quarta-feira, 16 de setembro de 2020

Nossa Senhora das Dores


Nossa Senhora das Dores, também chamada de Nossa Senhora da Piedade, Nossa Senhora da Soledade, Nossa Senhora das Angústias, Nossa Senhora da Agonia, Nossa Senhora das Lágrimas, Nossa Senhora das Sete Dores, Nossa Senhora do Calvário, Nossa Senhora do Monte Calvário, Mãe Soberana e Nossa Senhora do Pranto, invocada em latim como Beata Maria Virgo Perdolens ou Mater Dolorosa , é uma forma pela qual é venerada Maria (mãe de Jesus).

Nossa Senhora das Dores

Nossa Senhora das Dores  é um 
dos vários títulos que a Virgem Maria recebeu ao longo da história. Este título em particular refere-se às sete dores que Nossa Senhora sofreu ao longo de sua vida terrestre, principalmente nos momentos da Paixão de Cristo.


Na Semana Santa, uma das imagens marcantes ..., é justamente a figura de Maria, a Senhora das Dores.

Sagrada Escritura: (Lc. 1, 26-38)

No sexto mês, 26o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galiléia, chamada Nazaré, 27a uma virgem desposada com um homem que se chamava José, da casa de Davi e o nome da virgem era Maria. 28Entrando, o anjo disse-lhe: Ave, cheia de graça, o Senhor é contigo. 29Perturbou-se ela com estas palavras e pôs-se a pensar no que significaria semelhante saudação. 30O anjo disse-lhe: Não temas, Maria, pois encontraste graça diante de Deus. 31Eis que conceberás e darás à luz um filho, e lhe porás o nome de Jesus. 32Ele será grande e chamar-se-á Filho do Altíssimo, e o Senhor Deus lhe dará o trono de seu pai Davi; e reinará eternamente na casa de Jacó, 33e o seu reino não terá fim. 34Maria perguntou ao anjo: Como se fará isso, pois não conheço homem? 35Respondeu-lhe o anjo: O Espírito Santo descerá sobre ti, e a força do Altíssimo te envolverá com a sua sombra. Por isso o ente santo que nascer de ti será chamado Filho de Deus. 36Também Isabel, tua parenta, até ela concebeu um filho na sua velhice; e já está no sexto mês aquela que é tida por estéril, 37porque a Deus nenhuma coisa é impossível. 38Então disse Maria: Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra. E o anjo afastou-se dela.

 


No caminho do Calvário, Jesus encontra com sua mãe: é claro que Maria estava com muita dor interna, estava com o coração despedaçado, mas não externava, guardava para si, pois sabia desde o início, com o anúncio do anjo que a missão de ser a Mãe do Filho de Deus não seria nada fácil.

Depois observamos Maria contemplando em pé, ao lado do discípulo amado, o seu filho Jesus crucificado: ela estava ali, acompanhando os últimos momentos da vida de seu filho, em silêncio, guardando tudo em seu coração. Jesus entrega a sua mãe ao discípulo amado e o discípulo amado a sua mãe: 
“ Filho, aí está a sua mãe. Mulher aí está teu filho”, e  a partir daí o discípulo amado a acolheu consigo. Com esse gesto Jesus entrega a sua Mãe "toda a humanidade"; e  quando João a acolhe consigo, é toda a humanidade que a acolhe, para ser a nossa Mãe.

Ao se encontrarem, Mãe e Filho, um sente a dor do outro, são os olhares que se encontram e nessa troca de olhares um compreende a missão do outro. Com toda certeza veio a memória de Maria tudo aquilo que passou em sua vida desde que aceitou ser a mãe do Salvador, mas em nenhum momento ela se desespera, mas desde o início entendeu qual seria a sua missão. E nos dias de hoje ela continua intercedendo por nós lá do céu, e de lá eles também trocam olhares de amor e compaixão.

É incomensurável ( Que é exageradamente grande; que não possui limites; infinito ) a dor da perda de um filho, mas devemos procurar A DEUS, assim como Maria, para compreender os planos de Deus para nossa vida.



A imagem de Nossa Senhora das Dores com espadas cravadas em seu peito, interpreta na imagem o que Maria experimenta na vida, porque expressa o que ela
sentiu ao ver o seu filho crucificado e sofrendo cruelmente por nós, foi como se uma espada atravessasse o seu peit
o. 

