste e ceifas o que não semeaste. 22.Replicou-lhe ele: Servo mau, pelas tuas palavras te julgo. Sabias que sou rigoroso, que tiro o que não depositei e ceifo o que não semeei... 23.Por que, pois, não puseste o meu dinheiro num banco? Na minha volta, eu o teria retirado com juros. 24.E disse aos que estavam presentes: Tirai-lhe a mina, e dai-a ao que tem dez minas. 25.Replicaram-lhe: Senhor, este já tem dez minas!... 26.Eu vos declaro: a todo aquele que tiver, lhe será dado; mas, ao que não tiver, lhe será tirado até o que tem. 27.Quanto aos que me odeiam, e que não me quiseram por rei, trazei-os e massacrai-os na minha presença”."

Leia mais em: https://www.bibliacatolica.com.br/biblia-ave-maria/sao-lucas/19/
A propriedade faz parte da vida do ser humano no sentido de que ele tenha condições e um ambiente que lhe permita uma boa sobrevivência.
Por outro lado, a propriedade privada não é santificada na Bíblia. Há críticas a ela. O aspecto negativo da propriedade é apontado em Deuteronômio, pelo profeta Amós, por Jesus e pelos apóstolos. O aspecto negativo é que a propriedade/bens, usada como necessidade para a sobrevivência e desenvolvimento da vida, pode ser transformada em instrumento de poder e ganância contra os semelhantes. Aí passa a ser uma ameaça à justiça e à paz. Contra estas situações se levantam os profetas e o próprio Jesus, colocando-se ao lado dos fracos e necessitados.
Portanto, a ganância, o roubo (nas suas mais variadas formas) e a ambição deixam a vida humana mais sofrida e pobre de valores fundamentais. Neste sentido Jesus é radical ao afirmar:

Mateus 6:24
“Vocês não podem servir a dois senhores” 

Assim, o mandamento nos proíbe de tomar injustamente qualquer coisa que não seja propriamente nossa. 

O furto pode assumir muitas formas:

o seqüestro

Êxodo 21:16
16Aquele que furtar um homem, e o tiver vendido, ou se este for encontrado em suas mãos, será morto.

o tráfico de seres humanos

1 Timóteo 1:9-10
9Sabendo isto, que a lei não é feita para o justo, mas para os injustos e obstinados, para os ímpios e pecadores, para os profanos e irreligiosos, para os parricidas e matricidas, para os homicidas,
10Para os devassos, para os sodomitas, para os roubadores de homens, para os mentirosos, para os perjuros, e para o que for contrário à sã doutrina,


a receptação de coisas furtadas 

Provérbios 29:24
24Quem partilha com o ladrão, odeia-se a si mesmo; ouve a maldição e nada denuncia.

as transações fraudulentas

1 Timóteo 3:8
8Do mesmo modo, os diáconos sejam honestos, não de duas atitudes nem propensos ao excesso da bebida e ao espírito de lucro;


o uso de pesos e medidas falsos

Provérbios 20:10
10Ter dois pesos e duas medidas é objeto de abominação para o Senhor.

a violação dos marcos de propriedade

Deuteronômio 19:14
14Não removerás os marcos de teu vizinho, que teus predecessores fixaram na herança que te couber na terra, cuja posse te há de dar o Senhor, teu Deus.


a injustiça nos contratos


Deuteronômio 24:15
15Dá-lhe o seu salário no mesmo dia, antes do pôr do sol, porque é pobre e espera impacientemente a sua paga. Do contrário clamaria contra ti ao Senhor, e serias culpado de um pecado.

a extorsão

Salmo 62:10
10Não confiem na extorsão: nem ponham a esperança em bens roubados; se as suas riquezas aumentam, não ponham nelas o coração.

os contratos de empréstimo imorais

Salmo 37:21 
Os ímpios tomam emprestado e não devolvem, mas os justos dão com generosidade;

o tomar emprestado e não devolver 

Êxodo 22:14 
Se alguém pedir emprestado ao seu próximo um animal e este for ferido ou morrer na ausência do dono, terá que fazer restituição.


O furto envolve não apenas a propriedade tangível (que se consegue tocar; que pode ser apalpado; tocável), mas também reputações e idéias. Nossos tempos modernos e tecnologicamente avançados trouxeram à tona inúmeros modos de o coração pecaminoso e maquinador obter aquilo que não é seu por direito.


Roubo de credenciais

O roubo de credenciais tem se tornado a técnica preferida de cibercriminosos, que coletam informações roubadas das empresas ou mesmo por meio de terceiros (informações compradas ou vazadas) de usuários e as usam em vários websites, esperando conseguir acesso a bancos, contas de redes sociais e servidores de e-mail.

Vejamos alguns exemplos:


Fraudes 

A tentativa de fraude é possivelmente a forma mais simples de ter os dados roubados. Basta entrar na pasta de spam do seu Gmail (ou serviço similar) para perceber quantas são as mensagens em nome de bancos, instituições financeiras e até mesmo organizações sem fins lucrativos!

A prática do phishing é simular ser outra pessoa ou empresa, para forçar o usuário a realizar alguma ação. No caso dos e-mails falsos da Receita Federal, por exemplo, o simples ato de digitar seu CPF numa página pirata faz os bandidos confirmarem que esse número realmente existe e passem a usá-lo. 

O phishing pode ser explorado de diversas maneiras, entre elas o envio de um e-mail falso para a sua caixa de entrada, pedindo informações importantes que vão abrir suas defesas.

Compras na internet

Quando você acessa um site que pede suas informações (NOME, ENDEREÇO, TELEFONE, NUMERO DO CARTÃO DE CREDITO..), supostamente para acessar a sua conta, é preciso ter cuidado! .

O cliente escolhe o produto e logo em seguida disponibiliza todas as suas informações. Se o site for uma armadilha, o criminoso terá em mãos todas as ferramentas para fazer compras em seu nome. 

Procure lojas de confiança, conhecidas, ou pelo menos que tenham sido recomendadas. Se você não conhece aquela loja que está fazendo um preço tão baixo que chega a gerar desconfiança, faça uma pesquisa rápida no Google. Dois minutos de trabalho pesquisando sobre a loja poderão poupar-lhe de um prejuízo financeiro que você certamente não quer.

Grande parte das ameaças à segurança digital aparece na caixa de entrada dos  e-mails. Talvez as mensagens sejam a forma mais fácil de enganar os outros (já que não dá para saber se é verídica como no caso de um website de banco, cujo domínio pode ser facilmente verificado), e por isso é bom ter atenção redobrada: sempre desconfie de mensagens enviadas por empresas. Ainda mais se você não for cliente dessa empresa!.

Invasão de aparelhos via internet

Os computadores, smartphones e tablets estão sempre expostos, especialmente quando usamos uma rede pública. É nesse momento que os cibercriminosos invadem a rede local e, consequentemente, o seu aparelho. Por isso, evite usar as internets públicas, a não ser quando extremamente necessário. E, sendo assim, não deixe dados importantes, como número de cartão de crédito e senhas bancárias no dispositivo.

No caso dos computadores, as invasões mais comuns acontecem por meio de instalação de arquivos e aplicativos com vírus. Muitas vezes instalamos indiscriminadamente algum arquivo, e assim acabamos nos tornando vítima. Por isso, instale apenas os produtos que você tem certeza que vêm de fontes confiáveis.

Uma triste realidade

Carretas quando viram em estradas por exemplo, não sobra nada, a população leva tudo. 

Também há os que são coniventes ( Cúmplice; que esconde uma ação ilegal ou imoral cometida por outra pessoa; que não faz nada para impedir uma ação errada ou criminosa) com os furtos, adquirindo produtos roubados por custos menores, como os aparelhos eletronicos. 

