quinta-feira, 10 de fevereiro de 2022

Calendário liturgico


CICLO DO NATAL -  ADVENTO

Papa Francisco: “O Advento é o tempo favorável para rezar com mais intensidade, para reservar à vida espiritual o lugar importante que lhe compete”.



Com o Advento, a Igreja inicia o novo ano litúrgico. Advento significa “chegada” e é o tempo santo de preparação para o Natal de Jesus.

São quatro semanas nas quais somos convidados a esperar Jesus que vem.
Por isso é um tempo de preparação e de alegre espera do Senhor.
Nas duas primeiras semanas do advento, a liturgia nos convida a vigiar e esperar a vinda gloriosa do Salvador. (FIM DOS TEMPOS)

Nas duas últimas, lembrando a espera dos profetas e de Maria, nos preparamos mais especialmente para celebrar o nascimento de Jesus em Belém. (O NASCIMENTO DE JESUS)





COROA DO ADVENTO

A guirlanda da Coroa do Advento

As velas são colocadas em uma guirlanda redonda, pois representa o amor de Deus que é infinito, assim como em um círculo você não encontra seu início e seu fim. Além do mais como no círculo não existem lados diferentes representa que o amor de Deus é igual para todos nós.

O verde dos ramos da Coroa do Advento

O verde dos ramos encontrados na coroa do advento é a representação da esperança que é renovada com a vinda do Príncipe da Paz, e o Senhor da Esperança que está para chegar.

A fita vermelha da Coroa do Advento

Fita vermelha que representa o testemunho e o amor de Deus que nos envolve por completo, um amor forte e infinito.

As velas da Coroa do Advento

Na Coroa do Advento também encontramos as velas, e assim como os outros símbolos dentro desse ícone, sendo elas normalmente colocadas nas seguintes cores: Verde, Vermelha, Roxa e Branca. 
Abaixo conheceremos os significados das cores das Velas do Advento e quando acende-las.

As Velas da Coroa do Advento possuem uma ordem que devem ser acesas, começando pelo primeiro Domingo do Advento (primeiro domingo de dezembro):

1° Verde
Deve ser acendida no primeiro domingo de dezembro representada pelo verde que é a esperança que é trazida pelos profetas que anunciam a vinda do Messias. 

2° Vermelha
A segunda vela a se acender, a cor vermelha que representa o amor de Deus, também representa a anunciação feita por João Batista.

3° Roxa
O roxo durante o advento representa a alegria da chegada do Senhor que se aproxima cada vez mais.

4° Branca
A vela que representa a pureza do Branco, além da luz que vem da Virgem Maria, na chegada de seu filho O Messias.






NATAL DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO

25 de dezembro
Como a maioria comemora?

Todo ano, quando o 25 de dezembro se aproxima, verificamos muitas mudanças em nosso cotidiano em função das comemorações do Natal. Ruas e casas enfeitadas com luzes, árvores natalinas por todos os lados, decorações e Papai Noel nos Shoppings, anúncios comerciais de brinquedos e presentes por toda parte. O consumo é estimulado por todos os lados, desviando-nos do verdadeiro sentido do Natal Cristão. Sem contar a comilança e os exageros cometidos por aqueles que aproveitam o feriado de Natal para abusarem de bebidas alcoólicas. Infelizmente, é assim que muitos comemoram o Natal.

Claro que as decorações e até mesmo a figura tradicional e folclórica do Papai Noel são legais e interessantes, principalmente para o universo infantil. Mas não passam de tradições. Logo, não deveriam desviar as pessoas do verdadeiro sentido desta importante data do calendário cristão.

De que forma a comemoração teria mais significado do ponto de vista cristão?
É bom lembrar que no dia em que Jesus nasceu (25 de dezembro é uma data atribuída, mas isso pouco importa) na cidade de Belém, a alguns quilômetros de lá, o rei Herodes planejava sua morte. É bem provável que, neste dia, o cruel rei enfartava-se comendo carnes, guloseimas e bebendo vinho. Já numa simples instalação, ao redor de uma manjedoura, Maria e José se alimentavam provavelmente com poucas frutas secas, pão e água. 


A questão que devemos pensar e refletir é: estamos passando o Natal de uma forma simples, como o pai e a mãe de Jesus? Ou estamos comemorando como o rei Herodes? 

Outra questão que devemos pensar é com relação à supervalorização que a nossa sociedade dá a compra e entrega de presentes no Natal. Embora tenha certa relação com passagens dos evangelhos, afinal Jesus recebeu presentes dos reis Magos, a conotação comercial dos presentes de Natal podem desviar as pessoas do verdadeiro sentido cristão do Natal.

