domingo, 10 de janeiro de 2021

Nossa Senhora da Esperança de Pontmain, França


Nossa Senhora da Esperança de
Pontmain, França


"Olhem para Pontmain nos momentos difíceis e vejam a mulher vestida de sol, que sozinha, com a ajuda de pequeninos filhos, vence um grande exercito que estava prestes a tomar e a arrasar Pontmain, e se encham de esperança meus filhos, porque a mesma mãe da esperança que salvou Pontmain está aqui! E ela traçou um plano infalível para salvar a cada um de vocês e a toda a humanidade."

Trecho da Mensagem de Nossa Senhora Rainha e Mensageira da Paz, do dia 3 de janeiro de 2019 ( Jacarei, Brasil)

Breve histórico das aparições de Nossa Senhora da Esperança em Pontmain - França

Cerca de 13 anos após as Aparições de Lourdes, a Mãe de Deus apareceu novamente na França para comunicar aos homens seu premente apelo á oração e para revelar a seus filhos, o seu imenso amor e cuidado materno. 

O lugar eleito é Pontmain. Uma vila tão pequena que não se encontra nos mapas. Tão remota que ainda conserva o seu aspecto original do tempo da Aparição.

Pontmain era em 1871, uma pequena vila de lavradores tementes a Deus e muito devota da Virgem Maria.

Era a segunda metade do século XIX. As idéias revolucionárias na França desde o século anterior causando guerras e conflitos que se estenderam pelos anos de 1800. A revolução de Paris de 1870 gerava grande desordem nacional com perseguições violentas, sobre tudo contra a Fé Católica e todo o País. 

As Mensagens da Mãe de Deus em Paris , em La Salette, em Lourdes não foram obedecidas e este grande pecado do clero e do povo atraiu outro grande flagelo sobre si mesmos: a guerra.

A França estava em guerra contra o ímpio Bismark chefe dos exércitos da Prússia. Esta, possuía um exército muito mais poderoso que o da França. Paris havia sido capturada e as tropas abriam caminho desde Leman até a Costa.

Os pobres aldeões de Pontmain se congregavam em sua velha Igreja fazendo ferventes orações ao Céu para que acabasse aquela guerra e os inimigos fossem embora, temendo que fosse muito pouco e tarde o que faziam. 

Porém, cheios de fé na Virgem Maria, sabendo que ela era uma Mãe Misericordiosa e que suas orações não cairiam em ouvidos surdos.

Muitos jovens de Pontmain estavam na guerra sem que seus familiares soubessem onde e nem como estavam. No dia 11 de janeiro de 1871 uma estranha luz chamada pelos cientistas de “Aurora Boreal” iluminou o Céu da França. Era o sinal Divino de que um grande castigo estava para golpear os franceses em breve.

A Aparição




Ao entardecer do dia 17 de janeiro de 1871, embora os aldeões de Pontmain nada soubessem. O general von Schmidt e as tropas prussianas, já se encontrava a cerca de 20Km da aldeia.

No celeiro da família Barbedette, os homens agrardavam apreensivos pelas notícias que chegavam ao povoado. O Sr Barbedette e seus filhos: Eugene Barbedette 12 anos e Josef Barbedette 10 anos, estavam trabalhando todos juntos.

Lá pelas 18 horas, estavam quase terminando seus afazeres para irem jantar, com o pensamento sempre fixo no irmão mais velho de Barbedette, Augusto, que se encontrava lutando na guerra.

Uma vizinha chegou e começou a falar com o Senhor Barbedette a cerca dos últimos fatos da guerra. Eugene saiu então para a porta do celeiro para olhar a neve que caia do Céu.

Subitamente, parou de nevar e ele admirou-se de que o Céu estivesse tão cheio de estrelas. Não havia luar, mas a noite estava bem clara para uma noite de inverno.

Derrepente, Eugene ficou paralisado de espanto. Sobre a casa de um vizinho bem em frente, estava suspensa no ar uma lindíssima senhora com os braços abertos.

A Senhora olhava para ele e sorria. Ele nunca havia visto uma senhora como aquela antes. 