O diabo entra pelo bolso

Enquanto a humanidade está aflita para ter mais, Deus a redime fazendo-se pobre. O que nos faz ricos não são os bens, mas o amor.

“Muitas vezes ouvimos, o diabo entra pelo bolso. Primeiro vem o dinheiro, o amor ao dinheiro, o desejo de possuir, depois a vaidade e, por fim, o orgulho e a soberba. Este é o modo de agir do diabo em nós, mas a porta de entrada é o bolso.”

Papa Francisco 

“Queridos irmãos e irmãs, mais uma vez Jesus Cristo nos revela o sentido pleno das Escrituras. ‘Não roubar’ quer dizer: ame com os seus bens, aproveite dos seus meios para amar como pode. Porque a vida não é tempo para possuir, mas para amar.”

Não basta apenas o arrependimento

No caso de roubo, não basta o arrependimento. É preciso devolver o que foi roubado, pois, do contrário, não há perdão. É obrigação devolver, mas não de se revelar em público como um ladrão. 

Se roubou um carro, é preciso devolver o carro ou outro igual. Que dê de presente. 

Se roubou de uma instituição, é preciso devolver. Faça-se por meio de doação. 

Se roubou de alguém que já faleceu, que se faça doação a uma sociedade beneficente.

Em casos de não ter condição de devolver o dinheiro por não o ter mais, deve propor-se ir devolvendo aos poucos, até o fim da vida se for preciso, fazendo o que é possível.
Você alguma vez já foi assaltado?

Passei por essa situação algumas vezes, vou contar sobre a ultima.

Não tenho certeza da data especifica que foi o assalto, pois dei falta do que foi roubado, apenas quando fui utilizar os equipamentos.
Várias coisas faltando:
3 Câmeras fotográficas.
5 lentes.
Ipad.
Filmadora.
Acessorios, e mais algumas coisas... e fotos de familia. Essa perda foi dolorosa, já que não há dinheiro capaz de comprar registros de memórias queridas.

Sou um fotógrafo amador, que ama fotografar. Gosto de pesquisar novos lançamentos de cameras, lentes, acessórios, programas de edição, enfim, tudo que envolve fotografia.
Faço isso por hobby, profissão ( quem sabe... só DEUS), amor.

A gente sempre ouve recomendações de especialistas em segurança sobre o que fazer após sofrer um assalto. Na hora, porém, com a adrenalina correndo e a desorientação natural da situação, fica difícil pensar.

Dessa vez não liguei para a polícia ( na outra vez, não deu em nada). Depois, fiz uma varredura mais detalhada na casa a fim de contabilizar as perdas.

Passado o susto e o desgosto com o cálculo do prejuízo, comecei a pensar na reposição.

Na minha escala de prioridades, preciso, antes de qualquer outra coisa, de uma boa camera. Depois, uma boa lente. Daqui em diante são coisas menos urgentes, mas que gostaria de repor algum dia. São bens materiais e, por isso, possíveis.

A perda foi apenas dos aparelhos, sem consequências que vão além disso.

O ladrão provavelmente estudou minha casa, os moradores. Conhecia as rotinas, onde, quando e como atacar. Não era um maluco que estava passando e resolveu agir.

Eu não sei como alguém que ganha a vida desse jeito consegue dormir tranquilo à noite. Mas essa não deve ser uma preocupação dele.

Eu quero, que o ladrão se arrependa, e meus bens, que sejam devolvidos. É o que considero justiça. Mas, talvez o ladrão seja alguém incorrigível, … paciência.

O outro grande problema, talvez maior que meu prejuízo financeiro e dificuldades decorrentes do assalto, são os efeitos no coletivo. É algo que afeta a qualidade de vida. E é especialmente decepcionante que ela se revele dentro de uma cidade que, apesar de tudo, é reconhecidamente boa de se viver.

Eu pensei algumas vezes na validade disso tudo, de por que esquentar a cabeça comprando coisas novas, boas para mim, sendo que corro o risco de perdê-las amanhã. Ainda não sei se vale e, por ora, coloquei essas vontades no modo (pausa).

Também bateu um desânimo com o que faço e sempre fiz, fotografar.

Porém depois do crime ocorrido, penso se compensa batalhar para comprar tudo novamente. É um sentimento de insegurança horrível. É como se todo fruto do meu esforço (no plural, minha familia) apenas alimentasse o bolso de quem vive do crime.
Depois do dia do furto, eu comecei a pensar o quão podre o ser humano pode ser.

O diabo entra pelo bolso

Enquanto a humanidade está aflita para ter mais, Deus a redime fazendo-se pobre. O que nos faz ricos não são os bens, mas o amor.

“Muitas vezes ouvimos, o diabo entra pelo bolso. Primeiro vem o dinheiro, o amor ao dinheiro, o desejo de possuir, depois a vaidade e, por fim, o orgulho e a soberba. Este é o modo de agir do diabo em nós, mas a porta de entrada é o bolso.”

Papa Francisco 

“Queridos irmãos e irmãs, mais uma vez Jesus Cristo nos revela o sentido pleno das Escrituras. ‘Não roubar’ quer dizer: ame com os seus bens, aproveite dos seus meios para amar como pode. Porque a vida não é tempo para possuir, mas para amar.”


Seguindo em frente

Pedir a Deus que perdoe seus pecados

A confissão deve ser feita a um padre, atravez do Sacramento da Confissão ou Penitência, instituído por Nosso Senhor Jesus Cristo, para que os cristãos possam ser perdoados de seus pecados e receberem a graça santificante. Também é chamado de sacramento da Reconciliação.

É importante que você admita o que fez de errado

"Eu peguei (dinheiro, celular, joias, etc. ) sem pedir". Você declarou o pecado (roubo) e assumiu a responsabilidade por ele sem inventar uma desculpa,( se arrependa verdadeiramente do que fez. 

Ore sobre o que está sentindo. Você deve ser sincero ao pedir perdão. Se você crê que Deus conhece seu coração, não faz sentido mentir para ele. Diga a ele o quanto se sente culpado e que afastar-se dele o deixou muito triste.

Ore usando as Escrituras Sagradas. A palavra de Deus é poderosa e ele o encoraja a usá-la para falar com Ele. Dado que a Bíblia é a palavra de Deus, elas são um modelo de como falar com Ele. Procure na Bíblia ou na Internet por textos bíblicos que falem sobre perdão. Use-os para tornar marcante esse momento de oração.

Diga a Deus que acredita em seu perdão. O perdão é concedido mediante a fé. Não é nada bom pedir perdão sem acreditar que Deus o perdoará. Deus diz que quando você pede perdão com um coração sincero, ele é fiel para perdoar. Diga a si mesmo que crê nele e diga o mesmo a Deus.

Faça esforços para evitar fazer a mesma coisa errada novamente. Parte de seu objetivo é seguir a Cristo e se afastar do pecado. Isso exige comprometimento. Você não vai parar de pecar imediatamente, mas se trabalhar nisso, ficará mais forte.

Encontre pessoas que possam ajudá-lo. Estude as escrituras para evitar a tentação. Lembre-se que o pecado só faz mal e que você não precisa dele.
Separe um tempo para ler a Bíblia, orar e conversar com outros cristãos. São coisas essenciais para uma vida livre do pecado.

Vá até as pessoas que machucou em busca de perdão. O pecado quebra nossa relação com Deus e machuca as outras pessoas também. Quando souber que Deus já o perdoou, é importante buscar o perdão das pessoas. Diga a elas que sente muito e peça perdão. Lembre-se que você não pode obrigar alguém a te perdoar. Ou eles aceitam seu pedido e o perdoam ou não. Se eles se recusarem a perdoá-lo, não os incomode. Você não pode mudá-los.