E qual seria então o significado cristão do Natal? Basta lermos os evangelhos para percebermos que Jesus não valorizava bens materiais, muito pelo contrário. As mensagens e ensinamentos de Jesus estão relacionados com mudanças de atitudes no sentido de melhorar o caráter e aproximar as pessoas cada vez mais de Deus. Amar a Deus sobre todas as coisas e amar ao próximo como a si mesmo são os dois ensinamentos chaves da mensagem de Jesus. 

Perdoar, não julgar o próximo, fazer o bem, ter compaixão e ajudar os necessitados também são orientações importantíssimas feitas por Jesus.

Portanto, se levarmos em conta os ensinamentos de Jesus, verificaremos que comemorar o Natal com comidas em abundância, bebidas, festas, decorações, tradições e entrega de presentes, não está em sintonia com o nascimento e a vida de Jesus. Para o cristão, teria muito mais sentido aproveitar esta data para fazer uma reflexão sobre os ensinamentos de Jesus, falando sobre ele, sua mensagem e sua importância para as crianças e, sobretudo, buscar uma transformação interna que vá ao encontro da mensagem de Jesus. E que estas atitudes não durem apenas um dia, mas que prevaleça por toda a vida daqueles que valorizam e aceitam o amor e os ensinamentos de Jesus.






TEMPO DE NATAL

No tempo de Natal celebramos o nascimento e a manifestação de Jesus Cristo, luz do mundo, que vem para iluminar as nossas trevas.
Na solenidade do Natal o nascimento do Filho de Deus no meio de nós,"na humildade da natureza humana"e na pobreza da gruta de Belém, nos traz o dom de uma vida nova e divina.

A liturgia do domingo depois do Natal nos lembra que o amor com que Deus Pai amou o mundo- até mandar seu próprio Filho para salvá-lo - manifesta-se e se reflete no amor que deve reinar em toda família cristã.

A oitava do Natal celebra Maria, Mãe de Deus, e ao mesmo tempo glorifica o nome de Jesus; neste nome, que quer dizer "Deus salva", se resume todo o significado do mistério da Encarnação.
“O nome de Jesus significa que o próprio nome de Deus está presente na pessoa do seu Filho feito homem para a redenção universal e definitiva dos pecados. Ele é o único nome divino que traz a salvação e pode desde agora ser invocado por todos, pois a todos os homens Se uniu pela Encarnação, de tal modo que não existe debaixo do céu outro nome, dado aos homens, pelo qual possamos ser salvos” (Catecismo da Igreja Católica, 432).

No segundo domingo depois do Natal, tomamos consciência do sentido pleno do mistério da Encarnação: o nascimento do Filho de Deus, que vem viver a condição humana, inaugura o nascimento de todos os homens para a vida de "filhos de Deus" ; esta é a vida que Jesus nos deu no seu Natal.






Na solenidade da Epifania a luz de Cristo brilha e se manifesta aos olhos de todos. Os magos, que seguem o "sinal"da estrela, representam a humanidade inteira, chamada a reunir-se em torno de Jesus na fé.

O domingo depois da Epifania celebra particularmente o Batismo de Jesus: a voz do Pai e a força do Espírito Santo, que descem do céu, o investem oficialmente de sua missão de Salvador, analogamente, cada um de nós, no batismo, se torna participante da mesma missão.
Celebrar a eucaristia neste período de Natal, significa entrar em um novo estilo de vida: a vida dos filhos de Deus e participar sacramentalmente do"admirável comércio" que se realizou na pessoa de Cristo entre a natureza divina e a humana. A assembléia eucarística é sinal da unidade de todos os homens na única fé em Cristo Jesus e na vida nova que dele recebem.

PRIMEIRO TEMPO COMUM

“A primeira parte do Tempo Comum começa depois do Natal e vai até o início da Quaresma”.
É tempo de acompanhar a caminhada missionária de Cristo. Em cada um dos acontecimentos, Deus vai revelando o mistério de Jesus e cada cristão é convidado a vivenciar esse tempo com muito amor e fé. “É o momento propício para colocarmos em prática todos os ensinamentos de Jesus, aqueles que nós vamos aprendendo com ele, que estão relatados no Evangelho, nas Cartas Paulinas e em outras cartas da Sagrada Escritura”. “O Tempo Comum é simbolizado pelo verde, talvez nós damos simbolicamente ao verde o sentido da esperança. Então, talvez o Tempo Comum seja aquele de espera, de esperar um novo tempo sempre na graça e na alegria e amor de Cristo” 


CICLO DA PASCOA

Quaresma - De: quarta-feira de Cinzas Até: domingo de Ramos
O que é Quaresma:
Quaresma é a designação do período de quarenta dias que antecedem a principal celebração do cristianismo: a Páscoa, a ressurreição de Jesus Cristo, que é comemorada no domingo. A Quaresma começa na Quarta-feira de Cinzas e termina no Domingo de Ramos, anterior ao Domingo de Páscoa. Durante os quarenta dias que precedem a Semana Santa e a Páscoa, os cristãos dedicam- se à reflexão, a conversão espiritual e se recolhem em oração e penitência para lembrar os 40 dias passados por Jesus no deserto e os sofrimentos que ele suportou na cruz.

