quarta-feira, 23 de fevereiro de 2022

GÊNESIS - PRINCÍPIO



GÊNESIS 1

NO PRINCÍPIO


1 No princípio, Deus criou o céu e a terra. 
2 A terra estava deserta e vazia, as trevas cobriam o abismo e o Espírito de Deus pairava sobre as águas. 
3 Deus disse: “Faça-se a luz”! E a luz se fez. 
4 Deus viu que a luz era boa. Deus separou a luz das trevas. 
5 À luz Deus chamou “dia” e às trevas chamou “noite”. Houve uma tarde e uma manhã: o primeiro dia. 
6 Deus disse: “Faça-se um firmamento entre as águas, separando umas das outras”. 7 E Deus fez o firmamento. Separou as águas debaixo do firmamento, das águas acima do firmamento. E assim se fez. 
8 Ao firmamento Deus chamou “céu”. Houve uma tarde e uma manhã: o segundo dia. 
9 Deus disse: “Juntem-se num único lugar as águas que estão debaixo do céu, para que apareça o solo firme”. E assim se fez. 
10 Ao solo firme Deus chamou “terra” e ao ajuntamento das águas, “mar”. E Deus viu que era bom. 
11 Deus disse: “A terra faça brotar vegetação: plantas, que dêem semente, e árvores frutíferas, que dêem fruto sobre a terra, tendo em si a semente de sua espécie”. E assim se fez. 
12 A terra produziu vegetação: plantas, que dão a semente de sua espécie, e árvores, que dão seu fruto com a semente de sua espécie. E Deus viu que era bom. 
13 Houve uma tarde e uma manhã: o terceiro dia. 
14 Deus disse: “Façam-se luzeiros no firmamento do céu, para separar o dia da noite. Que sirvam de sinais para marcar as festas, os dias e os anos. 
15 E, como luzeiros no firmamento do céu, sirvam para iluminar a terra”. E assim se fez. 
16 Deus fez os dois grandes luzeiros, o luzeiro maior para presidir ao dia e o luzeiro menor para presidir à noite, e também as estrelas. 
17 Deus colocou-os no firmamento do céu para iluminar a terra, 
18 presidir ao dia e à noite e separar a luz das trevas. E Deus viu que era bom. 
19 Houve uma tarde e uma manhã: o quarto dia. 
20 Deus disse: “Fervilhem as águas de seres vivos e voem pássaros sobre a terra, debaixo do firmamento do céu”. 
21 Deus criou os grandes monstros marinhos e todos os seres vivos que nadam fervilhando nas águas, segundo suas espécies, e todas as aves segundo suas espécies. E Deus viu que era bom. 
22 Deus os abençoou, dizendo: “Sede fecundos, multiplicai-vos e enchei as águas do mar, e que as aves se multipliquem sobre a terra”. 
23 Houve uma tarde e uma manhã: o quinto dia. 
24 Deus disse: “Produza a terra seres vivos segundo suas espécies,animais domésticos, animais pequenos e animais selvagens, segundo suas espécies”. E assim se fez. 
25 Deus fez os animais selvagens segundo suas espécies, os animais domésticos segundo suas espécies e todos os animais pequenos do chão segundo suas espécies. E Deus viu que era bom. 
26 Deus disse: “Façamos o ser humano à nossa imagem e segundo nossa semelhança, para que domine sobre os peixes do mar, as aves do céu, os animais domésticos, todos os animais selvagens e todos os animais que se movem pelo chão”. 
27 Deus criou o ser humano à sua imagem, à imagem de Deus o criou. Homem e mulher ele os criou. 
28 E Deus os abençoou e lhes disse: “Sede fecundos e multiplicai-vos, enchei a terra e submetei-a! Dominai sobre os peixes do mar, as aves do céu e todos os animais que se movem pelo chão”. 
29 Deus disse: “Eis que vos dou, sobre toda a terra, todas as plantas que dão semente e todas as árvores que produzem seu fruto com sua semente, para vos servirem de alimento. 
30 E a todos os animais da terra, a todas as aves do céu e a todos os animais que se movem pelo chão, eu lhes dou todos os vegetais para alimento”. E assim se fez. 
31 E Deus viu tudo quanto havia feito, e era muito bom. Houve uma tarde e uma manhã: o sexto dia.


GÊNESIS 2

O ser humano

1 Assim foram concluídos o céu e a terra com todos os seus elementos. 
2 No sétimo dia, Deus concluiu toda a obra que tinha feito; e no sétimo dia repousou de toda a obra que fizera. 
3 Deus abençoou o sétimo dia e o santificou, pois nesse dia Deus repousou de toda a obra da criação. 
4 Essa é a história da criação do céu e da terra.Quando o Senhor Deus fez a terra e o céu, 
5 ainda não havia nenhum arbusto do campo sobre a terra e ainda não tinha brotado a vegetação, porque o Senhor Deus ainda não tinha enviado chuva sobre a terra, e não havia ninguém para cultivar o solo. 
6 Mas brotava da terra uma fonte, que lhe regava toda a superfície. 
7 Então o Senhor Deus formou o ser humano com o pó do solo, soprou-lhe nas narinas o sopro da vida, e ele tornou-se um ser vivente. 
8 Depois, o Senhor Deus plantou um jardim em Éden, a oriente, e pôs ali o homem que havia formado. 
9 E o Senhor Deus fez brotar do solo toda sorte de árvores de aspecto atraente e de fruto saboroso, e, no meio do jardim, a árvore da vida e a árvore do conhecimento do bem e do mal. 
10 De Éden nascia um rio que irrigava o jardim e, de lá, se dividia em quatro braços. 11 O primeiro chamava-se Fison; ele banha toda a terra de Hévila, onde se encontra o ouro, 
12 um ouro muito puro, como também o bdélio e a pedra de ônix. 
13 O nome do segundo rio é Geon, o rio que banha toda a terra de Cuch. 
14 O nome do terceiro rio é Tigre. Corre a oriente da Assíria. E o quarto rio é o Eufrates. 
15 O Senhor Deus tomou o homem e o colocou no jardim de Éden, para o cultivar e guardar. 
16 O Senhor Deus deu-lhe uma ordem, dizendo: “Podes comer de todas as árvores do jardim. 
17 Mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não deves comer, porque, no dia em que dele comeres, com certeza morrerás”. 
18 E o Senhor Deus disse: “Não é bom que o homem esteja só. Vou fazer-lhe uma auxiliar que lhe corresponda”. 
19 Então o Senhor Deus formou da terra todos os animais selvagens e todas as aves do céu, e apresentou-os ao homem para ver como os chamaria; cada ser vivo teria o nome que o homem lhe desse. 
20 E o homem deu nome a todos os animais domésticos, a todas as aves do céu e a todos os animais selvagens, mas não encontrou uma auxiliar que lhe correspondesse. 
21 Então o Senhor Deus fez vir sobre o homem um profundo sono, e ele adormeceu. Tirou-lhe uma das costelas e fechou o lugar com carne. 
22 Depois, da costela tirada do homem, o Senhor Deus formou a mulher e apresentou-a ao homem. 
23 E o homem exclamou: “Desta vez sim, é osso dos meus ossos e carne da minha carne! Ela será chamada ‘humana’ porque do homem foi tirada”. 
24 Por isso deixará o homem o pai e a mãe e se unirá à sua mulher, e eles serão uma só carne. 
25 O homem e sua mulher estavam nus, mas não se envergonhavam.


GÊNESIS 3

O pecado

1 a serpente era o mais astuto de todos os animais selvagens que o Senhor Deus tinha feito. Ela disse à mulher: “É verdade que Deus vos disse: ‘Não comais de nenhuma das árvores do jardim?’” 

"A serpente era a criatura mais astuta das criações de Deus, e com suas palavras soube seduzir a humanidade "

2 A mulher respondeu à serpente: “Nós podemos comer do fruto das árvores do jardim. 
3 Mas do fruto da árvore que está no meio do jardim, Deus nos disse: ‘Não comais dele nem sequer o toqueis, do contrário morrereis’”. 
4 Mas a serpente respondeu à mulher: “De modo algum morrereis. 
5 Pelo contrário, Deus sabe que, no dia em que comerdes da árvore, vossos olhos se abrirão, e sereis como Deus, conhecedores do bem e do mal”. 
6 A mulher viu que seria bom comer da árvore, pois era atraente para os olhos e desejável para obter conhecimento. Colheu o fruto, comeu dele e o deu ao marido a seu lado, que também comeu. 