Após ter se desculpado e pedido perdão, você precisa se livrar da culpa. Mesmo que não seja perdoado, você fez sua parte.


Os que roubaram ou causaram dano ao próximo em seus bens estão obrigados, além de confessar seu pecado, a restituir o produto do roubo e a reparar quanto antes os danos  causados.


sábado, 23 de abril de 2022

Não há limites para dar ou pedir perdão (Mt 18,21-35)


Não há limites para dar ou pedir perdão (Mt 18,21-35)

"São Mateus, 18 1. Neste momento, os discípulos aproxima­ram-se de Jesus e perguntaram-lhe: “Quem é o maior no Reino dos Céus?”. 2. Jesus chamou uma criancinha, colocou-a no meio deles e disse: 3. “Em verdade vos declaro: se não vos transformardes e vos tornardes como criancinhas, não entrareis no Reino dos Céus. 4. Aquele que se fizer humilde como esta criança será maior no Reino dos Céus. 5. E o que recebe em meu nome a um menino como este, é a mim que recebe. 6. Mas, se alguém fizer cair em pecado um destes pequenos que creem em mim, melhor fora que lhe atassem ao pescoço a mó de um moinho e o lançassem no fundo do mar. 7. Ai do mundo por causa dos escândalos! Eles são inevitáveis, mas ai do homem que os causa! 8. Por isso, se tua mão ou teu pé te fazem cair em pecado, corta-os e lança-os longe de ti: é melhor para ti entrares na vida coxo ou manco que, tendo dois pés e duas mãos, seres lançado no fogo eterno. 9. Se teu olho te leva ao pecado, arranca-o e lança-o longe de ti: é melhor para ti entrares na vida cego de um olho que seres jogado com teus dois olhos no fogo da geena. 10. Guardai-vos de menosprezar um só destes pequenos, porque eu vos digo que seus anjos no céu contemplam sem cessar a face de meu Pai que está nos céus. 11. [Porque o Filho do Homem veio salvar o que estava perdido.] 12. Que vos parece? Um homem possui cem ovelhas: uma delas se desgarra. Não deixa ele as noventa e nove na montanha, para ir buscar aquela que se desgarrou? 13. E se a encontra, sente mais júbilo do que pelas noventa e nove que não se desgarraram. 14. Assim é a vontade de vosso Pai celeste, que não se perca um só destes pequeninos”. 15. “Se teu irmão tiver pecado contra ti, vai e repreende-o entre ti e ele somente; se te ouvir, terás ganho teu irmão. 16. Se não te escutar, toma contigo uma ou duas pessoas, a fim de que toda a questão se resolva pela decisão de duas ou três testemunhas. 17. Se recusa ouvi-los, dize-o à Igreja. E se recusar ouvir também a Igreja, seja ele para ti como um pagão e um publicano. 18. Em verdade vos digo: tudo o que ligardes sobre a terra será ligado no céu, e tudo o que desligar­des sobre a terra será também desligado no céu.” 19. “Digo-vos ainda isto: se dois de vós se unirem sobre a terra para pedir, seja o que for, o conseguirão de meu Pai que está nos céus. 20. Porque onde dois ou três estão reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles.” 

21. Então, Pedro se aproximou dele e disse: “Senhor, quantas vezes devo per­doar a meu irmão, quando ele pecar contra mim? Até sete vezes?” 

22. Respondeu Jesus: “Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete”.

23. “Por isso, o Reino dos Céus é comparado a um rei que quis ajustar contas com seus servos. 24. Quando começou a ajustá-las, trouxeram-lhe um que lhe devia dez mil talentos.25. Como ele não tinha com que pagar, seu senhor ordenou que fosse vendido, ele, sua mulher, seus filhos e todos os seus bens para pagar a dívida. 26. Este servo, então, prostrou-se por terra diante dele e suplicava-lhe: ‘Dá-me um prazo e eu te pagarei tudo!’. 27. Cheio de compaixão, o senhor o deixou ir embora e perdoou-lhe a dívida. 28. Apenas saiu dali, encontrou um de seus companheiros de serviço que lhe devia cem denários. Agarrou-o na garganta e quase o estrangulou, dizendo: ‘Paga o que me deves!’ 29. O outro caiu-lhe aos pés e pediu-lhe: ‘Dá-me um prazo e eu te pagarei!’. 30. Mas, sem nada querer ouvir, este homem o fez lançar na prisão, até que tivesse pago sua dívida. 31. Vendo isso, os outros servos, profundamente tristes, vieram contar a seu senhor o que se tinha passado. 32. Então, o senhor o chamou e lhe disse: ‘Servo mau, eu te perdoei toda a dívida porque me suplicaste. 33. Não devias também tu compadecer-te de teu companheiro de serviço, como eu tive piedade de ti?’. 34. E o senhor, encolerizado, entregou-o aos algozes, até que pagasse toda a sua dívida. 

35. Assim vos tratará meu Pai celeste, se cada um de vós não perdoar a seu irmão, de todo o seu coração.”"

Brigas, desentendimento, ou ainda… mágoas, rompimento e separação.

“O meu marido me traiu” (ou “a minha esposa me traiu”);
“Os meus pais nunca me apoiam, só me criticam”;
“Os meus filhos são ingratos”;
“O meu chefe não reconhece o meu esforço”.

Como perdoar?

Mas como é que eu posso perdoar alguém que me fez mal?
Como perdoar alguém que me traiu?
Como perdoar alguém que não parece se importar comigo?
Como perdoar alguém que não muda?
Ou, pior: como perdoar alguém que não vai mudar e que não quer mudar?

Se você também tem essa dúvida, eu preciso te dizer agora: o perdão não tem nada a ver com o outro. Ou seja, não importa o que vai acontecer com esta pessoa que lhe machucou, magoou, traiu, irritou ou provocou. 

O que importa é o que VOCÊ vai fazer com este machucado, mágoa, traição, irritação e provocação.

A raiva está queimando dentro de si e bombeando de toxicidade em todo o seu ser. Você sabe disso, mas ainda assim não consegue simplesmente deixar ir.

Quando você está fervendo, o perdão parece impossível. Você quer ser capaz disso. Queremos a paz que o perdão oferece. Queremos a libertação. Queremos que a loucura em nosso cérebro se acalme, e ainda assim não conseguimos encontrar uma maneira ...de perdoar.

Muitas vezes, não conseguimos perdoar, então falamos: 

“Chega! Pronto, não aguento mais! Acabou”. 

Fico pensando se Deus nos tratasse da mesma forma, se colocasse um limite para nos perdoar por todas as vezes que falhamos e negligenciamos, ainda que prometamos: 

“Senhor, eu não vou mais pecar!”. 

Saímos, muitas vezes, do confessionário com a alma limpa, purificada, com o santo propósito de não errar mais. Mas, por fraqueza, por falta de esforço, muitas vezes voltamos a cair; e a misericórdia de Deus está lá para nos lavar, purificar e perdoar, colocando-nos para cima dizendo: “Vai, recomeça, tenta de novo, não desanime! Sou eu quem te lavo, Sou eu quem te purifico, sou eu quem te renovo!”.

Muitas vezes, quando o outro erra com a gente, quando “pisa na bola”, dizemos:

 “Não, chega, eu não posso mais!”. 