Maria tem um olhar puro, um olhar de amor, de carinho e através desse olhar ela nos encoraja a superarmos as situações difíceis que passamos. E nos ensina a superar as dores assim como ela superou.

Estamos passando por um momento muito difícil no mundo, com a Covid 19 (corona vírus), mas dobrando os joelhos e rezando o Santo Rosário, pedindo que ela olhe por nós com o amor de Mãe, vamos superar esse momento difícil. 

Com ela podemos ter certeza da presença do Senhor em nossas vidas que dá sentido às nossas dores. Estamos unindo nossa cruz à Cruz de Cristo.

Nesses dias que temos que ficar em casa, podemos rezar o terço e pedir que ela olhe por nós todos. No terço contemplamos também as dores de Nossa Senhora. 




Esse título de Nossa Senhora das 
Dores, assim como todos os outros, tem um grande significado:

Esse nasceu da dor, do sofrimento de ver o seu filho sendo morto na Cruz, e nos ensina a lidar com o sofrimento (com sabedoria, meditação e oração.) Entender que é necessário que passemos por aquele sofrimento para que depois venha a alegria. Que algo tem por trás daquele momento difícil e muitas vezes não conseguimos enxergar. Que ao olhar para trás depois de um tempo possamos entender que foi um momento ruim que passamos, mas depois vem a consolação.

Nossa Senhora das Dores, ta
mbém conhecida como Nossa Senhora da Consolação, ou seja, ela consola as nossas lágrimas com seu amor nos momentos difíceis da nossa vida. E ela nos consola também, dando-nos a certeza da ressurreição.

Maria foi fiel a Missão dada por Jesus, após a Morte e Ressurreição. Ela acompanha os apóstolos em sua Missão e estava no cenáculo quando tiveram a experiência da presença do Espírito Santo que fez os discípulos saírem em missão para anunciar o Reino de Deus. E Ela nos ensina também a sermos fiéis na nossa missão, vivendo o nosso batismo, anunciando o Reino de Deus.

Que Nossa Senhora, a Mãe das dores seja um sinal em todas as situações difíceis de nossa vida e interceda por nós neste tempo de sofrimentos e nos inspire a fé e a coragem para que não desanimemos nas situações difíceis, de “morte” e nos ajude a crescer e a encontrar a paz,“Ressurreição”.



As Dores de Nossa Senhora


Segundo uma antiga tradição, os cristãos recordam “as sete dores de Nossa Senhora”: momentos em que, perfeitamente unida ao seu Filho Jesus, pôde compartilhar de modo singular a profundidade de dor e de amor do Seu sacrifício.



 1 - A profecia de Simeão sobre Jesus.

Lucas 2 33-35

33O pai e a mãe do menino ficaram admirados com o que Simeão disse a respeito dele. 34Simeão os abençoou e disse a Maria, a mãe de Jesus:

— Este menino foi escolhido por Deus tanto para a destruição como para a salvação de muita gente em Israel. Ele vai ser um sinal de Deus; muitas pessoas falarão contra ele, 35e assim os pensamentos secretos delas serão conhecidos. E a tristeza, como uma espada afiada, cortará o seu coração, Maria.


Quando se cumpriu o tempo da sua purificação, segundo a Lei de Moisés, levaram-nO a Jerusalém para O apresentarem ao Senhor, como está escrito na Lei do Senhor: "Todo o primogênito varão será consagrado ao Senhor", e para oferecer um sacrifício, de acordo com o que diz a Lei do Senhor: "um par de rolas ou duas pombinhas".

Ora, havia em Jerusalém um homem chamado Simeão; era justo e piedoso, esperava a consolação de Israel e o Espírito Santo estava com ele.

Tinha-lhe sido revelado pelo Espírito Santo que não morreria antes de ver o Messias do Senhor. Impelido pelo Espírito, foi ao templo e, quando os pais trouxeram o menino Jesus a fim de cumprirem o que ordenava a Lei a seu respeito, tomou-O nos braços, bendisse a Deus e exclamou:

“Agora, Senhor, podes deixar o teu servo partir em paz , segundo a tua palavra, porque os meus olhos viram a Salvação, que preparaste em favor de todos os povos: luz para iluminar as nações e glória de Israel, teu povo".