"Os olhos do entendimento se abriram, o entendimento do bem e do mal, isso por que o homem comeu do fruto da arvore, ele já não era mais inocente"

7 Então os olhos de ambos se abriram, e, como reparassem que estavam nus, teceram para si tangas com folhas de figueira. 
8 Quando ouviram o ruído do Senhor Deus, que passeava pelo jardim à brisa da tarde, o homem e a mulher esconderam-se do Senhor Deus no meio das árvores do jardim. 
9 Mas o Senhor Deus chamou o homem e perguntou: “Onde estás?” 
10 Ele respondeu: “Ouvi teu ruído no jardim. Fiquei com medo, porque estava nu, e escondi-me”. 
11 Deus perguntou: “E quem te disse que estavas nu? Então comeste da árvore, de cujo fruto te proibi comer?” 
12 O homem respondeu: “A mulher que me deste por companheira, foi ela que me fez provar do fruto da árvore, e eu comi”. 
13 Então o Senhor Deus perguntou à mulher: “Por que fizeste isso?” E a mulher respondeu: “A serpente enganou-me, e eu comi”. 

"Adão e Eva desobedeceram a Deus. Esse terrível ato do primeiro casal também é chamado de Pecado Original, visto que foi nesse momento que o pecado contaminou a humanidade e causou a separação entre Deus e o homem."

14 E o Senhor Deus disse à serpente: “Porque fizeste isso, serás maldita entre todos os animais domésticos e entre todos os animais selvagens. Rastejarás sobre teu ventre e comerás pó todos os dias de tua vida. 
15 Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e a dela. Esta te ferirá a cabeça e tu lhe ferirás o calcanhar”. 

16 À mulher ele disse: “Multiplicarei os sofrimentos de tua gravidez. Entre dores darás à luz os filhos. Teus desejos te arrastarão para teu marido, e ele te dominará”. 

17 Ao homem ele disse: “Porque ouviste a voz da tua mulher e comeste da árvore, de cujo fruto te proibi comer, amaldiçoado será o solo por tua causa. Com sofrimento tirarás dele o alimento todos os dias de tua vida. 
18 Ele produzirá para ti espinhos e ervas daninhas, e tu comerás das ervas do campo. 
19 Comerás o pão com o suor do teu rosto, até voltares ao solo, do qual foste tirado. Porque tu és pó e ao pó hás de voltar”. 

20 O homem chamou à sua mulher “Eva”, porque ela se tornou a mãe de todos os viventes. 
21 E o Senhor Deus fez para o homem e sua mulher roupas de pele com as quais os vestiu. 
22 Então o Senhor Deus disse: “Eis que o homem tornou-se como um de nós, capaz de conhecer o bem e o mal. Não ponha ele agora a mão na árvore da vida, para dela comer e viver para sempre”. 
23 E o Senhor Deus o expulsou do jardim de Éden, para que cultivasse o solo do qual fora tirado. 
24 Tendo expulso o ser humano, postou a oriente do jardim de Éden os querubins, com a espada fulgurante a cintilar, para guardarem o caminho da árvore da vida.


Entender o principio da 
CRIAÇÃO, é algo fundamental para a compreensão do restante das Escrituras, sobretudo o plano de redenção com o sacrifício de Jesus no Calvário. Além disso, explica perfeitamente a situação atual em que a humanidade se encontra.

O homem foi criado para ser feliz, adorar a Deus e nunca morrer. Deus lhe deu autonomia sobre os animais e mandou cuidar bem de toda a terra e nela produzir o seu sustento.
Ao homem estava ordenado comer os frutos de todas as árvores, menos da árvore do conhecimento do bem e do mal, para que não morresse.

A desobediência separa o homem de Deus

Viviam o homem e a mulher desfrutando de todas as maravilhas que Deus lhes deu. Felizes, alegres, cantando e se divertindo. Ao final de cada tarde, se encontravam com Deus e o adoravam.

Até que um dia, cedendo à tentação provocada pela serpente a serviço de Satanás, a mulher deixou entrar o pecado da cobiça no seu coração, não resistindo ao desejo de experimentar do fruto que Deus havia ordenado que não comessem. A mulher, então, desobedecendo à ordem de Deus, comeu do fruto e induziu o seu marido ao mesmo erro e este também comeu.

Que decepção para Deus! Que castigo para o homem, que transgredindo a ordem do Senhor, perdeu tudo: A boa vida que levava, a presença de Deus e a vida eterna.

Naquele dia, mudou a rotina e o relacionamento do homem com Deus. 

Homem e mulher sentiram vergonha; e ao invés de irem ao encontro de Deus como de costume, tentaram esconder-se de Deus: 

GÊNESIS 3:8 Quando ouviram o ruído do Senhor Deus, que passeava pelo jardim à brisa da tarde, o homem e a mulher esconderam-se do Senhor Deus no meio das árvores do jardim. 


Qual a definição de pecado? Deus odeia o pecado?

O pecado é descrito na Bíblia como transgressão à lei de Deus:

1 João 3:4 
Todo aquele que pratica o pecado transgride a Lei; de fato, o pecado é a transgressão da Lei.


e rebelião contra Deus:

Deuteronômio 9:7
“Lembrem-se disto e jamais esqueçam como vocês provocaram a ira do SENHOR, o seu Deus, no deserto. Desde o dia em que saíram do Egito até chegarem aqui, vocês têm sido rebeldes contra o SENHOR.

O pecado teve seu começo com Lúcifer, a “estrela brilhante, o filho da manhã”, o mais belo e poderoso dos anjos. Não satisfeito de ser tudo isto, ele desejou ser o Deus altíssimo e esta foi sua queda e o começo do pecado:

Isaías 14:12-15

Então! Caíste dos céus, astro brilhante, filho da aurora! Então! Foste abatido por terra, tu que prostravas as nações!
Tu dizias: Escalarei os céus e erigirei meu trono acima das estrelas. Assentar-me-ei no monte da assembléia, no extremo norte.
Subirei sobre as nuvens mais altas e me tornarei igual ao Altíssimo.
E, entretanto, eis que foste precipitado à morada dos mortos, ao mais profundo abismo.

Renomeado Satanás, ele trouxe o pecado à raça humana no Jardim do Éden, onde ele tentou Adão e Eva com a mesma fascinação: “sereis como Deus”. 

Gênesis 3 descreve a rebelião de Adão e Eva contra Deus e contra Seus mandamentos. Desde este tempo, o pecado tem sido passado através de todas as gerações da espécie humana e nós, descendentes de Adão, herdamos dele o pecado: 

Romanos 5:12-21


12Portanto, da mesma forma como o pecado entrou no mundo por um homem, e pelo pecado a morte, assim também a morte veio a todos os homens, porque todos pecaram;
13pois antes de ser dada a Lei, o pecado já estava no mundo. Mas o pecado não é levado em conta quando não existe lei.
14Todavia, a morte reinou desde o tempo de Adão até o de Moisés, mesmo sobre aqueles que não cometeram pecado semelhante à transgressão de Adão, o qual era um tipo daquele que haveria de vir.
15Entretanto, não há comparação entre a dádiva e a transgressão. De fato, muitos morreram por causa da transgressão de um só homem, mas a graça de Deus, isto é, a dádiva pela graça de um só, Jesus Cristo, transbordou ainda mais para muitos.
16Não se pode comparar a dádiva de Deus com a consequência do pecado de um só homem: por um pecado veio o julgamento que trouxe condenação, mas a dádiva decorreu de muitas transgressões e trouxe justificação.
17Se pela transgressão de um só a morte reinou por meio dele, muito mais aqueles que recebem de Deus a imensa provisão da graça e a dádiva da justiça reinarão em vida por meio de um único homem, Jesus Cristo.
18Consequentemente, assim como uma só transgressão resultou na condenação de todos os homens, assim também um só ato de justiça resultou na justificação que traz vida a todos os homens.
19Logo, assim como por meio da desobediência de um só homem muitos foram feitos pecadores, assim também por meio da obediência de um único homem muitos serão feitos justos.
20A Lei foi introduzida para que a transgressão fosse ressaltada. Mas onde aumentou o pecado transbordou a graça,
21a fim de que, assim como o pecado reinou na morte, também a graça reine pela justiça para conceder vida eterna, mediante Jesus Cristo, nosso Senhor.
porque “o salário do pecado é a morte” :

(Romanos 6:23).

Pois o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor.

Através de Adão, a inclinação inerente ao pecado entrou na raça humana e os seres humanos se tornaram pecadores por natureza. Quando Adão pecou, sua natureza interior foi transformada por seu pecado de rebelião, trazendo a ele morte espiritual e depravação, que seriam passadas a todos os seus descendentes. 

Os humanos se tornaram pecadores não porque tenham pecado, mas pecaram porque já eram pecadores. Esta é a condição conhecida como pecado herdado. Assim como herdamos características físicas de nossos pais, herdamos nossas naturezas pecaminosas de Adão. O Rei Davi lamentou sua condição de natureza humana decaída em:

Salmos 51:5

“Eis que em iniqüidade fui formado, e em pecado me concebeu minha mãe.”