Desculpa, mas nós estamos agindo como o servo: 

MT 18:28-30

28. Apenas saiu dali, encontrou um de seus companheiros de serviço que lhe devia cem denários. Agarrou-o na garganta e quase o estrangulou, dizendo: ‘Paga o que me deves!’ 29. O outro caiu-lhe aos pés e pediu-lhe: ‘Dá-me um prazo e eu te pagarei!’. 30. Mas, sem nada querer ouvir, este homem o fez lançar na prisão, até que tivesse pago sua dívida. 

Ele alcançou todo o perdão do seu patrão e não conseguiu oferecer o perdão para aquele que lhe devia muito pouco, muito menos em relação àquilo que o patrão lhe perdoou. Deus não põe limites na Sua misericórdia, no Seu perdão.

Nós, algumas vezes, agimos com crueldade quando o outro erra conosco. É verdade que perdoar os erros nem sempre é fácil, mas nos coloquemos no lugar dele, coloquemo-nos no nosso próprio lugar, da maneira como nos relacionamos com Deus e como o perdão d’Ele chega até nós.

Precisamos aprender a ser misericordiosos como o Senhor é misericordioso conosco. Temos de perdoar uma, duas, três, tantas vezes forem necessárias. O perdão não é para o outro, mas para nosso próprio coração, que não ficará fechado, aniquilado, magoado e nem ressentido.

O perdão faz bem, em primeiro lugar, para cada um de nós. Pode ser que não consigamos perdoar imediatamente quando o outro falhar ou pecar contra nós, mas precisamos ter a disposição de perdoar. Podemos reconsiderar nosso relacionamento, rever a forma como tratamos nosso irmão, mas jamais lhe negar o perdão, porque Deus nunca nos nega o perdão d’Ele.

Então, como posso perdoar?

Você pode perdoar com a ajuda de Deus. Ao morrer na cruz, Jesus pagou o preço por todos os pecados. Ele ajudará você a se libertar do rancor e do desejo de vingança, abrindo caminho para o perdão. Perdoar não é um sentimento, que não dá para controlar. Perdoar é uma decisão que você faz, que depois tem efeitos em seus sentimentos.

Há coisas pequenas que podemos ignorar, porque não são um problema. Mas há coisas erradas que não podemos ignorar. Fazer de conta que não há um problema não vai ajudar, só vai piorar as coisas a longo prazo. Você precisa aceitar que há um problema e decidir resolvê-lo com a ajuda de Deus.

É natural se sentir zangado, frustrado, triste, machucado, quando alguém peca contra você. Fingir que você não sentiu nada, que está tudo bem, é engano. Conte para Deus o que você sentiu e sente, sobre a situação. Deus entende.

Com o tempo, a dor deve diminuir. Se não diminuir, peça para Deus te ajudar a não ficar preso nesses sentimentos. É importante aprender a lidar com os sentimentos de uma forma saudável.

Decida perdoar a pessoa que machucou você. Tente compreender que Jesus já pagou o preço pelos pecados dessa pessoa, tal como pelos seus. Perdoar não é dizer que não tem problema o que essa pessoa fez. Perdoar é viver sem deixar que as consequências do pecado te destruam.

Diga para Deus que você perdoa essa pessoa. Diga os pecados que você perdoa dessa pessoa. Decida largar o ressentimento. Entregue tudo a Deus, deixe Ele lidar com a outra pessoa. Se a pessoa vier pedir perdão, diga-lhe que você a perdoa.

Renunciar o pecado


Quando alguém peca contra nós, é fácil retrucar pecando também. Se você pecou, peça perdão a Deus por sua atitude e peça Sua ajuda para não voltar a fazer o mesmo no futuro. Procure formas de expressar seus sentimentos de maneira santa. Os sentimentos não são o problema, é o que fazemos com eles que pode ser mau.

Muitas vezes, quando alguém nos machuca deixa marcas (depressão, ideias erradas sobre si, medo, insegurança, raiva...). Peça a Deus para sarar suas feridas. Não deixe o pecado vencer.

Jesus disse que devemos perdoar muitas vezes (MT 18:21-22). Não devemos guardar conta do número de vezes que perdoamos. Lembre-se, Deus perdoou você por todos seus pecados. Você também deve perdoar os pecados dos outros, mesmo se não pedirem perdão.



Luto: como é possível superar a dor?


O coração sente que falta algo, um espaço foi aberto.
Permita-se recomeçar.
A saudade ficará, a dor é grande, lágrimas voltarão.
O amor que você sente pela pessoa que se foi nunca se apagará. 
Este amor que você sente lhe dará forças para continuar sua vida e cuidar daqueles que também precisam do seu carinho, do seu abraço e da sua ternura.

CIC1055 - Em virtude da “comunhão dos santos”, a Igreja recomenda os defuntos à misericórdia de Deus e oferece em favor deles sufrágios (orações), particularmente o Santo Sacrifício Eucarístico (SANTA MISSA).

O sacrifício da Missa em sufrágio dos defuntos é oferecido para que Deus lhes perdoe os pecados, concedendo-lhes a paz beatificante.

É por isso que, ainda hoje, em todas as Orações Eucarísticas, temos o "momento dos mortos"; em que a Santa Missa é oferecida pela sua purificação. A Igreja ensina que no momento dos mortos se comemoram "todos os que, dentre nós, adormeceram nos anos passados. Acreditamos que será de grande utilidade para as almas, por quem a súplica é feita, no momento em que se realiza o Santo sacrifício".

O que a Igreja Católica Apostólica Romana ensina sobre a morte

Sabemos que o Magistério da Igreja extrai todo o ensinamento que dá aos fiéis, da Revelação Divina, que se compõe:

Tradição Apostolica (oral) - a Tradição oral ou simplesmente a Tradição, radicada essencialmente no testemunho dos Apóstolos à revelação de Jesus, aos quais Ele "deixou o encargo de levar o Evangelho da Salvação a todas as criaturas, testemunho depois assumido" e transmitido integralmente aos fiéis pelos bispos unidos com o Papa. A Tradição "conserva a Palavra de Deus, confiada por Cristo Senhor e pelo Espírito Santo aos Apóstolos, e transmite-a integralmente aos seus sucessores" (os bispos unidos com o Papa), "para que eles, com a luz do Espírito Santo, fielmente a conservem, exponham e difundam na sua pregação"

Tradição Sagrada (escrita) - a Tradição escrita ou a Bíblia, que é o produto do registro escrito da Palavra de Deus, realizado pelos quatro evangelistas e outros escritores sagrados, sempre inspirados pelo Espírito Santo. Inicialmente, antes do seu registro escrito, a Palavra de Deus era apenas transmitida oralmente (Tradição oral). Para os católicos, a Bíblia é constituída por 73 livros, organizados no Antigo Testamento e no Novo Testamento (a palavra testamento significa, neste caso, aliança entre Deus e o homem)

É sobre essa Tradição (escrita e oral), com igual importância nas duas formas, que o Magistério assenta seus ensinamentos.

Por isso, nós devemos vivê-la compreendendo que um ciclo terreno termina e se inicia o tempo da glória, ao lado de Deus e de Sua corte celestial. "Eu sou a ressurreição e a vida", disse Jesus.

(João 11, 25-26)
"25.Disse-lhe Jesus: “Eu sou a ressurreição e a vida. Aquele que crê em mim, ainda que esteja morto, viverá. 26.E todo aquele que vive e crê em mim, jamais morrerá. Crês nisso?”."