Seu pai e Sua mãe estavam admirados com o que se dizia d’Ele. Simeão abençoou-os e disse a Maria, Sua mãe: "Este menino está aqui para a queda e o ressurgimento de muitos em Israel, e a ser sinal de contradição; uma espada trespassará a tua alma, a fim de se revelarem os pensamentos de muitos corações" (Lc 2, 22-35).

Nossa Senhora ouve com atenção o que Deus quer, pondera o que não entende, pergunta o que não sabe. Depois, entrega-se por completo ao cumprimento da vontade divina: Eis aqui a escrava do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra.

Vemos a maravilha? 

Santa Maria, mestra de toda a nossa conduta, ensina-nos agora que a obediência a Deus não é servilismo, não subjuga a consciência; pelo contrário, move-nos interiormente a descobrir a liberdade dos filhos de Deus.

É Cristo que passa, Mestra de caridade. Recordemo-nos da cena da apresentação de Jesus no templo. O ancião Simeão asseverou a Maria, sua Mãe: Eis que este Menino está posto para ruína e para ressurreição de muitos em Israel, e para ser alvo de contradição. E uma espada trespassará a tua alma, a fim de se descobrirem os pensamentos escondidos de muitos corações. A imensa caridade de Maria pela humanidade faz com que também nEla se cumpra a afirmação de Cristo: 

Ninguém tem maior amor que aquele que dá a vida pelos seus amigos.

Com razão os Romanos Pontífices deram a Maria o título de Corredentora:

De tal modo, juntamente com o seu Filho paciente e moribundo, padeceu e quase morreu; e de tal modo, pela salvação dos homens, abdicou dos seus direitos maternos sobre o Filho e o imolou, no que dEla dependia, para aplacar a justiça de Deus, que se pode com razão dizer que Ela redimiu o gênero humano juntamente com Cristo. Assim entendemos melhor aquele momento da Paixão do Senhor, que nunca nos cansaremos de meditar: 

Stabat autem iuxta crucem Iesu mater eius, sua Mãe estava junto à cruz de Jesus.


2 - A fuga da Sagrada Família para o Egito

Mateus 2 13-23

A fuga para o Egito

13Depois que os visitantes foram embora, um anjo do Senhor apareceu num sonho a José e disse:

— Levante-se, pegue a criança e a sua mãe e fuja para o Egito. Fiquem lá até eu avisar, pois Herodes está procurando a criança para matá-la.

14Então José se levantou no meio da noite, pegou a criança e a sua mãe e fugiu para o Egito. 15E eles ficaram lá até a morte de Herodes. Isso aconteceu para se cumprir o que o Senhor tinha dito por meio do profeta: “Eu chamei o meu filho, que estava na terra do Egito.”

A matança das crianças

16Quando Herodes viu que os visitantes do Oriente o haviam enganado, ficou com muita raiva e mandou matar, em Belém e nas suas vizinhanças, todos os meninos de menos de dois anos. Ele fez isso de acordo com a informação que havia recebido sobre o tempo em que a estrela havia aparecido. 17Assim se cumpriu o que o profeta Jeremias tinha dito:

18“Ouviu-se um som em Ramá,

o som de um choro amargo.

Era Raquel chorando pelos seus filhos;

ela não quis ser consolada,

pois todos estavam mortos.”

A volta do Egito

19Depois que Herodes morreu, um anjo do Senhor apareceu num sonho a José, no Egito, 20e disse:

— Levante-se, pegue a criança e a sua mãe e volte para a terra de Israel, pois as pessoas que queriam matar o menino já morreram.

21Então José se levantou, pegou a criança e a sua mãe e voltou para a terra de Israel. 22Mas, quando ficou sabendo que Arquelau, filho do rei Herodes, estava governando a Judeia no lugar do seu pai, teve medo de ir morar lá. Depois de receber num sonho mais instruções, José foi para a região da Galileia 23e ficou morando numa cidade chamada Nazaré. Isso aconteceu para se cumprir o que os profetas tinham dito: “O Messias será chamado de Nazareno.”