Como acontece o PECADO?

-Primeiramente vem a sugestão para duvidar da Palavra de Deus.
-Depois aconteceu o famoso “isto não tem problema”, onde a Palavra de Deus foi desacreditada.
-Como consequência, a autossuficiência tomou o coração do homem, resultando, por último, na desobediência.

Perceba que a sequencia da tentação foi basicamente a mesma de qualquer pecado que é cometido atualmente. Sob esse aspecto, é fácil perceber que o pecado já havia dominado Eva antes mesmo de ela comer o fruto. 

Ao estender as mãos em direção ao fruto, com a intenção que havia em seu coração, Eva, naquele momento, já era uma pecadora. Ao comer o fruto, o pecado foi apenas consumado.

Eva não resistiu a tentação da serpente. Ela comeu do fruto da árvore do conhecimento. Por fim, Eva também deu do fruto a seu marido. 

O comportamento do primeiro casal caracterizou o típico comportamento do pecador. 

Adão tentou colocar a culpa no próprio Deus, e, consequentemente, na mulher. Ele disse: 

“A mulher que me deste por companheira, foi ela que me fez provar do fruto da árvore, e eu comi”. 

Eva, por sua vez, jogou a culpa na serpente:

“A serpente enganou-me, e eu comi”.  

Esse comportamento ainda continua o mesmo, pois sempre tentamos buscar justificativas para nossos erros. 

Precisamos aprender que Deus perdoa pecados e não justificativas.






sexta-feira, 11 de fevereiro de 2022

O Poder da Oração



Mateus 21:18-22

A figueira mirra

18De manhã cedo, quando voltava para a cidade, Jesus teve fome.
19Vendo uma figueira à beira do caminho, aproximou-se dela, mas nada encontrou, a não ser folhas. Então lhe disse: "Nunca mais dê frutos!" Imediatamente a árvore secou.
20Ao verem isso, os discípulos ficaram espantados e perguntaram: "Como a figueira secou tão depressa?"
21Jesus respondeu: "Eu asseguro que, se vocês tiverem fé e não duvidarem, poderão fazer não somente o que foi feito à figueira, mas também dizer a este monte: 'Levante-se e atire-se no mar', e assim será feito.
22E tudo o que pedirem em oração, se crerem, vocês receberão".

Quando Jesus disse “em oração”, quis dizer, em comunhão, em um relacionamento de intimidade com o Pai e com o Filho.

Quando temos intimidade com alguém conhecemos suas vontades.

Quantas pessoas pedem coisas a Deus?
Mas,  não praticam uma atitude concreta de fé! 
Muitas, e é por isso que nunca recebem!

Portanto, quando pedirmos algo a Deus em COMUNHÃO com Ele, proporcionada pela vida de oração e CRENDO, que consiste em atitudes de fé, com certeza, TUDO o que pedirmos receberemos, conforme a sua vontade e não a nossa!

Quando iniciamos uma vida de oração, descobrimos, que a felicidade vem do amor de Deus por nós. E tem uma frase que DIZ TUDO "QUEM AMA CUIDA".

Nossa vida de fé é um caminho que a cada dia vai sendo trilhado no contato amoroso com Deus. Quando deixamos de orar, nossa alma desfalece e nossa fé diminui. 

Quanto mais rezamos mais estamos unidos a Deus e maiores serão os efeitos da oração em nossa vida.

Quem busca forças na oração renova-se diariamente. Por isso, é indispensável   ter uma vida de oração para a nossa saúde espiritual, como o alimento é para o nosso corpo. Nossa alma se alimenta daquilo que a ela oferecemos.

Uma pessoa fortalecida pela oração, supera com Deus, as dificuldades da vida, e, mesmo que os problemas sejam enormes e causem medo, a pessoa tem a certeza de que não está sozinha, porque Jesus está sempre presente.

Orar é colocar-se em diálogo íntimo e profundo com Deus. Quando oramos, nosso coração se une espiritualmente ao coração do Pai. E, neste encontro profundo, mergulhamos na misericórdia do Senhor.

Alinhado aos ensinamentos da Igreja, padre Alírio José Pedrini, Dehoniano, autor de vários livros relacionados à oração, explica que a oração é o relacionamento de uma pessoa humana com o seu Deus. "Um relacionamento que vem do falar com Deus, adorar, louvar, glorificar, bendizer e exaltar a Deus. Ao mesmo tempo, consiste em ouvir a Deus, com o silêncio do coração, através da leitura da Sagrada Escritura. Toda essa comunicação é a oração", diz o padre.

“Eu poderia dizer que, diante da oração, Deus sempre diz sim. Algumas vezes ele diz: sim, já! E a graça acontece logo. Outras vezes, Deus diz: sim, mas não agora! Eu vou lhe dar no tempo certo. Em outra oportunidade, Deus diz: Sim, mas não o que você pede! Vou lhe dar outra coisa melhor para você", explicou.

O sacerdote esclarece que a oração é sempre ouvida e atendida por Deus, mas é preciso ficar atento à sua eficácia. Padre Alírio afirma que não existe oração "fraca", a oração é "sempre poderosa porque ela significa relacionamento com Deus que é todo-poderoso.”

No entanto, explica padre Alírio, a eficácia na oração depende do estado de espírito da pessoa que reza, da fé que ela tem no Deus verdadeiro e, ao mesmo tempo, a confiança na providência divina. "Às vezes, alguém pode colocar na oração determinados pedidos que não seria para o seu próprio bem, então, Deus atende aquilo que seja necessário para a pessoa."

"A oração é um conforto muito grande, até para quem perdeu a esperança, porque, tomada pelo poder da oração, ela irá renascer, reencontrar o amor de DEUS, que é o que importa nesta vida"

Passagens da Bíblia sobre o Amor de Deus:

“Todavia, Deus, que é rico em misericórdia, pelo grande amor com que nos amou, deu-nos vida com Cristo quando ainda estávamos mortos em transgressões – pela graça vocês são salvos.” (Efésios 2:4-5).

“Mas Deus demonstra seu amor por nós: Cristo morreu em nosso favor quando ainda éramos pecadores.” (Romanos 5:8)

“Nisto se manifestou o amor de Deus para conosco: que Deus enviou seu Filho unigênito ao mundo, para que por ele vivamos.” (1 João 4:9)

“Deem graças ao Senhor, porque ele é bom.
O seu amor dura para sempre!” (Salmos 136:1)

“Nisto está o amor, não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou a nós, e enviou seu Filho para propiciação pelos nossos pecados.” (1 João 4:10)

“Pois estou convencido de que nem morte nem vida, nem anjos nem demônios, nem o presente nem o futuro, nem quaisquer poderes, nem altura nem profundidade, nem qualquer outra coisa na criação será capaz de nos separar do amor de Deus que está em Cristo Jesus, nosso Senhor.”(Romanos 8:38-39)

"Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna." (Jo: 3:16).

"O Senhor é compassivo e misericordioso,
mui paciente e cheio de amor." (Salmos 103:8)


quinta-feira, 10 de fevereiro de 2022

Calendário liturgico


CICLO DO NATAL -  ADVENTO

Papa Francisco: “O Advento é o tempo favorável para rezar com mais intensidade, para reservar à vida espiritual o lugar importante que lhe compete”.



Com o Advento, a Igreja inicia o novo ano litúrgico. Advento significa “chegada” e é o tempo santo de preparação para o Natal de Jesus.

São quatro semanas nas quais somos convidados a esperar Jesus que vem.
Por isso é um tempo de preparação e de alegre espera do Senhor.
Nas duas primeiras semanas do advento, a liturgia nos convida a vigiar e esperar a vinda gloriosa do Salvador. (FIM DOS TEMPOS)

Nas duas últimas, lembrando a espera dos profetas e de Maria, nos preparamos mais especialmente para celebrar o nascimento de Jesus em Belém. (O NASCIMENTO DE JESUS)





COROA DO ADVENTO

A guirlanda da Coroa do Advento

As velas são colocadas em uma guirlanda redonda, pois representa o amor de Deus que é infinito, assim como em um círculo você não encontra seu início e seu fim. Além do mais como no círculo não existem lados diferentes representa que o amor de Deus é igual para todos nós.

O verde dos ramos da Coroa do Advento

O verde dos ramos encontrados na coroa do advento é a representação da esperança que é renovada com a vinda do Príncipe da Paz, e o Senhor da Esperança que está para chegar.

A fita vermelha da Coroa do Advento

Fita vermelha que representa o testemunho e o amor de Deus que nos envolve por completo, um amor forte e infinito.