Catecismo da Igreja Católica

PRIMEIRA PARTE - SEGUNDA SEÇÃO: A PROFISSÃO DA FÉ CRISTÃ

OS SÍMBOLOS DA FÉ

CAPITULO III - ARTIGO 12 : "CREIO NA VIDA ETERNA"

1020 O cristão, que une sua própria morte à de Jesus, vê a morte como um caminhar ao seu encontro e uma entrada na Vida Eterna. Depois de a Igreja, pela última vez, pronunciar as palavras de perdão da absolvição de Cristo sobre o cristão moribundo, selá-lo pela última vez com uma unção fortificadora e dar-lhe o Cristo no viático como alimento para a Viagem, diz-lhe com doce segurança estas palavras:

Deixa este mundo, alma cristã, em nome do Pai Todo-Poderoso que te criou, em nome de Jesus Cristo, o Filho de Deus vivo, que sofreu por ti, em nome do Espírito Santo que foi derramado em ti. Toma teu lugar hoje na paz e fixa tua morada com Deus na santa Sião, com a Virgem Maria, a Mãe de Deus, com São José, os anjos e todos os santos de Deus. (…) Volta para junto de teu Criador, que te formou do pó da terra. Que na hora em que tua alma sair de teu corpo se apressem a teu encontro Maria, os anjos e todos os santos. (…) Que possas ver teu Redentor face a face (…).

(Sião - Novo Testamento a palavra refere-se ao reino espiritual de Deus. "Não chegamos ao monte Sinai, diz o apóstolo, mas ao monte Sião e à cidade do Deus vivo, a Jerusalém celestial" (Hebreus 12:22).)

I. O Juízo Particular

1021 A morte põe fim à vida do homem como tempo aberto ao acolhimento ou à recusa da graça divina manifestada em Cristo. O Novo Testamento fala do juízo principalmente na perspectiva do encontro final com Cristo na segunda vinda deste, mas repetidas vezes afirma também a retribuição, imediatamente depois da morte, de cada um em função de suas obras e de sua fé. A parábola do pobre Lázaro e a palavra de Cristo na cruz ao bom ladrão assim como outros textos do Novo Testamento, falam de um destino último da alma, pode ser diferente para uns e outros.

1022 Cada homem recebe em sua alma imortal a retribuição eterna a partir do momento da morte, num Juízo Particular que coloca sua vida em relação à vida de Cristo, seja por meio de uma purificação, seja para entrar de imediato na felicidade do céu, seja para condenar-se de imediato para sempre.

No entardecer de nossa vida, seremos julgados sobre o amor.

II. O Céu


1023 Os que morrem na graça e na amizade de Deus, e que estão totalmente purificados, vivem para sempre com Cristo. São para sempre semelhantes a Deus, porque o vêem “tal como ele é” (1Jo 3,2), face a face (1Cor 13,12):

Com nossa autoridade apostólica definimos que, segundo a disposição geral de Deus, as almas de todos os santos mortos antes da Paixão de Cristo (…) e de todos os outros fiéis mortos depois de receberem o santo Batismo de Cristo, nos quais não houve nada a purificar quando morreram, (…) ou ainda, se houve ou há algo a purificar, quando, depois de sua morte, tiverem acabado de fazê-lo, (…) antes mesmo da ressurreição em seus corpos e do juízo geral, e isto desde a ascensão do Senhor e Salvador Jesus Cristo ao céu, estiveram, estão e estarão no Céu, no Reino dos Céus e no paraíso celeste com Cristo, admitidos na sociedade dos santos anjos. Desde a paixão e a morte de Nosso Senhor Jesus Cristo, viram e vêem a essência divina com uma visão intuitiva e até face a face, sem a mediação de nenhuma criatura.

1024 Essa vida perfeita com a Santíssima Trindade, essa comunhão de vida e de amor com ela, com a Virgem Maria, os anjos e todos os bem-aventurados, é denominada “o Céu”. O Céu é o fim último e a realização das aspirações mais profundas do homem, o estado de felicidade suprema e definitiva.

1025 Viver no Céu é “viver com Cristo”. Os eleitos vivem “nele”, mas lá conservam – ou melhor, lá encontram – sua verdadeira identidade, seu próprio nome.

Vita est enim esse cum Christo; ideo ubi Christus, ibi vita, ibi regnum – Vida é, de fato, estar com Cristo; aí onde está Cristo, aí está a Vida, aí está o Reino”.

1026 Por sua Morte e Ressurreição, Jesus Cristo nos “abriu” o Céu. A vida dos bem-aventurados consiste na posse em plenitude dos frutos da redenção operada por Cristo, que associou à sua glorificação celeste os que creram nele e que ficaram fiéis à sua vontade. O céu é a comunidade bem-aventurada de todos os que estão perfeitamente incorporados a Ele.

1027 Este mistério de comunhão bem-aventurada com Deus e com todos os que estão em Cristo supera toda compreensão e toda imaginação. A Escritura fala-nos dele em imagens: vida, luz, paz, festim de casamento, vinho do Reino, casa do Pai, Jerusalém celeste, Paraíso.

“O que os olhos não viram, os ouvidos não ouviram e o coração do homem não percebeu, isso Deus preparou para aqueles que o amam” (1Cor 2,9).

1028 Em razão de sua transcendência, Deus só poder ser visto tal como é quando Ele mesmo abrir seu mistério à contemplação direta do homem e o capacitar para tanto. Esta contemplação de Deus em sua glória celeste é chamada pela Igreja de “visão beatifica”.

Qual não ser tua glória e tua felicidade: ser admitido a ver a Deus, ter a honra de participar das alegrias da salvação e da luz eterna na companhia de Cristo, o Senhor teu Deus (…) desfrutar no Reino dos Céus, na companhia dos justos e dos amigos de Deus, as alegrias da imortalidade adquirida.

1029 Na glória do Céu, os bem-aventurados continuam a cumprir com alegria a vontade de Deus em relação aos outros homens e à criação inteira. Já reinam com Cristo; com Ele:

“reinarão pelos séculos dos séculos” (Ap 22,5).

III. A purificação final ou Purgatório

1030 Os que morrem na graça e na amizade de Deus, mas não estão completamente purificados, embora tenham garantida sua salvação eterna, passam, após sua morte, por uma purificação, a fim de obter a santidade necessária para entrar na alegria do Céu.

1031 A Igreja denomina Purgatório esta purificação final dos eleitos, que é completamente distinta do castigo dos condenados. A Igreja formulou a doutrina da fé relativa ao Purgatório, sobretudo no Concílio de Florença e de Trento. Fazendo referência a certos textos da Escritura, a tradição da Igreja fala de um fogo purificador:

No que concerne a certas faltas leves, deve-se crer que existe antes do juízo um fogo purificador, segundo o que afirma aquele que é a Verdade, dizendo, que, se alguém tiver pronunciado uma blasfêmia contra o Espírito Santo, não lhe será perdoada nem presente século nem no século futuro (Mt 12,32). 

Desta afirmação podemos deduzir que certas faltas podem ser perdoadas no século presente, ao passo que outras, no século futuro.

1032 Este ensinamento apoia-se também na prática da oração pelos defuntos, da qual já a Sagrada Escritura fala: 

“Eis por que ele (Judas Macabeu) mandou oferecer esse sacrifício expiatório pelos que haviam morrido, a fim de que fossem absolvidos de seu pecado” (2Mc 12,46).

Desde os primeiros tempos a Igreja honrou a memória dos defuntos e ofereceu sufrágios em seu favor, em especial o sacrifício eucarístico, a fim de que, purificados, eles possam chegar à visão beatífica de Deus. A Igreja recomenda também as esmolas, as indulgências e as obras de penitência em favor dos defuntos:

Levemo-lhes socorro e celebremos sua memória. Se os filhos de Jó foram purificados pelo sacrifício de seu pai que deveríamos duvidar de que nossas oferendas em favor dos mortos lhes levem alguma consolação? Não hesitemos em socorrer os que partiram e em oferecer nossas orações por eles.