Depois de partirem, um anjo do Senhor apareceu em sonhos a José e disse-lhe: “Levanta-te, toma o menino e sua mãe, e foge para o Egito; fica lá até que eu te avise, pois Herodes procurará o menino para O matar”. E ele levantou-se de noite, tomou o menino e sua mãe, e partiu para o Egito, permanecendo ali até à morte de Herodes, a fim de se cumprir o que o Senhor anunciou pelo profeta: “Do Egito chamei o meu Filho” (Mt 2, 13-15)

Maria cooperou com a sua caridade para que nascessem na Igreja os fiéis, membros daquela Cabeça da qual Ela é efetivamente mãe segundo o corpo. Como Mãe, ensina; e, também como Mãe, as suas lições não são ruidosas. É preciso ter na alma uma base de finura, um toque de delicadeza, para compreender o que Ela nos manifesta - mais do que com promessas - com obras.

Mestra de fé. Bem-aventurada tu, que creste; assim a saúda Isabel, sua prima, quando Nossa Senhora sobe à montanha para visitá-la. 


Tinha sido maravilhoso aquele ato de fé de Santa Maria:

Eis a escrava do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra. 

No nascimento do seu Filho, contempla as grandezas de Deus na terra: 

Há um coro de anjos, e tanto os pastores como os poderosos vêm adorar o Menino. 

Mas depois a Sagrada Família tem que fugir para o Egito, para escapar das tentativas criminosas de Herodes. E a seguir, o silêncio: 

Trinta longos anos de vida simples, comum, como a de um lar qualquer de uma pequena aldeia da Galileia.

O Santo Evangelho facilita-nos brevemente o caminho para entendermos o exemplo da nossa Mãe: 

Maria conservava todas estas coisas dentro de si, ponderando-as no seu coração. Procuremos nós imitá-la, conversando com o Senhor, num diálogo enamorado, de tudo o que se passa conosco, até dos acontecimentos mais triviais. Não esqueçamos que temos de pesá-los, avaliá-los, vê-los com olhos de fé, para descobrir a Vontade de Deus.


Se a nossa fé for débil, recorramos a Maria. Conta São João que, devido ao milagre das bodas de Caná, que Cristo realizou a pedido de sua Mãe, os seus discípulos creram nEle. A nossa Mãe intercede sempre diante do seu Filho para que nos atenda e se nos revele de tal modo que possamos confessar:

 Tu és o Filho de Deus.


3 - 
O desaparecimento do menino Jesus durante três dias.

Lucas 2 41-52

Jesus no Templo

41 Todos os anos os pais de Jesus iam a Jerusalém para a Festa da Páscoa. 42 Quando Jesus tinha doze anos, eles foram à Festa, conforme o seu costume. 43 Depois que a Festa acabou, eles começaram a viagem de volta para casa. Mas Jesus tinha ficado em Jerusalém, e os seus pais não sabiam disso. 44 Eles pensavam que ele estivesse no grupo de pessoas que vinha voltando e por isso viajaram o dia todo. Então começaram a procurá-lo entre os parentes e amigos. 45 Como não o encontraram, voltaram a Jerusalém para procurá-lo. 46 Três dias depois encontraram o menino num dos pátios do Templo, sentado no meio dos mestres da Lei, ouvindo-os e fazendo perguntas a eles. 47 Todos os que o ouviam estavam muito admirados com a sua inteligência e com as respostas que dava. 48 Quando os pais viram o menino, também ficaram admirados. E a sua mãe lhe disse:

— Meu filho, por que foi que você fez isso conosco? O seu pai e eu estávamos muito aflitos procurando você.

49 Jesus respondeu:

— Por que vocês estavam me procurando? Não sabiam que eu devia estar na casa do meu Pai?

50 Mas eles não entenderam o que ele disse.

51 Então Jesus voltou com os seus pais para Nazaré e continuava a ser obediente a eles. E a sua mãe guardava tudo isso no coração.