Semana Santa:
Domingo de Ramos
Relembra a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém.

Segunda-feira Santa
Recorda a prisão de Jesus Cristo. 

Terça-feira Santa
São celebradas as Sete dores de Nossa Senhora Virgem Maria (pag.89,90). É muito comum também por ser o dia de penitência no qual os cristãos cumprem promessas de vários tipos ou o dia da memória do encontro de Jesus e Maria no caminho do Calvário.

Quarta-feira Santa
Em algumas igrejas celebra-se neste dia a piedosa procissão do encontro
de Nosso Senhor dos Passos e Nossa Senhora das Dores. Ainda há igrejas que neste dia celebram o Ofício das Trevas, lembrando que o mundo já está em trevas devido à proximidade da morte de Jesus.





Quinta-feira Santa
Na manhã deste dia, nas catedrais das dioceses, o bispo se reúne com o seu clero para celebrar a Celebração do Crisma, na qual são abençoados os santos óleos que serão usados na administração dos sacramentos do Batismo, Ordenação de Padres e Bispos, Crisma e Unção dos Enfermos. Com essa celebração se encerra a Quaresma.
Neste mesmo dia, à noite, são relembrados os três gestos de Jesus durante
a Última Ceia: a Instituição da Eucaristia, o exemplo do Lava-pés, com a instituição de um novo mandamento (ou "ordenança") segundo
algumas denominações cristãs, e a instituição do sacerdócio. É neste momento que Judas Iscariotes sai para entregar Jesus por trinta moedas de prata. E é nesta noite em que Jesus é preso, interrogado e, no amanhecer da sexta- feira, açoitado e condenado.
A igreja fica em vigília ao Santíssimo, relembrando os sofrimentos de Jesus, que tiveram início nesta noite. A igreja já se reveste de luto e tristeza, desnudando os altares (quando são retirados todos os enfeites, toalhas, flores e velas), tudo para simbolizar que Jesus já está preso e consciente do que vai acontecer. Também cobrem-se todas as imagens existentes no templo, com panos de cor roxa.

Sexta-feira, Paixão de CRISTO
É quando a Igreja recorda a morte de Jesus. É celebrada a Solene Ação Litúrgica, Paixão e a Adoração da Cruz. A recordação da morte de Jesus consiste em quatro momentos: A Liturgia da Palavra, Oração Universal, Adoração da Cruz e Rito da Comunhão. Presidida por presbítero ou bispo, as vestes para a celebração são de cor vermelha.

Sábado de Aleluia
É o dia da espera. Os cristãos junto ao sepulcro de Jesus aguardam sua ressurreição. No final deste dia é celebrada a Solene Vigília Pascal, a mãe de todas as vigílias, como disse Santo Agostinho, que se inicia com a Bênção do Fogo Novo e também do Círio Pascal; proclama-se a Páscoa através do canto do Exultet e faz-se a leitura de 14 passagens da Bíblia (7 leituras e 7 salmos) percorrendo-se toda história da salvação, desde Adão até o relato
dos primeiros cristãos. Entoa-se o Glória e o Aleluia, que foram omitidos durante todo o período quaresmal. Há também o batismo daqueles adultos que se prepararam durante toda a quaresma. A celebração se encerra com a Liturgia Eucarística, o ápice de todas as missas.

Domingo, Páscoa 
Domingo da Páscoa do Senhor: Páscoa significa passagem. A Páscoa de Cristo é sua passagem da morte na cruz para a ressurreição. É sua vitória plena e definitiva sobre a morte e todos os males. Desse modo, a ressurreição de Jesus mudou totalmente a história da humanidade e de cada ser humano.
A páscoa cristã é a vida nova em Cristo ressuscitado. Portanto, busquemos esta vida nova – vida reconciliada com Deus e com o próximo. Busquemos também nesta semana intensificar ainda mais a nossa oração e a nossa participação dos eventos centrais na vida de Jesus: Paixão, Morte e Ressurreição. É o grande grito que nos faz cumprimentar a todos: Cristo Ressuscitou! “Verdadeiramente ressuscitou”.