IV. O Inferno

1033 Não podemos estar unidos a Deus se não fizermos livremente a opção de amá-lo. Mas não podemos amar a Deus se pecamos gravemente contra Ele, contra nosso próximo ou contra nós mesmos: 

“Aquele que não ama permanece na morte. Todo aquele que odeia seu irmão é homicida; e sabeis que nenhum homicida tem a vida eterna permanecendo nele” (1 Jo 3,14-15). 

Nosso Senhor adverte-nos de que seremos separados dele se deixarmos de ir ao encontro das necessidades graves dos pobres e dos pequenos, que são seus irmãos, morrer em pecado mortal sem ter-se arrependido dele e sem acolher o amor misericordioso de Deus significa ficar separado do Todo-Poderoso para sempre, por nossa própria opção livre. E é este estado de auto­-exclusão definitiva da comunhão com Deus e com os bem-aventurados que se designa com a palavra “inferno”.

1034 Jesus fala muitas vezes da “Geena”, do “fogo que não se apaga”, reservado aos que recusam até o fim de sua vida crer e converter-se, e no qual se pode perder ao mesmo tempo a alma e o corpo. Jesus anuncia em termos graves que,

“enviar seus anjos, e eles erradicarão de seu Reino todos os escândalos e os que praticam a iniquidade, e os lançarão na fornalha ardente” (Mt 13,41-42);

e que pronunciar a condenação: 

“Afastai-vos de mim malditos, para o fogo eterno!” (Mt 25,41).

1035 O ensinamento da Igreja afirma a existência e a eternidade do inferno. As almas dos que morrem em estado de pecado mortal descem imediatamente após a morte aos infernos, onde sofrem as penas do Inferno, “o fogo eterno”. A pena principal do Inferno consiste na separação eterna de Deus, o Único em quem o homem pode ter a vida e a felicidade para as quais foi criado e às quais aspira.

1036 As afirmações da Sagrada Escritura e os ensinamentos da Igreja acerca do Inferno são um chamado à responsabilidade com a qual o homem deve usar de sua liberdade em vista de seu destino eterno. Constituem também um apelo insistente à conversão:

“Entrai pela porta estreita, porque largo e espaçoso é o caminho que conduz à perdição. E muitos são os que entram por ele. Estreita, porém, é a porta e apertado o caminho que conduz à vida. E poucos são os que o encontram” (Mt 7,13-14)

Como desconhecemos o dia e a hora, conforme a advertência do Senhor, vigiemos constantemente para que, terminado o único curso de nossa vida terrestre, possamos entrar com ele para as bodas e mereçamos ser contados entre os benditos, e não sejamos, como servos maus e preguiçosos, obrigados a ir para o fogo eterno, para as trevas exteriores, onde haverá choro e ranger de dentes.

1037 Deus não predestina ninguém para o Inferno; para isso é preciso uma aversão voluntária a Deus (um pecado mortal) e persistir nela até o fim. Na Liturgia Eucarística e nas orações cotidianas de seus fiéis, a Igreja implora a misericórdia de Deus, que quer:

“que ninguém se perca, mas que todos venham a converter-se” (2Pd 3,9):

Recebei, ó Pai, com bondade, a oferenda de vossos servos e de toda a vossa família; dai-nos sempre a vossa paz, livrai-nos da condenação e acolhei-nos entre os vossos eleitos.

V. O Juízo Final


1038 A ressurreição de todos os mortos, “dos justos e dos injustos” (At 24,15), antecederá o Juízo Final. 

Este será “a hora em que todos os que repousam nos sepulcros ouvirão sua voz e sairão: os que tiverem feito o bem, para uma ressurreição de vida; os que tiverem praticado o mal, para uma ressurreição de julgamento” (Jo 5,28-29).

Então Cristo “virá em sua glória, e todos os anjos com Ele. (…) E serão reunidas em sua presença todas as nações, e Ele há de separar os homens uns dos outros, como o pastor separa as ovelhas dos cabritos, e por as ovelhas à sua direita e os cabritos à sua esquerda. (…) E irão estes para o castigo eterno, e os justos irão para a Vida Eterna” (Mt 25,31-33.46).

1039 É diante de Cristo – que é a Verdade – que será definitivamente desvendada a verdade sobre a relação de cada homem com Deus. O Juízo Final há de revelar até as últimas conseqüências o que um tiver feito de bem ou deixado de fazer durante sua vida terrestre:

Todo o mal que os maus praticam é registrado sem que o saibam. No dia em que “Deus não se calará” (Sl 50,3), voltar-se-á para os maus: 

“Eu havia”, dir-lhes-á, “colocado na terra meus pobrezinhos para vós. Eu, seu Chefe, reinava no céu à direita do meu Pai, mas na terra os meus membros passavam fome. Se tivésseis dado aos meus membros, vosso dom teria chegado até a Cabeça. Quando coloquei meus pobrezinhos na terra, os constituí meus tesoureiros para recolher vossas boas obras em meu tesouro; vós, porém, nada depositastes em suas mãos, razão por que nada possuís junto a mim”

1040 O Juízo Final acontecerá por ocasião da volta gloriosa de Cristo. Só o Pai conhece a hora e o dia desse Juízo, só Ele decide de seu advento. Por meio de seu Filho, Jesus Cristo, Ele pronunciará então sua palavra definitiva sobre toda a história. Conheceremos então o sentido último de toda a obra da criação e de toda a economia da salvação, e compreenderemos os caminhos admiráveis pelos quais sua providência terá conduzido tudo para seu fim último. O Juízo Final revelará que a justiça de Deus triunfa de todas as injustiças cometidas por suas criaturas e que seu amor é mais forte que a morte.

1041 A mensagem do Juízo Final é apelo à conversão enquanto Deus ainda dá aos homens “o tempo favorável, o tempo da salvação” (2Cor 6,2). O Juízo Final inspira o santo temor de Deus. Compromete com a justiça do Reino de Deus. Anuncia a “bem-aventurada esperança” (Tt 2,13) da volta do Senhor, que “virá para ser glorificado na pessoa de seus santos e para ser admirado na pessoa de todos aqueles que creram (2Ts 1,10).

VI. A esperança dos céus novos e da terra nova

1042 No fim dos tempos, o Reino de Deus chegará à sua plenitude. Depois do Juízo Universal, os justos reinarão para sempre com Cristo, glorificados em corpo e alma, e o próprio universo será renovado:

Então a Igreja será “consumada na glória celeste, quando chegar o tempo da restauração de todas as coisas, e com o gênero humano também o mundo todo, que está intimamente ligado ao homem e por meio dele atinge sua finalidade, encontrará sua restauração definitiva em Cristo”

1043 Esta renovação misteriosa, que há de transformar a humanidade e o mundo, a Sagrada Escritura a chama de “céus novos e terra nova” (2Pd 3,13). Ser a realização definitiva do projeto de Deus de “reunir, sob um só chefe, Cristo, todas as coisas, as que estão no céu e as que estão na terra” (Ef 1,10).

1044 Neste “universo novo”, a Jerusalém celeste, Deus terá sua morada entre os homens. “Enxugará toda lágrima de seus olhos, pois nunca mais haverá morte, nem luto, nem clamor, e nem dor haverá mais. Sim! As coisas antigas se foram!” (Ap 21,4).

1045 Para o homem, esta consumação será a realização última da unidade do gênero humano, querida por Deus desde a criação e da qual a Igreja peregrinante era “como o sacramento”. Os que estiverem unidos a Cristo formarão a comunidade dos remidos, a cidade santa de Deus (Ap 21,2), “a Esposa do Cordeiro” (Ap 21,9). Esta não será mais ferida pelo pecado, pelas impurezas, pelo amor-próprio, que destroem ou ferem a comunidade terrestre dos homens. A visão beatífica, na qual Deus se revelará de maneira inesgotável aos eleitos, será a fonte inexaurível de felicidade, de paz e de comunhão mútua.