Seus olhos brilhavam como estrelas, seus dentes eram brancos como pérolas, tinha mais ou menos 18 anos. Usava uma Túnica Azul escuro sem cinto salpicado de estrelas douradas e brilhantes. As mangas da Túnica eram largas e as barras do vestido eram douradas. A Senhora usava um véu preto e uma coroa dourada e nos pés calçava sapatos azuis com fivelas douradas.




A vizinha notou o menino estático olhando para o Céu e foi ver o que se passava. Eugene pediu que ela olhasse para o Céu e dissesse o que via. Ela olhou e disse que não via nada. O menino então chamou o pai e o irmão para perguntar se viam algo. 

O pai não podia ver nada mas, seu irmão Josef olhou e imediatamente seu rosto se iluminou de alegria ao olhar para cima da casa dos Videcott. Começou, Josef, a descrever a Senhora tal como seu irmão descrevera anteriormente para a vizinha sem que antes tivesse conversado com ele. O Pai mandou que voltassem ao trabalho e pediu que a vizinha fosse sem contar a ninguém o que havia se passado.

Terminado o trabalho, os meninos correram para abrir a porta do celeiro e ver se a Bela Senhora ainda estava lá. Para alegria deles, Ela continuava lá sorrindo e resplandecendo ainda mais do que antes. Os meninos chamaram o pai que por sua vez chamou sua mulher para que, quem sabe, ela pudesse ver a tal senhora. Assim que ela chegou olhou para o Céu mas não viu nada.

Todos se ajoelharam e rezaram cinco Pais-nosso e cinco Ave-Marias por sugestão da mãe dos meninos. O pai se levantou e mandou que todos entrassem para cear. Os meninos não queriam mas, por fim, entraram. Comeram apressadamente e voltaram para a porta do celeiro. A Senhora continuava lá. Os pais voltaram também e a Mãe pediu aos filhos que descrevessem a altura da Senhora. Eles disseram que era mais ou menos da altura de Sóror Vitalin, uma religiosa da Aldeia.

A Mãe dos meninos foi então chamar esta freira que assim que chegou olhou para o Céu mas não viu nada. “-Como não podem ver?” Exclamou Eugene. “-Ela é tão brilhante!”



Os meninos perguntaram se todos eles viam as três estrelas que reluziam no Céu. Responderam que sim. Os meninos explicaram que perto da estrela de cima estava a cabeça da Senhora e das duas estrelas de baixo estavam seus braços. 

A Mãe dos meninos Barbedette havia escutado histórias sobre as Aparições de Lourdes e de La Salette onde crianças haviam visto a Mãe de Deus. Quem sabe era a mesma coisa por isso, só as crianças podiam vê-la? Pensou ela.

A Sra. Barbedette e Sóror Vitalin vão à escola e aí encontram três crianças e pedem-lhes que lhes acompanhem até o celeiro, sem nada dizer para quê.

Já no meio do caminho, a menina Françoise Richer de 11 anos disse: “Há alguma coisa muito brilhante sobre a casa do Sr. Videcott!” As duas adultas entreolharam-se.

Ao chegarem ao celeiro, tanto Françoise como outra menina menor, Jeanne Marie avistaram a Aparição e sem terem falado nada com os meninos, descreveram a Senhora tal como eles A tinham descrito. Os quatro começaram então a baterem palmas para a Beleza extraordinária da Senhora que sorrindo, olhava para eles com ternura.

A notícia da Aparição correu depressa por toda a aldeia e em pouco tempo, toda a vila estava junto do celeiro dos Barbedette rogando ver também a Aparição. Chega também, Sóror Marie Eduard que não vê a Aparição mas vendo os rostos radiantes de felicidade das crianças, vai avisar o cura de Pontmain sobre o que está se passando.


Mudanças na aparição

Em seguida, ao redor da aparição, surge um círculo ovalado e duas velas suspensas a altura de seu ombro e mais duas ao nível de seus pés. Em seu peito, em cima do coração, aparece uma cruz vermelha. 