As velas da Coroa do Advento

Na Coroa do Advento também encontramos as velas, e assim como os outros símbolos dentro desse ícone, sendo elas normalmente colocadas nas seguintes cores: Verde, Vermelha, Roxa e Branca. 
Abaixo conheceremos os significados das cores das Velas do Advento e quando acende-las.

As Velas da Coroa do Advento possuem uma ordem que devem ser acesas, começando pelo primeiro Domingo do Advento (primeiro domingo de dezembro):

1° Verde
Deve ser acendida no primeiro domingo de dezembro representada pelo verde que é a esperança que é trazida pelos profetas que anunciam a vinda do Messias. 

2° Vermelha
A segunda vela a se acender, a cor vermelha que representa o amor de Deus, também representa a anunciação feita por João Batista.

3° Roxa
O roxo durante o advento representa a alegria da chegada do Senhor que se aproxima cada vez mais.

4° Branca
A vela que representa a pureza do Branco, além da luz que vem da Virgem Maria, na chegada de seu filho O Messias.






NATAL DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO

25 de dezembro
Como a maioria comemora?

Todo ano, quando o 25 de dezembro se aproxima, verificamos muitas mudanças em nosso cotidiano em função das comemorações do Natal. Ruas e casas enfeitadas com luzes, árvores natalinas por todos os lados, decorações e Papai Noel nos Shoppings, anúncios comerciais de brinquedos e presentes por toda parte. O consumo é estimulado por todos os lados, desviando-nos do verdadeiro sentido do Natal Cristão. Sem contar a comilança e os exageros cometidos por aqueles que aproveitam o feriado de Natal para abusarem de bebidas alcoólicas. Infelizmente, é assim que muitos comemoram o Natal.

Claro que as decorações e até mesmo a figura tradicional e folclórica do Papai Noel são legais e interessantes, principalmente para o universo infantil. Mas não passam de tradições. Logo, não deveriam desviar as pessoas do verdadeiro sentido desta importante data do calendário cristão.

De que forma a comemoração teria mais significado do ponto de vista cristão?
É bom lembrar que no dia em que Jesus nasceu (25 de dezembro é uma data atribuída, mas isso pouco importa) na cidade de Belém, a alguns quilômetros de lá, o rei Herodes planejava sua morte. É bem provável que, neste dia, o cruel rei enfartava-se comendo carnes, guloseimas e bebendo vinho. Já numa simples instalação, ao redor de uma manjedoura, Maria e José se alimentavam provavelmente com poucas frutas secas, pão e água. 


A questão que devemos pensar e refletir é: estamos passando o Natal de uma forma simples, como o pai e a mãe de Jesus? Ou estamos comemorando como o rei Herodes? 

Outra questão que devemos pensar é com relação à supervalorização que a nossa sociedade dá a compra e entrega de presentes no Natal. Embora tenha certa relação com passagens dos evangelhos, afinal Jesus recebeu presentes dos reis Magos, a conotação comercial dos presentes de Natal podem desviar as pessoas do verdadeiro sentido cristão do Natal.

E qual seria então o significado cristão do Natal? Basta lermos os evangelhos para percebermos que Jesus não valorizava bens materiais, muito pelo contrário. As mensagens e ensinamentos de Jesus estão relacionados com mudanças de atitudes no sentido de melhorar o caráter e aproximar as pessoas cada vez mais de Deus. Amar a Deus sobre todas as coisas e amar ao próximo como a si mesmo são os dois ensinamentos chaves da mensagem de Jesus. 

Perdoar, não julgar o próximo, fazer o bem, ter compaixão e ajudar os necessitados também são orientações importantíssimas feitas por Jesus.

Portanto, se levarmos em conta os ensinamentos de Jesus, verificaremos que comemorar o Natal com comidas em abundância, bebidas, festas, decorações, tradições e entrega de presentes, não está em sintonia com o nascimento e a vida de Jesus. Para o cristão, teria muito mais sentido aproveitar esta data para fazer uma reflexão sobre os ensinamentos de Jesus, falando sobre ele, sua mensagem e sua importância para as crianças e, sobretudo, buscar uma transformação interna que vá ao encontro da mensagem de Jesus. E que estas atitudes não durem apenas um dia, mas que prevaleça por toda a vida daqueles que valorizam e aceitam o amor e os ensinamentos de Jesus.






TEMPO DE NATAL

No tempo de Natal celebramos o nascimento e a manifestação de Jesus Cristo, luz do mundo, que vem para iluminar as nossas trevas.
Na solenidade do Natal o nascimento do Filho de Deus no meio de nós,"na humildade da natureza humana"e na pobreza da gruta de Belém, nos traz o dom de uma vida nova e divina.

A liturgia do domingo depois do Natal nos lembra que o amor com que Deus Pai amou o mundo- até mandar seu próprio Filho para salvá-lo - manifesta-se e se reflete no amor que deve reinar em toda família cristã.

A oitava do Natal celebra Maria, Mãe de Deus, e ao mesmo tempo glorifica o nome de Jesus; neste nome, que quer dizer "Deus salva", se resume todo o significado do mistério da Encarnação.
“O nome de Jesus significa que o próprio nome de Deus está presente na pessoa do seu Filho feito homem para a redenção universal e definitiva dos pecados. Ele é o único nome divino que traz a salvação e pode desde agora ser invocado por todos, pois a todos os homens Se uniu pela Encarnação, de tal modo que não existe debaixo do céu outro nome, dado aos homens, pelo qual possamos ser salvos” (Catecismo da Igreja Católica, 432).

No segundo domingo depois do Natal, tomamos consciência do sentido pleno do mistério da Encarnação: o nascimento do Filho de Deus, que vem viver a condição humana, inaugura o nascimento de todos os homens para a vida de "filhos de Deus" ; esta é a vida que Jesus nos deu no seu Natal.






Na solenidade da Epifania a luz de Cristo brilha e se manifesta aos olhos de todos. Os magos, que seguem o "sinal"da estrela, representam a humanidade inteira, chamada a reunir-se em torno de Jesus na fé.

O domingo depois da Epifania celebra particularmente o Batismo de Jesus: a voz do Pai e a força do Espírito Santo, que descem do céu, o investem oficialmente de sua missão de Salvador, analogamente, cada um de nós, no batismo, se torna participante da mesma missão.
Celebrar a eucaristia neste período de Natal, significa entrar em um novo estilo de vida: a vida dos filhos de Deus e participar sacramentalmente do"admirável comércio" que se realizou na pessoa de Cristo entre a natureza divina e a humana. A assembléia eucarística é sinal da unidade de todos os homens na única fé em Cristo Jesus e na vida nova que dele recebem.

PRIMEIRO TEMPO COMUM

“A primeira parte do Tempo Comum começa depois do Natal e vai até o início da Quaresma”.
É tempo de acompanhar a caminhada missionária de Cristo. Em cada um dos acontecimentos, Deus vai revelando o mistério de Jesus e cada cristão é convidado a vivenciar esse tempo com muito amor e fé. “É o momento propício para colocarmos em prática todos os ensinamentos de Jesus, aqueles que nós vamos aprendendo com ele, que estão relatados no Evangelho, nas Cartas Paulinas e em outras cartas da Sagrada Escritura”. “O Tempo Comum é simbolizado pelo verde, talvez nós damos simbolicamente ao verde o sentido da esperança. Então, talvez o Tempo Comum seja aquele de espera, de esperar um novo tempo sempre na graça e na alegria e amor de Cristo” 


CICLO DA PASCOA

Quaresma - De: quarta-feira de Cinzas Até: domingo de Ramos
O que é Quaresma:
Quaresma é a designação do período de quarenta dias que antecedem a principal celebração do cristianismo: a Páscoa, a ressurreição de Jesus Cristo, que é comemorada no domingo. A Quaresma começa na Quarta-feira de Cinzas e termina no Domingo de Ramos, anterior ao Domingo de Páscoa. Durante os quarenta dias que precedem a Semana Santa e a Páscoa, os cristãos dedicam- se à reflexão, a conversão espiritual e se recolhem em oração e penitência para lembrar os 40 dias passados por Jesus no deserto e os sofrimentos que ele suportou na cruz.

Semana Santa:
Domingo de Ramos
Relembra a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém.

Segunda-feira Santa
Recorda a prisão de Jesus Cristo. 

Terça-feira Santa
São celebradas as Sete dores de Nossa Senhora Virgem Maria (pag.89,90). É muito comum também por ser o dia de penitência no qual os cristãos cumprem promessas de vários tipos ou o dia da memória do encontro de Jesus e Maria no caminho do Calvário.