1046 Quanto ao cosmos, a Revelação afirma a profunda comunidade de destino do mundo material e do homem:

Pois a criação em expectativa anseia pela revelação dos filhos de Deus (…) na esperança de ela também ser libertada da escravidão da corrupção (…). Pois sabemos que a criação inteira geme e sofre as dores de parto até o presente. E não somente ela, mas também nós, que temos as primícias do Espírito, gememos interiormente, suspirando pela redenção de nosso corpo (Rm 8,19-23).

1047 Também o universo visível está, portanto, destinado a ser transformado, “a fim de que o próprio mundo, restaurado em seu primeiro estado, esteja, sem mais nenhum obstáculo, a serviço dos justos”, participando de sua glorificação em Cristo ressuscitado.

1048 “Ignoramos o tempo da consumação da terra e da humanidade e desconhecemos a maneira de transformação do universo. Passa certamente a figura deste mundo deformada pelo pecado, mas aprendemos que Deus prepara uma nova morada e nova terra. Nela reinará a justiça, e sua felicidade irá satisfazer á e superar todos os desejos de paz que sobem aos corações dos homens.”

1049 “Contudo, a expectativa de uma terra nova, longe de atenuar, deve impulsionar em vós a solicitude pelo aprimoramento desta terra. Nela cresce o corpo da nova família humana que já pode apresentar algum esboço do novo século. Por isso, ainda que o progresso terrestre se deva distinguir cuidadosamente do aumento do Reino de Cristo, ele é de grande interesse para o Reino de Deus, na medida em que pode contribuir para melhor organizar a sociedade humana. “

1050 “Com efeito, depois que propagarmos na terra, no Espírito do Senhor e por ordem sua, os valores da dignidade humana, da humanidade fraterna e da liberdade, todos estes bons frutos da natureza e de nosso trabalho, nós os encontraremos novamente, limpos, contudo, de toda impureza, iluminados e transfigurados, quando Cristo entregar ao Pai o reino eterno e universal. Deus será, então, “tudo em todos” (1 Cor 15,28), na Vida Eterna:

A vida, em sua própria realidade e verdade, é o Pai que, pelo Filho e no Espírito Santo, derrama sobre todos, sem exceção, dons celestes. Graças à sua misericórdia também nós, os homens, recebemos a promessa indefectível (certa) da Vida Eterna.

RESUMINDO

1051 Cada homem, em sua alma imortal, recebe sua retribuição eterna a partir de sua morte, em um Juízo Particular feito por Cristo, juiz dos vivos e dos mortos.

1052 “Cremos que as almas de todos os que morrem na graça de Cristo constituem o povo de Deus para além da morte, a qual será definitivamente vencida no dia da ressurreição, quando essas almas serão novamente unidas a seus corpos.”

1053 “Cremos que a multidão daquelas que estão reunidas em torno de Jesus e de Maria no paraíso forma a Igreja do Céu, onde na beatitude eterna vêem a Deus tal como Ele é, e onde estão também, em graus diversos, associadas com os santos anjos ao governo divino exercido pelo Cristo na glória, intercedendo por nós e ajudando nossa fraqueza por sua solicitude fraterna.”

1054 Os que morrem na graça e na amizade de Deus, mas não estão totalmente purificados, embora seguros de sua salvação eterna, passam depois de sua morte por uma purificação, afim de obter a santidade necessária para entrar na alegria de Deus.

1055 Em virtude da “comunhão dos santos”, a Igreja recomenda os defuntos à misericórdia de Deus e oferece em favor deles sufrágios (orações), particularmente o Santo Sacrifício Eucarístico (SANTA MISSA).

O sacrifício da Missa em sufrágio dos defuntos é oferecido para que Deus lhes perdoe os pecados, concedendo-lhes a paz beatificante.

É por isso que, ainda hoje, em todas as Orações Eucarísticas, temos o "momento dos mortos"; em que a Santa Missa é oferecida pela sua purificação. A Igreja ensina que no momento dos mortos se comemoram "todos os que, dentre nós, adormeceram nos anos passados. Acreditamos que será de grande utilidade para as almas, por quem a súplica é feita, no momento em que se realiza o Santo sacrifício".

1056 Seguindo o exemplo de Cristo, a Igreja adverte os fiéis acerca da “triste e lamentável realidade da morte eterna, denominada também de “inferno”.

1057 A pena principal do inferno consiste na separação eterna de Deus, o único em quem o homem pode ter a vida e a felicidade para as quais foi criado e às quais aspira.

1058 A Igreja ora para que ninguém se perca: “Senhor, não permitais que eu jamais seja separado de vós” Se é verdade que ninguém pode salvar-se a si mesmo, também é verdade que “Deus quer que todos sejam salvos” (1 Tm 2,4), e que para Ele “tudo é possível” (Mt 10,26).

1059 “A Santíssima Igreja Romana crê e confessa firmemente que no dia do juízo todos os homens comparecerão com seu próprio corpo diante do tribunal de Cristo para dar contas de seus próprios atos.”

1060 No fim dos tempos, o Reino de Deus chegará à sua plenitude. Então, os justos reinarão com Cristo para sempre, glorificados em corpo e alma, e o próprio universo material será transformado. Então Deus será “tudo em todos” (1 Cor 15,28), na Vida Eterna.

É importante que o leitor entenda que a Palavra de Deus não é a Bíblia, mas a Bíblia é a Palavra de Deus, porque ela é infalivelmente inspirada. Talvez assuste ouvir isso, mas essa é uma premissa fundamental para entender a fé da Igreja. A Palavra de Deus é o Verbo eterno do Pai que Se encarnou no ventre da Virgem Maria. Portanto, a Palavra eterna é Pessoa Divina e por mais sagrado e inspirado que seja um livro, ele não pode conter toda a Palavra.

Por isso mesmo que no final do seu evangelho São João afirma:

“Jesus fez muitas outras coisas. Se fossem escritas uma por uma, penso que nem o mundo inteiro poderia conter os livros que se deveriam escrever” (Jo 21, 25).


Então, muitas coisas que Jesus ensinou não foram escritas, mas foram ensinadas e vividas; e essas coisas constituem a Tradição da Igreja.


Por isso diz o Catecismo da Igreja Católica:


"Todavia, a fé cristã não é uma ‘religião do Livro’. O cristianismo é a religião da Palavra de Deus, ‘não de um verbo escrito e mudo, mas do Verbo encarnado e vivo’. Para que as Escrituras não permaneçam letra morta, é preciso que Cristo, Palavra eterna de Deus vivo, pelo Espírito Santo nos 'abra o espírito à compreensão das Escrituras' Lc 24, 45” (CIgC 108)."


Por que se rezam Missas pelos fiéis defuntos?

IGMR Nº 379
Capítulo VIII: Missas e Orações para diversas circunstâncias e missas de defuntos, Instrução Geral do Missal Romano - IGMR.



II. Missas de defuntos (
Missa de Réquiem )

(Réquiem é um tipo de missa especial celebrada pelas igrejas cristãs em homenagem aos mortos.)

379. A Igreja oferece pelos defuntos o sacrifício eucarístico da Páscoa de Cristo, a fim de que, pela mútua comunhão entre todos os membros do Corpo de Cristo, se alcance para uns o auxílio espiritual e para outros consolação e esperança.