52 Conforme crescia, Jesus ia crescendo também em sabedoria, e tanto Deus como as pessoas gostavam cada vez mais dele.


Seus pais iam todos os anos a Jerusalém pela festa da Páscoa. Quando chegou aos doze anos, subieram até lá, segundo o costume dos dias da festa. Terminados esses días, regressaram a casa e o Menino ficou em Jerusalém, sem que os pais o soubessem. Pensando que Ele se encontrava com a caravana, fizeram um dia de viagem e começaram a procurá-Lo entre os seus parentes e conhecidos. Não O tendo encontrado, voltaram a Jerusalém à sua procura. Ao fim de três dias encontraram-nO no Templo, sentado entre os doutores, a ouvi-los e a afazer-lhes perguntas. Todos os que O ouviam estavam estupefactos com a sua inteligência e as suas respostas. Ao vê-Lo ficaram assombrados , e sua mãe disse-Lhe: “Filho, porque nos fizeste isto? Olha que teu pai e eu andávamos aflitos, à tua procura”. Ele respondeu-lhes: “Porque me procuráveis? Não sabeis que devia estar em casa de meu Pai?” Mas eles não compreenderam o que lhes disse. (Lc 2, 41-50).

O Evangelho da Santa Missa recordou-nos a cena comovente em que Jesus permanece em Jerusalém ensinando no templo. Maria e José caminharam a jornada inteira procurando-o entre os parentes e conhecidos. E, não o encontrando, voltaram a Jerusalém em busca dele. A Mãe de Deus, que buscou afanosamente o seu Filho, perdido sem culpa dEla, que experimentou a maior alegria ao encontrá-lo, ajudar-nos-á a desandar o andado, a retificar o que for preciso quando pelas nossas leviandades ou pecados não conseguirmos distinguir Cristo. Alcançaremos assim a alegria de abraçá-lo de novo, para lhe dizer que nunca mais o perderemos.

Maria é Mãe da ciência, porque com Ela se aprende a lição que mais interessa: 

Que nada vale a pena se não estivermos junto do Senhor; que de nada servem todas as maravilhas da terra, todas as ambições satisfeitas, se não nos arde no peito a chama de amor vivo, a luz da santa esperança, que é uma antecipação do amor interminável na nossa Pátria definitiva.


4 - O encontro de Maria e Jesus a caminho do calvário.

Lucas 23 27-31

27 Um grande número de pessoas o seguia, inclusive mulheres que lamentavam e choravam por ele.

28 Jesus voltou-se e disse-lhes: "Filhas de Jerusalém, não chorem por mim; chorem por vocês mesmas e por seus filhos!

29 Pois chegará a hora em que vocês dirão: ‘Felizes as estéreis, os ventres que nunca geraram e os seios que nunca amamentaram! ’

30 "Então dirão às montanhas: ‘Caiam sobre nós! ’ e às colinas: ‘Cubram-nos! ’

31 Pois, se fazem isto com a árvore verde, o que acontecerá quando ela estiver seca? "


Acabava Jesus de se levantar da primeira queda, quando encontra sua Mãe Santíssima, junto do caminho por onde Ele passa.

Com imenso amor, Maria olha para Jesus, e Jesus olha para sua Mãe; os olhos de ambos se encontram, e cada coração derrama no outro a sua própria dor. A alma de Maria fica submersa em amargura, na amargura de Jesus Cristo.

- Â vós que passais pelo caminho, olhai e vede se há dor comparável à minha dor! (Lam 1, 12)

Mas ninguém percebe, ninguém repara; só Jesus.

Cumpriu-se a profecia de Simeão: Uma espada trespassará a tua alma (Lc 2, 35)

Na obscura soledade da Paixão, Nossa Senhora oferece a seu Filho um bálsamo de ternura, de união, de fidelidade; um sim à Vontade divina.

Levados pela mão de Maria, tu e eu queremos também consolar Jesus, aceitando sempre e em tudo a Vontade de seu Pai, do nosso Pai.

Só assim experimentaremos a doçura da Cruz de Cristo, e a abraçaremos com a força do Amor, levando-a em triunfo por todos os caminhos da terra.


5 - Maria observando o sofrimento e morte de Jesus na Cruz 

João 19 25-27

25 Perto da cruz de Jesus estavam a sua mãe, e a irmã dela, e Maria, a esposa de Clopas, e também Maria Madalena. 26 Quando Jesus viu a sua mãe e perto dela o discípulo que ele amava, disse a ela:

— Este é o seu filho.

27 Em seguida disse a ele:

— Esta é a sua mãe.

E esse discípulo levou a mãe de Jesus para morar dali em diante na casa dele.