Quarta-feira Santa
Em algumas igrejas celebra-se neste dia a piedosa procissão do encontro
de Nosso Senhor dos Passos e Nossa Senhora das Dores. Ainda há igrejas que neste dia celebram o Ofício das Trevas, lembrando que o mundo já está em trevas devido à proximidade da morte de Jesus.





Quinta-feira Santa
Na manhã deste dia, nas catedrais das dioceses, o bispo se reúne com o seu clero para celebrar a Celebração do Crisma, na qual são abençoados os santos óleos que serão usados na administração dos sacramentos do Batismo, Ordenação de Padres e Bispos, Crisma e Unção dos Enfermos. Com essa celebração se encerra a Quaresma.
Neste mesmo dia, à noite, são relembrados os três gestos de Jesus durante
a Última Ceia: a Instituição da Eucaristia, o exemplo do Lava-pés, com a instituição de um novo mandamento (ou "ordenança") segundo
algumas denominações cristãs, e a instituição do sacerdócio. É neste momento que Judas Iscariotes sai para entregar Jesus por trinta moedas de prata. E é nesta noite em que Jesus é preso, interrogado e, no amanhecer da sexta- feira, açoitado e condenado.
A igreja fica em vigília ao Santíssimo, relembrando os sofrimentos de Jesus, que tiveram início nesta noite. A igreja já se reveste de luto e tristeza, desnudando os altares (quando são retirados todos os enfeites, toalhas, flores e velas), tudo para simbolizar que Jesus já está preso e consciente do que vai acontecer. Também cobrem-se todas as imagens existentes no templo, com panos de cor roxa.

Sexta-feira, Paixão de CRISTO
É quando a Igreja recorda a morte de Jesus. É celebrada a Solene Ação Litúrgica, Paixão e a Adoração da Cruz. A recordação da morte de Jesus consiste em quatro momentos: A Liturgia da Palavra, Oração Universal, Adoração da Cruz e Rito da Comunhão. Presidida por presbítero ou bispo, as vestes para a celebração são de cor vermelha.

Sábado de Aleluia
É o dia da espera. Os cristãos junto ao sepulcro de Jesus aguardam sua ressurreição. No final deste dia é celebrada a Solene Vigília Pascal, a mãe de todas as vigílias, como disse Santo Agostinho, que se inicia com a Bênção do Fogo Novo e também do Círio Pascal; proclama-se a Páscoa através do canto do Exultet e faz-se a leitura de 14 passagens da Bíblia (7 leituras e 7 salmos) percorrendo-se toda história da salvação, desde Adão até o relato
dos primeiros cristãos. Entoa-se o Glória e o Aleluia, que foram omitidos durante todo o período quaresmal. Há também o batismo daqueles adultos que se prepararam durante toda a quaresma. A celebração se encerra com a Liturgia Eucarística, o ápice de todas as missas.

Domingo, Páscoa 
Domingo da Páscoa do Senhor: Páscoa significa passagem. A Páscoa de Cristo é sua passagem da morte na cruz para a ressurreição. É sua vitória plena e definitiva sobre a morte e todos os males. Desse modo, a ressurreição de Jesus mudou totalmente a história da humanidade e de cada ser humano.
A páscoa cristã é a vida nova em Cristo ressuscitado. Portanto, busquemos esta vida nova – vida reconciliada com Deus e com o próximo. Busquemos também nesta semana intensificar ainda mais a nossa oração e a nossa participação dos eventos centrais na vida de Jesus: Paixão, Morte e Ressurreição. É o grande grito que nos faz cumprimentar a todos: Cristo Ressuscitou! “Verdadeiramente ressuscitou”.



Terceiro dia do Tríduo Pascal

É o Domingo da Ressurreição que corresponde ao 1° Domingo da Páscoa. Com o Domingo da Ressurreição inicia-se o Tempo Pascal, que é a vivência da festa, e vai se prolongar por cinquenta dias como se fosse um único dia de Páscoa, encerrando-se com a Solenidade de Pentecostes, que é o dom pascal, pois só podemos dizer que Jesus Cristo ressuscitou e é o Nosso Senhor no Espírito Santo. Seguem-se o 2°, 3°, 4°, 5°, 6° e 7° Domingo da Páscoa, a fim de demonstrar que todo esse tempo é dia de Páscoa.
No Brasil, o 7° Domingo da Páscoa dá lugar à solenidade da Ascensão do Senhor e o 8° Domingo desse tempo é sempre dia de Pentecostes. Na segunda- feira que se segue a esse dia, a Igreja retoma a celebração do Tempo Comum. 




Ascensão do Senhor

A Ascensão do Senhor, que acontece 40 dias após a Páscoa, celebra a subida de Jesus ao céu.
Após sua ressurreição, Jesus permaneceu 40 dias com os apóstolos, lhes ensinando sobre o reino dos céus. Quando sobe aos céus, Jesus se torna mediador entre Deus e homens. A ida de Jesus para o céu não significa uma separação, conforme explicou Papa Francisco. A Ascensão mostra ao homem que seu caminho é o Pai e que Jesus permanece conosco. O Papa diz que “Mesmo se nós não O vemos, Ele está ali! Acompanha-nos, guia-nos, toma-nos pela mão e nos levanta quando caímos”.
Quando rezamos a Oração do Creio, lembramos a Ascensão, reafirmamos nossa fé e crença de que Jesus está conosco “Subiu aos céus, está sentado à direita de Deus Pai, todo poderoso”.
Que a festa da Ascensão venha para nos lembrar que antes de partir, Jesus disse aos discípulos que estaria com eles até o fim. E assim devemos viver na alegria e na fé em Jesus, continuando sua missão de anunciar a boa nova do Reino de Deus.

PENTECOSTES - descida do Espírito Santo sobre os apóstolos de Jesus Cristo, Maria, sua mae, cinquenta dias depois da Páscoa.
“Chegando o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar. De repente, veio do céu um ruído, como se soprasse um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam sentados. Apareceu-lhes então uma espécie de línguas de fogo que se repartiram e pousaram sobre cada um deles. Ficaram todos cheios do Espírito Santo e começaram a falar em línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem”. (Atos dos Apóstolos 2:1-4)






SEGUNDO TEMPO COMUM

A segunda parte inicia-se na segunda-feira em seguida ao Domingo do Pentecostes, que encerra o Tempo da Páscoa; e termina antes do primeiro Domingo do Tempo do Advento.
Significa que a Páscoa não se celebra apenas no ciclo próprio, mas que ilumina toda a existência cristã ao longo do ano; significa que toda a vida de Cristo, com a salvação que traz e torna presente, acompanha a vivência cristã de todo o ano litúrgico.
Os textos evangélicos aparecem-nos, assim, como a grande escola dos discípulos de Cristo, dos cristãos, que acompanham o Mestre e O escutam no dia a dia; que procuram configurar suas vidas com a do próprio Cristo. O Tempo comum é tempo de amadurecimento da vivência da fé, até ao momento culminante da solenidade de Cristo Rei.




Santíssima trindade em ilustração, simbolizando Pai, Filho e Espírito Santo 

Pai
É o Deus, Todo-Poderoso, criatura mais sublime de toda a existência. Ele pode
ser relacionado, acima de tudo, ao amor que tem por seus filhos. O Pai que pode
nos amar em qualquer circunstância, sempre respeitando a nossa liberdade,
mesmo quando não estamos tão próximos a Ele.


Filho
Está relacionado a Jesus Cristo, nosso Salvador. Nasceu da Virgem Maria para
pagar por todos os nossos pecados e, assim, nos libertar do mal. Esta é a
representação de Deus em uma forma humana.


Espírito Santo
É o que procede do amor e da relação do Deus Pai com o Deus Filho. Deus Pai é
o Criador, Deus Filho, o Salvador e Deus Espírito Santo, o Santificador, aquele
que tem a capacidade de conduzir e iluminar os seguidores de Cristo para
continuar sua missão.

SOLENIDADE DE CRISTO REI DO UNIVERSO

AIgreja chega, enfim, ao término de mais um ano litúrgico. Neste
domingo, Solenidade de Cristo Rei do Universo, os fiéis são chamados a
reconhecer o reinado de Deus sobre todos os povos e nações.


domingo, 6 de fevereiro de 2022

Deus criou a humanidade para ter comunhão com Ele.


Vida com Deus?

Para alcançar uma vida com Deus é preciso arrepender-se do seu estado natural de pecador (pecado original) e crer no Evangelho de Jesus Cristo.



O que é o pecado original?

O pecado original é o que chamamos o primeiro pecado cometido por Adão e Eva, que separou a humanidade de Deus. Todos nós somos pecadores por causa desse primeiro pecado. Mas Jesus veio para nos libertar do pecado e restaurar nosso relacionamento com Deus.

Qual foi o pecado original?