380. Entre as Missas de defuntos está em primeiro lugar a Missa exequia
l (são ritos e orações com os quais a comunidade cristã acompanha seus mortos e os encomenda a Deus), que pode celebrar-se todos os dias, exceto nas solenidades de preceito, na Quinta-Feira da Semana Santa, no Tríduo Pascal e nos domingos do Advento, Quaresma e Tempo Pascal, observando, além disso, o que deve ser observado segundo as normas do direito.

381. A Missa de defuntos «depois de recebida a notícia da morte» de uma pessoa, ou no dia da sepultura definitiva ou no primeiro aniversário, pode celebrar-se também nos dias dentro da Oitava do Natal, nos dias em que ocorre uma memória obrigatória ou uma féria, que não seja Quarta-Feira de Cinzas nem Semana Santa. 

As outras Missas de defuntos, isto é, as Missas «quotidianas», podem celebrar-se nos dias feriais do Tempo Comum em que ocorre uma memória facultativa ou se diz o Ofício da féria, contanto que sejam efetivamente aplicadas pelos defuntos.

A Missa

A Missa é o ato de culto mais importante que existe na face da Terra. Ela é, portanto, aquilo que há de mais importante. É da Santa Missa que nos vêm todas as graças que recebemos. A Santa Missa é a renovação incruenta —sem sangue nem qualquer outro tipo de sofrimento —do Sacrifício do Calvário.

Na cruz, Nosso Senhor Jesus Cristo se ofereceu em sacrifício à Santíssima Trindade. E esse sacrifício tem um valor infinito, pois Jesus Cristo é verdadeiramente Deus e verdadeiramente homem. No sacrifício da cruz, Nosso Senhor era sacerdote e vítima. Sacerdote sem mácula, infinitamente santo, mediador perfeito entre Deus e os homens. Vítima também perfeita, obedecendo até a morte e morte de cruz para nos salvar. 

Na cruz, Cristo adorou perfeitamente à Santíssima Trindade. 
Na cruz, Cristo realizou uma ação de graças perfeita à Santíssima Trindade. 
Na cruz, Cristo obteve para nós o perdão dos nossos pecados, satisfazendo por eles com seus sofrimentos, mas sobretudo com sua caridade perfeita para com Deus e para com os homens. 
Na Cruz, Cristo nos alcançou da Santíssima Trindade, com seu mérito sem medida, todas as graças que precisamos para nos salvar.

É pela Missa que podemos nos unir ao Sacrifício de Cristo no Calvário, pois a Missa é a renovação desse único e definitivo sacrifício. Tudo o que Cristo fez na cruz nos é aplicado pela Santa Missa. 

O sacrifício de Cristo na Missa é renovado no momento da consagração, momento mais importante da Missa. 

É pela Santa Missa, portanto, que podemos adorar a Deus perfeitamente. 
É por ela que podemos agradecer a Deus perfeitamente por todos os benefícios que nos faz com sua caridade infinita. 
É por ela que podemos pedir e obter todas as graças que precisamos para nos salvar. 
É por ela que alcançamos o arrependimento dos nossos pecados e somos levados à confissão.

A Santa Missa tem um valor infinito. 

É graças à Santa Missa que podemos ir para o céu. 

Que devoção devemos ter pela Santa Missa! 
Podemos, assim, compreender porque a Igreja nos pede para ir à Santa Missa todos os domingos sob pena de falta grave. Não deixemos jamais de assistir à Missa sem ter uma causa grave para tanto. 
Ela é o ato de culto mais perfeito e mais agradável que podemos oferecer a Deus e é o ato que mais nos traz benefícios. 
Para assistir à Missa com frutos, isto é, para agradar verdadeiramente a Deus e obter tantas graças e o arrependimento de nossos pecados, devemos nos oferecer nós mesmos inteiramente a Nosso Senhor pelas mãos de Maria Santíssima.

Devemos oferecer todos os nossos sofrimentos e alegrias, nossa inteligência, nossa vontade, tudo. Eis a união perfeita ao Sacrifício de nosso Salvador. E na Missa, devemos pedir não só por nós, mas também pela conversão dos pecadores, pela perseverança dos justos e pelo alívio das almas do purgatório. 

A verdadeira participação na Missa consiste não em falar o tempo todo, bater palmas ou outras atividades exteriores, mas sim em oferecer-se inteiramente a Deus, unindo-se ao Sacrifício de Cristo renovado sobre o altar, imitando o exemplo de Nossa Senhora no Calvário.


As 7 dores de Nossa Senhora


MARIA, “A MÃE DE JESUS ESTAVA JUNTO À CRUZ” (Jo 19,25)


A quaresma é um tempo forte de oração, para alcançarmos a conversão e a Vida Nova em Cristo. De maneira especial de mergulharmos no Mistério da Paixão do Senhor. Vamos rezar com Nossa Senhora as dores da Paixão, pois ela é co-redentora no mistério da Salvação. Costuma a piedade cristã venerar as 7 (sete) dores de Maria Santíssima, que são:

​1. A profecia de Simeão sobre Jesus. (Lc 2, 34-35)

2. A perseguição de Herodes e a fuga da Sagrada Família para o Egito. (Mt 2, 13-21)

3. A perda do Menino Jesus no Templo de Jerusalém durante três dias. (Lc 2, 41-51)

4. O encontro admirável de Maria com Seu Filho Jesus carregando a Cruz, no caminho para o Calvário. (Lc 2, 41-51)

5. Maria observando o sofrimento e a morte de Jesus na cruz. (Jo 19, 25-27)

6. Maria recebe em seus braços o corpo do seu filho morto tirado da cruz. (Mt 27, 55-61)

7. Maria observa quando depositaram o corpo de Jesus no sepulcro, ficando Ela em triste solidão. (Lc 23, 55-56)

QUARTA DOR – JESUS ENCONTRA SUA MÃE NO CAMINHO PARA O CALVÁRIO

Amados filhos, contemplai e vede se há dor semelhante a esta minha, quando me encontrei com meu divino Filho no caminho do Calvário, carregando uma pesada cruz e insultado como se fosse um criminoso.

'É preciso que o Filho de Deus seja esmagado para abrir as portas da mansão da paz!' Lembrei-Me de suas palavras e aceitei a vontade do Altíssimo, que sempre foi a minha força em horas tão cruéis como esta.

Ao encontrá-lo, seus olhos me fitaram e me fizeram compreender a dor de sua alma. Não pôde Me dizer palavra, porém me fizeram compreender que era necessário que unisse a minha à Sua grande dor. Amados meus, a união de nossa grande dor neste encontro tem sido a força de tantos mártires e de tantas mães aflitas!

Almas que temeis o sacrifício, aprendei aqui neste encontro a submeter-vos à vontade de Deus, como Eu e meu Filho nos submetemos! Aprendei a calar-vos nos vossos sofrimentos. No nosso silêncio, nesta dor imensa armazenamos para vós riquezas imensuráveis! As vossas almas hão de sentir a eficácia desta riqueza na hora em que, abatidos pela dor, recorrerdes a Mim, fazendo a meditação deste encontro dolorosíssimo. O valor do nosso silêncio se converte em força para as almas aflitas, quando nas horas difíceis souberem recorrer à meditação desta dor.

Amados filhos, como é precioso o silêncio nas horas de sofrimentos! Há almas que não sabem sofrer uma dor física, uma tortura de alma em silêncio; desejam logo contá-la para que todos o lastimem! Meu Filho e Eu tudo suportamos em silêncio por amor a Deus!

Almas queridas, a dor humilha e é na santa humildade que Deus edifica! Sem a humildade, trabalhareis em vão; vede pois como a dor é necessária para a vossa santificação.

Aprendei a sofrer em silêncio, como Eu e Jesus sofremos neste doloroso encontro no caminho do Calvário.





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Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas.

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