O cura de Pontmain chega neste momento mas, ele também não vê nada. As crianças avisam aos presentes que o rosto da senhora passa agora de alegre para triste. O Cura Guerrin, começa então a rezar a oração preferida de Nossa Senhora com o povo:


O ROSÁRIO

Entre as dezenas, pediam pelo fim da guerra e pelo retorno de seus parentes que estavam nela. Depois do Rosário, a primeira transformação na aparição começou a ocorrer. A Senhora começou a crescer em tamanho até quase o dobro do tamanho original. As três estrelas ao seu redor foram crescendo junto com Ela enquanto que as outras, se afastavam para dar lugar à Ela.

Algumas estrelas também se juntavam ao seu vestido enquanto que outras, se colocavam aos seus pés.

Sóror Eduard começou a cantar o Magnificat. Os videntes gritaram aos presentes que uma faixa branca começava a se formar aos pés da Senhora. Enquanto cantavam, se formou uma frase na faixa: 

“PORÉM REZAI MEUS FILHOS”

Frase que os videntes repetiram aos presentes. Uma imensa alegria começou a se apoderar de todos. Começaram a Rezar a Ladainha de Nossa Senhora.
Outra frase se formou na faixa:

 “DEUS OUVIRÁ AS VOSSAS ORAÇÕES EM BREVE”

Os videntes repetiram a frase aos presentes e todos choraram de alegria. Todos entenderam que era mesmo a Virgem Maria que estava ali para ajudá-los e consolá-los. Os videntes disseram que Nossa Senhora começou a rir. Todos então se contagiaram com a alegria de Nossa Senhora e se puseram a rir com Ela.

Começaram a Cantar um outro hino a Virgem, Salve Regina, e outra frase começou a se formar:

“O MEU FILHO SE DEIXA TOCAR.”

Os videntes repetiram a frase aos presentes que cantaram então outro canto pedindo Sua proteção. Ao ouvir o cântico a Senhora ergueu as mãos para abençoar o povo. Ao final, todos aplaudiam com alegria. Os videntes, repetiam sem cessar: “Oh, como ela é Preciosa!”

Depois disso, os videntes viram a aparição mudar mais uma vez. Surgiu nas Mãos da Senhora, uma Cruz vermelha com Jesus Crucificado. Em cima da Cruz, havia uma barra branca onde estava escrito:

“JESUS CRISTO”

Os olhos da Virgem se tornaram extremamente tristes quando miravam fixamente Seu Filho pregado na Cruz. O vidente Eugene, sessenta anos depois da Aparição, disse que quando seu pai falecera, ele viu a grande dor e sofrimento que sua mãe sentia com a morte de seu pai mas, que este sofrimento, era imensamente menor do que o que ele contemplou nos olhos da Virgem nesta Aparição. “Era realmente a Mãe divina no calvário vendo Seu Filho morrer.”

Os videntes e todos os presentes entenderam o que a Mãe de Deus queria dizer com toda esta Aparição.


Em seguida, a Aparição mudou novamente. A cruz vermelha desapareceu e duas cruzes amarelas surgiram atrás dos ombros da Senhora. Seu rosto tornou-se novamente alegre. Aos poucos, a Aparição foi desaparecendo a começar pelos pés, até chegar na Coroa da Santíssima Virgem que desapareceu por ultimo. A Mãe de Deus esteve com o povo de Pontmain cerca de três horas seguidas.


Orações atendidas

No dia seguinte, 18 de janeiro de 1871, os soldados prussianos que estavam á 20km da aldeia de Pontmain, recuaram repentinamente regressando para Paris, deixando ilesa a aldeia de Pontmain. Algum tempo depois, soube-se que o general prussiano, viu sobre Pontmain uma grande Senhora e que os soldados ouviram o general Shimidt dizer enquanto olhava para direção de Pontmain:

“Isto tudo acabou! Vamos embora daqui pois lá adiante há uma Imensa Senhora que não nos permite avançar."

Pouco tempo depois a guerra acabou e os jovens de Pontmain que tinham ido à guerra voltaram para casa sãos e salvos.


Interior da Basílica de Nossa Senhora de Pontmain.


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