O pecado original foi quando Adão e Eva comeram o fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal, desobedecendo a Deus. Adão e Eva estavam no Éden e podiam comer a fruta de todas as árvores menos essa, porque causaria sua morte. Mas a serpente (Satanás) disse que Deus estava mentindo para eles, para que não se tornassem poderosos como Ele. Em vez de confiar em Deus, Adão e Eva acreditaram na serpente e comeram. Aí descobriram que quem mentiu foi a serpente, não Deus. Eles perderam a inocência e acabaram sendo expulsos do jardim do Éden. 

Gênesis, 3 - Bíblia Católica
1.A serpente era o mais astuto de todos os animais do campo que o Senhor Deus tinha formado. Ela disse à mulher: “É verdade que Deus vos proibiu comer do fruto de toda árvore do jardim?”.  2.A mulher respondeu-lhe: ‘‘Podemos comer do fruto das árvores do jardim. 3.Mas do fruto da árvore que está no meio do jardim, Deus disse: ‘Vós não comereis dele, nem o tocareis, para que não morrais’.” 4.“Oh, não! – tornou a serpente – vós não morrereis! 5.Mas Deus bem sabe que, no dia em que dele comerdes, vossos olhos se abrirão, e sereis como deuses, conhecedores do bem e do mal.”  6.A mulher, vendo que o fruto da árvore era bom para comer, de agradável aspecto e mui apropriado para abrir a inteligência, tomou dele, comeu, e o apresentou também ao seu marido, que comeu igualmente. 7.Então os seus olhos abriram-se; e, vendo que estavam nus, tomaram fo­lhas de figueira, ligaram-nas e fizeram tangas para si. 8.E eis que ouviram o barulho (dos passos) do Senhor Deus que passeava no jardim, à hora da brisa da tarde. O homem e sua mulher esconde­ram-se da face do Senhor Deus, no meio das árvores do jardim. 9.Mas o Senhor Deus chamou o homem e perguntou-lhe: “Onde estás?”. 10.E ele respondeu: “Ouvi o barulho dos vossos passos no jardim; tive medo, porque estou nu; e ocultei-me”. 11.O Senhor Deus disse: “Quem te revelou que estavas nu? Terias tu porventura comido do fruto da árvore que eu te havia proibido de comer?”. 12.O homem respondeu: “A mu­lher que pusestes ao meu lado apresentou-me deste fruto, e eu comi”. 13.O Senhor Deus disse à mulher: ‘‘Por que fizeste isso?”. “A serpente enganou-me – res­pondeu ela – e eu comi.” 14.Então o Senhor Deus disse à serpente: “Porque fizeste isso, serás maldita entre todos os animais domésticos e feras do campo; andarás de rastos sobre o teu ventre e comerás o pó todos os dias de tua vida. 15.Porei ódio entre ti e a mulher, entre a tua descendência e a dela. Esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar”.  16.Disse também à mulher: ‘‘Multiplicarei os sofrimentos de teu parto; darás à luz com dores, teus desejos te impelirão para o teu marido e tu estarás sob o seu domínio”. 17.E disse em seguida ao homem: “Porque ouviste a voz de tua mulher e comeste do fruto da árvore que eu te havia proibido comer, maldita seja a terra por tua causa. Tirarás dela com trabalhos penosos o teu sustento todos os dias de tua vida. 18.Ela te produzirá espinhos e abrolhos, e tu comerás a erva da terra. 19.Comerás o teu pão com o suor do teu rosto, até que voltes à terra de que foste tirado; porque és pó, e pó te hás de tornar”. 20.Adão pôs à sua mulher o nome de Eva, porque ela era a mãe de todos os viventes.  21.O Senhor Deus fez para Adão e sua mulher umas vestes de peles, e os vestiu. 22.E o Senhor Deus disse: “Eis que o homem se tornou como um de nós, conhecedor do bem e do mal. Agora, pois, cuidemos que ele não estenda a sua mão e tome também do fruto da árvore da vida, e o coma, e viva eternamente”. 23.O Senhor Deus expulsou-o do jardim do Éden, para que ele cultivasse a terra “de onde havia tirado”. 24.E expulsou-o; e colocou ao oriente do jardim do Éden querubins armados de uma espada flamejante, para guardar o caminho da árvore da vida.


Quais foram as consequências do pecado original?

Morte – a Bíblia diz que a consequência do pecado é a morte; ao cometerem esse primeiro pecado, morreram primeiro espiritualmente e mais tarde fisicamente. 

Separação de Deus – esse é o significado de morte espiritual. Antes, eles conversavam todos os dias com Deus presencialmente. Mas depois do pecado eles perderam esse direito porque estavam contaminados com o pecado.

Contaminação da terra – a terra ficou amaldiçoada com o pecado; já não era tudo bom, também tinha maldade. O diabo ganhou poder na terra.

Sofrimento – tudo de bom vem de Deus, daí quando ficaram separados d'Ele, passaram a conhecer o sofrimento (dor e dificuldade).

Natureza pecaminosa – Adão e Eva passaram e ter tendência para pecar. Isso significa que o pecado se tornou em uma coisa natural para fazer e muito difícil de resistir. Mas ainda tinham consciência que o pecado é errado e podiam escolher.


Por causa do pecado de Adão e Eva, toda a humanidade sofre essas consequências. A Bíblia diz que somos todos pecadores, separados de Deus. Ninguém está sem pecado. Daí pecado original também significa essa condição de toda a gente ter pecado.

Mas, assim como através de Adão e Eva toda a gente ficou em pecado, pelo sacrifício de Jesus todos que querem podem ficar livres do pecado e voltar a ter um relacionamento pessoal com Deus. 

Romanos 5:16-17 
Bíblia NVI

16Não se pode comparar a dádiva de Deus com a consequência do pecado de um só homem: por um pecado veio o julgamento que trouxe condenação, mas a dádiva decorreu de muitas transgressões e trouxe justificação.17Se pela transgressão de um só a morte reinou por meio dele, muito mais aqueles que recebem de Deus a imensa provisão da graça e a dádiva da justiça reinarão em vida por meio de um único homem, Jesus Cristo.



Essas são as atitudes fundamentais que qualquer pessoa poderá dar em resposta à graça oferecida por Deus para reconciliar o homem consigo mesmo Assim, ao aceitar a dádiva gratuita de Deus em Jesus Cristo, passará da condição de morte espiritual para a de vida abundante com Ele.

2 Coríntios 5:17-19 Bíblia Católica

17.Todo aquele que está em Cristo é uma nova criatura. Passou o que era velho; eis que tudo se fez novo! 18.Tudo isso vem de Deus, que nos reconciliou consigo, por Cristo, e nos confiou o ministério dessa reconciliação. 19.Porque é Deus que, em Cristo, reconciliava consigo o mundo, não levando mais em conta os pecados dos homens, e pôs em nossos lábios a mensagem da reconciliação. 


Podemos entender "vida", como:

Lucas 12:23-33

23A vida é mais importante do que a comida, e o corpo, mais do que as roupas.

24Observem os corvos: não semeiam nem colhem, não têm armazéns nem celeiros; contudo, Deus os alimenta. E vocês têm muito mais valor do que as aves!

25Quem de vocês, por mais que se preocupe, pode acrescentar uma hora que seja à sua vida?

26Visto que vocês não podem sequer fazer uma coisa tão pequena, por que se preocupar com o restante?

27"Observem como crescem os lírios. Eles não trabalham nem tecem. Contudo, eu digo a vocês que nem Salomão, em todo o seu esplendor, vestiu-se como um deles.

28Se Deus veste assim a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada ao fogo, quanto mais vestirá vocês, homens de pequena fé!

29Não busquem ansiosamente o que comer ou beber; não se preocupem com isso.

30Pois o mundo pagão é que corre atrás dessas coisas; mas o Pai sabe que vocês precisam delas.

31Busquem, pois, o Reino de Deus, e essas coisas serão acrescentadas a vocês.

32"Não tenham medo, pequeno rebanho, pois foi do agrado do Pai dar o Reino a vocês.

33Vendam o que têm e deem esmolas. Façam para vocês bolsas que não se gastem com o tempo, um tesouro nos céus que não se acabe, onde ladrão algum chega perto e nenhuma traça destrói.


Vivemos em um mundo que deseja controlar a nossa fé em Jesus. Confessá-lo publicamente é pré-requisito para a salvação.

Esta confissão não se dá apenas em palavras. O comportamento, as escolhas, decisões, palavras, ou seja, a nossa vida deve ser uma confissão pública de quem Jesus é.

Jesus reprova a avareza 
( Avareza é um substantivo feminino que significa apego demasiado e sórdido ao dinheiro. É o desejo ardente de acumular riqueza, falta de generosidade, mesquinhez, a sovinice, a insignificância e miserabilidade.)