Terceiro dia do Tríduo Pascal

É o Domingo da Ressurreição que corresponde ao 1° Domingo da Páscoa. Com o Domingo da Ressurreição inicia-se o Tempo Pascal, que é a vivência da festa, e vai se prolongar por cinquenta dias como se fosse um único dia de Páscoa, encerrando-se com a Solenidade de Pentecostes, que é o dom pascal, pois só podemos dizer que Jesus Cristo ressuscitou e é o Nosso Senhor no Espírito Santo. Seguem-se o 2°, 3°, 4°, 5°, 6° e 7° Domingo da Páscoa, a fim de demonstrar que todo esse tempo é dia de Páscoa.
No Brasil, o 7° Domingo da Páscoa dá lugar à solenidade da Ascensão do Senhor e o 8° Domingo desse tempo é sempre dia de Pentecostes. Na segunda- feira que se segue a esse dia, a Igreja retoma a celebração do Tempo Comum. 




Ascensão do Senhor

A Ascensão do Senhor, que acontece 40 dias após a Páscoa, celebra a subida de Jesus ao céu.
Após sua ressurreição, Jesus permaneceu 40 dias com os apóstolos, lhes ensinando sobre o reino dos céus. Quando sobe aos céus, Jesus se torna mediador entre Deus e homens. A ida de Jesus para o céu não significa uma separação, conforme explicou Papa Francisco. A Ascensão mostra ao homem que seu caminho é o Pai e que Jesus permanece conosco. O Papa diz que “Mesmo se nós não O vemos, Ele está ali! Acompanha-nos, guia-nos, toma-nos pela mão e nos levanta quando caímos”.
Quando rezamos a Oração do Creio, lembramos a Ascensão, reafirmamos nossa fé e crença de que Jesus está conosco “Subiu aos céus, está sentado à direita de Deus Pai, todo poderoso”.
Que a festa da Ascensão venha para nos lembrar que antes de partir, Jesus disse aos discípulos que estaria com eles até o fim. E assim devemos viver na alegria e na fé em Jesus, continuando sua missão de anunciar a boa nova do Reino de Deus.

PENTECOSTES - descida do Espírito Santo sobre os apóstolos de Jesus Cristo, Maria, sua mae, cinquenta dias depois da Páscoa.
“Chegando o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar. De repente, veio do céu um ruído, como se soprasse um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam sentados. Apareceu-lhes então uma espécie de línguas de fogo que se repartiram e pousaram sobre cada um deles. Ficaram todos cheios do Espírito Santo e começaram a falar em línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem”. (Atos dos Apóstolos 2:1-4)






SEGUNDO TEMPO COMUM

A segunda parte inicia-se na segunda-feira em seguida ao Domingo do Pentecostes, que encerra o Tempo da Páscoa; e termina antes do primeiro Domingo do Tempo do Advento.
Significa que a Páscoa não se celebra apenas no ciclo próprio, mas que ilumina toda a existência cristã ao longo do ano; significa que toda a vida de Cristo, com a salvação que traz e torna presente, acompanha a vivência cristã de todo o ano litúrgico.
Os textos evangélicos aparecem-nos, assim, como a grande escola dos discípulos de Cristo, dos cristãos, que acompanham o Mestre e O escutam no dia a dia; que procuram configurar suas vidas com a do próprio Cristo. O Tempo comum é tempo de amadurecimento da vivência da fé, até ao momento culminante da solenidade de Cristo Rei.




Santíssima trindade em ilustração, simbolizando Pai, Filho e Espírito Santo 

Pai
É o Deus, Todo-Poderoso, criatura mais sublime de toda a existência. Ele pode
ser relacionado, acima de tudo, ao amor que tem por seus filhos. O Pai que pode
nos amar em qualquer circunstância, sempre respeitando a nossa liberdade,
mesmo quando não estamos tão próximos a Ele.


Filho
Está relacionado a Jesus Cristo, nosso Salvador. Nasceu da Virgem Maria para
pagar por todos os nossos pecados e, assim, nos libertar do mal. Esta é a
representação de Deus em uma forma humana.


Espírito Santo
É o que procede do amor e da relação do Deus Pai com o Deus Filho. Deus Pai é
o Criador, Deus Filho, o Salvador e Deus Espírito Santo, o Santificador, aquele
que tem a capacidade de conduzir e iluminar os seguidores de Cristo para
continuar sua missão.

SOLENIDADE DE CRISTO REI DO UNIVERSO

AIgreja chega, enfim, ao término de mais um ano litúrgico. Neste
domingo, Solenidade de Cristo Rei do Universo, os fiéis são chamados a
reconhecer o reinado de Deus sobre todos os povos e nações.


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe sua sugestão, vamos juntos melhorar!!!

Postagem em destaque

Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas.

Pesquisar este blog