Junto da Cruz de Jesus estavam sua mãe, a irmã de sua mãe, Maria, mulher de Cléofas, e Maria Madalena. Ao ver sua mãe e, junto dela, o discípulo que Ele amava, Jesus disse a sua Mãe: “Mulher, eis aí o teu filho”. depois disse ao discípulo: “Eis aí a tua mãe”. E, desde aquela hora, o discípulo recebeu-a em sua casa. Depois, sabendo que tudo estava consumado e para que se cumprisse a Escritura, Jesus disse: “Tenho sede”. Estava ali um vaso cheio de vinagre. Embeberam uma esponja no vinagre e, fixando-a a um ramo de hissopo, levaram-Lha à boca. Quando Jesus tomou o vinagre, disse: “Tudo está consumado”. E inclinando a cabeça, rendeu o espírito (Jo 19, 25-30).

Mas, no escândalo do sacrifício da Cruz, Santa Maria estava presente, escutando com tristeza os que passavam por ali e blasfemavam meneando a cabeça e gritando: Tu, que derrubas o templo de Deus, e em três dias o reedificas, salva-te a ti mesmo. Se és Filho de Deus, desce da Cruz. Nossa Senhora escutava as palavras do seu Filho, unindo-se à sua dor: Meu Deus, meu Deus, por que me desamparaste? Que podia Ela fazer? Fundir-se com o amor redentor do seu Filho, oferecer ao Pai a dor imensa - como uma espada afiada - que trespassava o seu Coração puro.

De novo Jesus se sente reconfortado com essa presença discreta e amorosa de sua Mãe. Maria não grita, não corre de um lado para o outro. Stabat, está de pé, junto do Filho. É então que Jesus a olha, dirigindo depois a vista para João. E exclama: Mulher, aí tens o teu filho. Depois disse ao discípulo: Aí tens a tua Mãe. Em João, Cristo confia à sua Mãe todos os homens e especialmente os seus discípulos: os que haviam de crer n'Ele.

6- Maria recebe o corpo do filho tirado da Cruz

Mateus 27:55-61

55 E estavam ali, olhando de longe, muitas mulheres que tinham seguido Jesus desde a Galileia, para o servir, 56 entre as quais estavam Maria Madalena, e Maria, mãe de Tiago e de José, e a mãe dos filhos de Zebedeu.

A sepultura de Jesus(A)

57 E, vinda já a tarde, chegou um homem rico de Arimateia, por nome José, que também era discípulo de Jesus. 58 Este foi ter com Pilatos e pediu-lhe o corpo de Jesus. Então, Pilatos mandou que o corpo lhe fosse dado. 59 E José, tomando o corpo, envolveu-o num fino e limpo lençol, 60 e o pôs no seu sepulcro novo, que havia aberto em rocha, e, rolando uma grande pedra para a porta do sepulcro, foi-se. 61 E estavam ali Maria Madalena e a outra Maria, assentadas defronte do sepulcro.


Chegada já a tarde, como era a parasceve, isto é, a véspera do sábado, José de Arimateia, responsável membro do Sinédrio, que também esperava o reino de Deus, foi corajosamente procurar Pilatos e pediu-lhe o corpo de Jesus. Pilatos admirou-se d’Ele já estar morto e, mandando chamar o centurião, preguntou-lhe se já tinha morrido. Informado pelo centurião, ordenou que o corpo fosse entregue a José. Este, depois de comprar um lençol; tirou Jesus da cruz e envolveu-O nele. Em seguida, depositou-O num sepulcro cavado na rocha e rolou uma pedra contra a porta do sepulcro (Mc 15, 42-46).

Situados agora perante o momento do Calvário, em que Jesus já morreu e ainda se não manifestou a glória do seu triunfo, temos uma excelente ocasião para examinarmos os nossos desejos de vida cristã, de santidade; para reagirmos com um ato de fé perante as nossas fraquezas e, confiantes no poder de Deus, fazermos o propósito de depositar amor nas coisas do nosso dia-a-dia. A experiência do pecado tem que nos conduzir à dor, a uma decisão mais amadurecida e mais profunda de ser fiéis, de nos identificarmos deveras com Cristo, de perseverar custe o que custar nessa missão sacerdotal que Ele confiou a todos os seus discípulos sem exceção, e que nos impele a ser sal e luz do mundo.