O Senhor nos ensina que não devemos viver preocupados com o ter. Daí ele conta a parábola do rico sem juízo.

Lucas 12. 13-21

Alguém da multidão lhe disse: "Mestre, dize a meu irmão que divida a herança comigo".
Respondeu Jesus: "Homem, quem me designou juiz ou árbitro entre vocês? "
Então lhes disse: "Cuidado! Fiquem de sobreaviso contra todo tipo de ganância; a vida de um homem não consiste na quantidade dos seus bens".
Então lhes contou esta parábola: "A terra de certo homem rico produziu muito bem.
Ele pensou consigo mesmo: ‘O que vou fazer? Não tenho onde armazenar minha colheita’.
"Então disse: ‘Já sei o que vou fazer. Vou derrubar os meus celeiros e construir outros maiores, e ali guardarei toda a minha safra e todos os meus bens.
E direi a mim mesmo: Você tem grande quantidade de bens, armazenados para muitos anos. Descanse, coma, beba e alegre-se’.
"Contudo, Deus lhe disse: ‘Insensato! Esta mesma noite a sua vida lhe será exigida. Então, quem ficará com o que você preparou? ’
"Assim acontece com quem guarda para si riquezas, mas não é rico para com Deus".

Nela um homem passou a vida preocupado em ter cada vez mais bens e dinheiro. O que ocorreu é que teve uma morte repentina e em vida não construiu nada para Deus.

Precisamos sempre refletir sobre quais são as nossas prioridades na vida. Que legado queremos deixar?

Pois bem, são perguntas fundamentais para uma vida plena com Deus!

Temos por Pai um Deus bondoso e cuidadoso.

Se como seres humanos nos importamos com o bem-estar dos nossos filhos, imagine Ele.

A volta de Jesus Cristo é algo iminente.


Precisamos estar preparados em todo tempo para o acontecimento deste maravilhoso evento. Ele chega a comparar com a vinda de um ladrão, algo que normalmente ninguém espera.

Ainda falando sobre sua volta, Jesus Cristo conta a parábola do empregado fiel. Certo senhor deixou os servos sob a custódia de um administrador, com a esperança de que ele cuide de todos.

Seu dever é mantê-los alimentados e seguros.

Digamos que o administrador considere que o Senhor está demorando demais e pare de desempenhar sua tarefa.

Jesus diz que o Senhor virá em uma hora que ele não espera e o punirá por causa do seu mau trabalho.

O exemplo é bem claro!

A Parábola do Servo Vigilante

Lucas 12.35-48

"Estejam prontos para servir, e conservem acesas as suas candeias,
como aqueles que esperam seu senhor voltar de um banquete de casamento; para que, quando ele chegar e bater, possam abrir-lhe a porta imediatamente.
Felizes os servos cujo senhor os encontrar vigiando, quando voltar. Eu lhes afirmo que ele se vestirá para servir, fará que se reclinem à mesa, e virá servi-los.
Mesmo que ele chegue de noite ou de madrugada, felizes os servos que o senhor encontrar preparados.
Entendam, porém, isto: se o dono da casa soubesse a que hora viria o ladrão, não permitiria que a sua casa fosse arrombada.
Estejam também vocês preparados, porque o Filho do homem virá numa hora em que não o esperam".
Pedro perguntou: "Senhor, estás contando esta parábola para nós ou para todos? "
O Senhor respondeu: "Quem é, pois, o administrador fiel e sensato, a quem seu senhor encarrega dos seus servos, para lhes dar sua porção de alimento no tempo devido?
Feliz o servo a quem o seu senhor encontrar fazendo assim quando voltar.
Garanto-lhes que ele o encarregará de todos os seus bens.
Mas suponham que esse servo diga a si mesmo: ‘Meu senhor se demora a voltar’, e então comece a bater nos servos e nas servas, a comer, a beber e a embriagar-se.
O senhor daquele servo virá num dia em que ele não o espera e numa hora que não sabe, e o punirá severamente e lhe dará um lugar com os infiéis.
"Aquele servo que conhece a vontade de seu senhor e não prepara o que ele deseja, nem o realiza, receberá muitos açoites.
Mas aquele que não a conhece e pratica coisas merecedoras de castigo, receberá poucos açoites. A quem muito foi dado, muito será exigido; e a quem muito foi confiado, muito mais será pedido".


Jesus Cristo espera que na sua volta todos nós estejamos prontos, servindo bem. Deve haver em nós uma expectativa viva e constante.

Jesus traz fogo e dissensão à Terra

Crer em Cristo têm muitas consequências e uma delas é a divisão. 

Lucas 12, 49-53

Jesus continuou: "Eu vim lançar fogo à terra, e quem me dera que já estivesse a arder! Tenho que passar por uma dura prova, e estou angustiado até que isso aconteça! Julgam que vim trazer paz ao mundo?! De modo nenhum: o que eu vim trazer foi a divisão. Pois daqui em diante, se houver cinco pessoas numa família, três estarão contra as outras duas, e as duas contra as três. Os pais estarão contra os filhos, e os filhos contra os pais; as mães contra as filhas, e as filhas contra as mães; as sogras contra as noras, e as noras contra as sogras.

Neste evangelho, Jesus mais uma vez nos mostra o seu amor, convidando-nos a conhecer sua missão em meio às alegrias e dificuldades. Jesus veio nos trazer o Espírito Santo, o Espírito de amor, o Consolador, Aquele que nos ensina todas as coisas.

Jesus nos deixa o exemplo: Ele que é o Rei se fez pequeno quando pediu a João Batista para o batizar, batismo esse que nos dá força em meio ao combate espiritual, onde a carne e o espírito conseguem vivenciar dentro de uma fraternidade de amor e paz. Após o batismo, somos chamados a vivenciar os frutos do Ressuscitado para que possamos ter uma vida plena e cheia do Espírito Santo.

Jesus era consciente de que um efeito (ainda que não desejado) do seu trabalho ia ser causa de divisão entre os partidários do imobilismo e os que lutam por um mundo novo. Por isso inflamou a ira dos funcionários do templo e de todos os que se consideravam donos da verdade. O fogo da Palavra de Deus não era para funcionários lúgubres saturados de doutrinas e sedentos de poder.

Mas o fogo de Jesus não é o fogo das paixões políticas. É o fogo do Espírito que tem que ser aprovado na entrega total, no batismo da doação pessoal. É um fogo que prende aí onde se abandonaram os interesses pessoais e se busca um mundo de irmãos.

A paz de Jesus é um fogo purificador que não se confunde com a “Pax Romana”, aquela paz que Roma (e qualquer império) se esforça por proclamar. Esta é só uma tranquilidade institucional que garante a vantagem dos opressores sobre os oprimidos, do império sobre os subalternos, da injustiça sobre o direito.

O fogo purificador de Jesus faz amadurecer os mensageiros, os discípulos, os profetas, os apóstolos. O destino deles, como o do mestre, é sair ao encontro da obscuridade com um clarão que põe às claras tudo o que a ordem atual esconde. O fogo põe as claras também as deficiências pessoais, as ambições subterrâneas, os desejos reprimidos. O fogo que se prova com a entrega total ao serviço do evangelho.

Devemos observar que o Senhor Jesus Cristo não está atacando o relacionamento familiar, mas indica que nenhum laço terreno, embora muito íntimo, poderá diminuir a lealdade a Ele.

Essa lealdade pode até mesmo causar em determinados membros de uma familia que eles sejam afastados ou ignorados pelos outros por terem escolhido seguir a Cristo Jesus.

Podemos resumir que o Senhor Jesus Cristo se refere a espada por ser um instrumento cortante e que na qual a sua vinda causará separação em muitas pessoas, não porque Ele quer, mas pela opção de cada um em seguí-lo como Senhor e salvador.

Pai, que o batismo de Jesus, por sua morte de cruz, purifique-me de todo pecado e de toda maldade, como um fogo ardente, abrindo o meu coração totalmente para ti.

Há vários casos de cristãos que perderam direitos familiares, foram excluídos, marginalizados de seu convívio por causa de sua fé em Jesus.

O Senhor não esconde esta possibilidade.

Isto ocorre para que ninguém se desiluda achando que tudo será “flores” na caminhada cristã.

Os sinais do tempo

Jesus Cristo dá um destaque a nossa racionalidade. Ele diz que assim como somos capazes de perceber quando vai chover ou “fazer sol”, devemos também ser capazes de perceber os sinais do fim.

Dessa forma, devemos nos preparar, não ficar dispersos. Pois a partir dos sinais nos posicionaremos diante da vontade de Deus.

Jesus nos orienta a evitar a discórdia, a todo custo. Estando dentro de suas possibilidades mantenha a paz com todos.

Não seja uma pessoa promotora da discórdia, mas promotora da paz. Os efeitos dessa atitude promovem um ambiente de conciliação extremamente saudável e benéfico para todos.


O mais importante é desenvolvermos um relacionamento com Deus nesta vida, através do conhecimento e obediência da Sua Palavra. Assim, poderemos ter Vida em Deus ainda enquanto vivermos aqui, antes que seja tarde demais.

De acordo com a Bíblia, entendemos que Deus tem vida em si mesmo. Ele é o criador de toda a vida. Deus criou a humanidade para ter comunhão com Ele. No entanto, o homem desprezou aos Seus mandamentos decidindo viver por si mesmo, governando a sua vida e transgredindo as leis de Deus.

Ao se afastar do Senhor, o homem ficou sujeito à morte. Nesta condição está entregue à sua própria vontade, dominado pelo pecado, predisposto a fazer o mal, separado da vida que Deus tinha planejado para ele.

A vida plena que o homem tinha com Deus foi perdida no Éden, na queda pela desobediência de Adão. E foi restabelecida completamente por meio da vida, morte e ressurreição de Jesus Cristo. Por isso, todos que se aproximam de Deus precisam crer Nele, e pela fé podem chegar à vida em Jesus Cristo. Essa nova vida se caracteriza por um relacionamento pessoal com Deus, pela fé em Jesus.


Nascer de novo

O nascer de novo significa nascer do alto, ser gerado ou nascido de Deus. É a mudança que o Espírito Santo opera no coração de alguém que, levado à fé para salvação, abandona o pecado e passa a viver uma nova vida voltada para Deus e para os outros. Enquanto não recebemos a Cristo e a nova vida continuamos sendo velhas criaturas. Para isso é preciso crer Nele e se arrepender perante Deus.

Jesus disse que para entrar no Reino de Deus era preciso nascer da água e do Espírito. Assim, as marcas iniciais dessa nova vida são o batismo com água e o batismo com o Espírito Santo.


O que é nascer da água e do Espírito?


Analisando o contexto conseguimos observar claramente que a intenção de Jesus é mostrar a Nicodemus que ele estava iludido, achando que sua religião o salvaria, que ser um mestre da Lei era suficiente para agradar a Deus.

Jesus, no entanto, é claro em dizer a ele que ele precisava nascer de novo para fazer parte do reino de Deus: “A isto, respondeu Jesus: 

João 3:3

"Em verdade, em verdade te digo que, se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus". 


Nicodemos se confunde todo, achando que Jesus estava falando sobre um novo nascimento físico.

João 3:

Disse-lhe Nicodemos: Como pode um homem nascer, sendo velho? Pode, porventura, tornar a entrar no ventre de sua mãe, e nascer?


É, então, nesse momento que Jesus usa de uma figura de linguagem muito rica de significados para que Nicodemus entendesse a questão: “Respondeu Jesus: 

João 3:5

"Em verdade, em verdade te digo: quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no reino de Deus".


Nascer da água

Jesus aqui usa um elemento que nos aponta para a purificação. A água tem esse forte apelo purificador, lavador. Nicodemus precisaria ser lavado, purificado de seus pecados e pensamentos errados.

A água também pode ter sido usada aqui por Jesus para trazer à memória a pregação de João Batista, que era enfático da importância do arrependimento antes de receber o batismo (água) como símbolo daquilo que já havia acontecido no coração da pessoa.


O arrependimento e, consequentemente, a purificação dos pecados, 
é um pré-requisito importante para fazer parte do reino de Deus.


 Nascer do Espírito

O Espírito Santo é aquele que toca em nosso coração. Jesus exemplificou de uma forma impressionante: 

 João 3:8

“O vento sopra onde quer, ouves a sua voz, mas não sabes donde vem, nem para onde vai; assim é todo o que é nascido do Espírito”. 

O Espírito Santo impacta nosso coração, nos mostra nosso erro, nos provoca, trabalha em nós. Ai sim temos as condições de responder a essa ação com o nosso arrependimento e sendo purificados então por Ele.

Sem nascer do Espírito ninguém consegue se arrepender, pois está totalmente preso a sua natureza carnal pecaminosa. O Espírito Santo nos dá a possibilidade de vencermos essa natureza, de nascermos de novo para uma nova vida, agora com Deus.

O que temos aqui é o ensino profundo de Jesus sobre a obra de salvação. Não depende de nossas obras, é graça de Deus. Deus nos capacita a responder ao Evangelho.


Efésios 2:8-9

8Pois vocês são salvos pela graça, por meio da fé, e isto não vem de vocês, é dom de Deus;

9não por obras, para que ninguém se glorie.


Nascemos de novo. Nosso espírito se renova, somos perdoados, somos transformados e experimentamos o poder de Deus. Nos transformamos em discípulos, em seguidores de Jesus de Nazaré.

Era essa ênfase poderosa que Jesus expôs a Nicodemos quando lhe disse que era necessário nascer da água e do Espírito.


Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo

A disposição para amar a Deus e amar aos outros é outra prova evidente de que recebemos a nova vida de Deus. Quando consideramos o grande amor que Ele tem por nós  devemos desejar ter o mesmo sentimento em nós.

1 João 3:1

1Vejam como é grande o amor que o Pai nos concedeu: sermos chamados filhos de Deus, o que de fato somos! Por isso o mundo não nos conhece, porque não o conheceu.


É algo sobrenatural! Deus nos amou tanto e, ao sermos envolvidos por este tão grande Amor, só podemos responder amando de volta, a Ele e aos outros como Ele nos amou 

1 João 4:7-8

7Amados, amemos uns aos outros, pois o amor procede de Deus. Aquele que ama é nascido de Deus e conhece a Deus.

8Quem não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor.


Conhecer a Deus

Conhecer o Senhor deve ser um dos alvos principais na vida do cristão. Se amamos a Deus desejamos conhecê-Lo e prosseguir neste conhecimento.

Oseias 6:3

3Conheçamos o Senhor;
esforcemo-nos por conhecê-lo.
Tão certo como nasce o sol,
ele aparecerá;
virá para nós como as chuvas de inverno,
como as chuvas de primavera
que regam a terra."


A busca por reconhecer quem nos salvou nos levará a desvendar os Seus atributos, descobrir a Sua vontade, o que Ele fez, o que faz e o que fará na história até a eternidade.

 João 17:3

3Esta é a vida eterna: que te conheçam, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste.


Todos os dias somos convidados a aprofundar o nosso conhecimento de Deus através da Sua Palavra, da Sua criação e por meio de um relacionamento pessoal com Ele.


Obedecer

Todos aqueles que receberam a vida de Deus podem mostrar o seu amor através da obediência. Obedecê-Lo significa acatar aos mandamentos e orientações dadas pelo Senhor na Sua Palavra. Não obediência por medo ou por interesse, mas obedecê-Lo como sinal do amor que sentimos por Ele e como prova de que queremos agradá-Lo em tudo.

 João 14:15

15"Se vocês me amam, obedecerão aos meus mandamentos.


Ao cumprir os Seus mandamentos estamos manifestando que pertencemos a Deus e que nos submetemos a tudo o que Ele mandou na Sua Palavra.

1 João 3:3-4

3Todo aquele que nele tem esta esperança purifica-se a si mesmo, assim como ele é puro.

4Todo aquele que pratica o pecado transgride a Lei; de fato, o pecado é a transgressão da Lei.


Viver em comunhão com Deus e com os outros

Viver em comunhão com Deus é manter-se constantemente em harmonia com Ele, estando em comum acordo com a Sua vontade.

Amós 3:3

3Duas pessoas andarão juntas

se não estiverem de acordo?


Quando conhecemos o Amor de Deus por nós, já não vemos outra boa possibilidade senão andar com Ele na Sua Luz.

 
1 João 1:6-7

6Se afirmarmos que temos comunhão com ele, mas andamos nas trevas, mentimos e não praticamos a verdade.

7Se, porém, andarmos na luz, como ele está na luz, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado.


Andar em comunhão com outros que vivem a mesma fé em Jesus faz parte dessa unidade. Precisamos partilhar a fé, o amor e a vida que recebemos mantendo-nos ligados no corpo de Cristo e unidos no amor de Deus. Para isso é importante estarmos conectados a Ele, conhecendo mais a Bíblia, praticando a oração, participando da Santa Missa e convivendo uns com os outros em amor, buscando a cada dia ser mais iguais a Cristo em nossas vidas com Deus.


O amor e a misericórdia de Deus em ação, convertendo e tornando vivos as pessoas
espiritualmente mortas, é uma coisa tão maravilhosa e surpreendente.





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Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas.

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