7 - Maria observa o corpo do filho a ser depositado no Santo Sepulcro 

Lucas 23:55-56

55 As mulheres que haviam acompanhado Jesus desde a Galileia, seguiram José e viram o sepulcro e como o corpo de Jesus fora colocado nele. 56 Em seguida, foram para casa e prepararam perfumes e especiarias aromáticas. E descansaram no sábado, em obediência ao mandamento.

Depois disto, José de Arimateia, o que era discípulo de Jesus, mas em segredo, por medo dos judeus, pediu a Pilatos para levar o Corpo de Jesus. Pilatos permitiu-lho. Veio, pois, e tirou o Seu Corpo. Veio também Nicodemos, aquele que, anteriormente, se dirigira de noite a Jesus, trazendo uma composição de quase cem libras de mirra e aloés. Tomaram o Corpo de Jesus e envolveram-no em ligaduras, juntamente com os perfumes, segundo a maneira de sepultar usada entre os judeus. No lugar em que Ele tinha sido crucificado, havia um horto e, no horto, um túmulo novo, no qual ninguém fora ainda sepultado. Por causa da Preparação dos judeus, como o túmulo estava perto, foi ali que puseram Jesus (Jo 19, 38-42).

Para terminar este tempo de conversa com o Senhor, vamos pedir-lhe agora que nos conceda a graça de repetir, com São Paulo, que triunfamos pela virtude dAquele que nos amou. Razão pela qual estou certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as virtudes, nem o presente, nem o futuro, nem a força, nem o que há de mais alto ou de mais profundo, nem qualquer outra criatura poderá jamais separar-nos do amor de Deus, que está em Jesus Cristo, Nosso Senhor.

É deste amor que a Escritura canta também com palavras ardentes: As águas copiosas não puderam extinguir a caridade, nem os rios arrastá-la. Foi este amor que cumulou sempre o Coração de Santa Maria, até enriquecê-la com entranhas de Mãe para com a humanidade inteira. Na Virgem, o amor a Deus confunde-se também com a solicitude por todos os seus filhos. O seu Coração dulcíssimo, atento até aos menores detalhes - não têm vinho -, deve ter sofrido muito ao presenciar aquela crueldade coletiva, aquele encarniçamento que foi, da parte dos verdugos, a Paixão e Morte de Jesus. Mas Maria não fala. Como seu Filho, ama, cala e perdoa. Essa é a força do amor.


OREMOS:

Nossa Senhora das Dores, eu te apresento todas as minhas necessidades, mágoas, tristezas, misérias e sofrimentos.

Ó Mãe das dores e rainha dos mártires, que tanto sofreste ao ver Vosso Filho flagelado, escarnecido e morto para me salvar, acolhei minhas preces nesta novena.

Mãe amável, concedei-me uma verdadeira contrição dos meus pecados e uma sincera mudança de vida.

Nossa Senhora das Dores, que estiveste presente no calvário de Nosso Senhor Jesus Cristo, esteja também presente nos meus calvários. Eu vos suplico esta graça que tanto necessito.

(Faça seu pedido)

Por piedade, ó advogada dos pecadores, não deixeis de amparar a minha alma na aflição e no combate espiritual que a todo momento estou sujeito a travar.

Nossa Senhora das Dores, quando as dores vierem e os sofrimentos chegarem, não me deixe desanimar.

Mãe das dores envolva-me em Teu sagrado manto e ajuda-me a passar pelo vale de lágrimas.


Salve Rainha, Mãe de misericórdia, vida, doçura e esperança nossa, salve! 
A vós bradamos os degredados filhos de Eva.
A vós suspiramos, gemendo e chorando, neste vale de lágrimas.
Eia pois, advogada nossa, esses vossos olhos misericordiosos a nós volvei, 
e depois deste desterro mostrai-nos Jesus, bendito fruto de Vosso ventre, 
ó clemente, ó piedosa, ó doce sempre Virgem Maria.
Rogai por nós Santa Mãe de Deus,
para que sejamos dignos das promessas de Cristo.

Nossa Senhora das Dores fortalecei-me nos sofrimentos da Vida.
Nossa Senhora das Dores fortalecei-me nos sofrimentos da Vida.
Nossa Senhora das Dores fortalecei-me nos sofrimentos da Vida.

Amém.









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